Artigo no Alerta
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Por Paulo
Ricardo da Rocha Paiva
Um lema deveria emoldurar o foco de ações a serem desencadeadas
no mais curto prazo. "A Pátria Sem Limitações de Soberania", salvo
melhor juízo, poderia ser um princípio adotado, em conjunto, pelos ministérios
da Defesa, Relações Exteriores e da Educação, de forma a, procrastinando toda a
subserviência/entrega/vilania dos governos entreguistas de Sarney, Collor,
Lula, Dilma e Temer, motivar o público alvo destas pastas para a busca/alcance
de estágio de dissuasão extra regional que fizesse as grandes potências
militares desistirem das ameaças aos, ainda nossos, patrimônio amazônico e mar
territorial.
Que não se duvide, este posicionamento exigiria vontade política
e determinação soberana do governo para impor, em troca da cessão da Base de
Alcântara, a liberação do ajuste de "lesa patria" que nos limita nos
itens de alcance e carga para desenvolvimento de mísseis e de foguetes.
Para motivação dos públicos alvos visualizados, seria
planejado: para os cadetes/aspirantes do último anos de nossas
academias militares, uma palestra/exposição em power point de três tempos.
Mais um de debates (uma meia jornada pela parte da manhã ou pela
tarde), versando sobre o que tem sido feito na busca do estágio de
dissuasão extra regional para minorar o sacrifício em vidas de nossa juventude
militar, no caso desta ser empenhada em combate contra um inimigo mais
poderoso, seriam ministrados por oficiais das três FFAA; para universitários,
em capitais das unidades da federação, palestras/exposições mensais (doze meias
jornadas por ano), em "power point", sobre assuntos militares
estratégicos e geopolítica, por oficiais da reserva ou mesmo da
ativa, programados de acordo com o visualizado pelo Ministério da
Defesa.
Já para os alunos do Instituto Rio Branco seria
prevista uma programação anual nos mesmos moldes e com o mesmo objetivo
preconizado para nossas escolas de formação, empregando-se os mesmos oficiais
encarregados da missão nos estabelecimentos de ensino militares. Ainda para
maior intercâmbio/sintonia entre o Ministério da Defesa e o das Relações
Exteriores, deveriam ser levantados os ex-militares, hoje diplomatas formados,
para servirem de interlocutores entre as duas pastas.
Em suma, uma interação cerrada que incorporasse o mesmo
ideário/princípio de "nação armada" de José Maria da Silva
Paranhos Júnior, o insigne Barão do Rio Branco. As diretrizes para esse
desiderato de genuína ação psicológica seriam estabelecidas, planejadas e
coordenadas em conjunto pelos três ministérios.
Para neutralizar o movimento separatista indígena seriam/seria:
aquartelados dois batalhões de infantaria de selva/BIS (ou outro tipo de
organização militar de qualquer das FFAA), um/uma na reserva Yanomamy e
outro/outra na Raposa Serra do Sol, que abrigariam, além de equipes médicas
escaladas mensalmente para apoio ao gentio, "escolas regimentais"
permanentes ensinando, em particular e principalmente, o idioma pátrio, a
História do Brasil, Educação Moral e Cívica e noções básicas de higiene
sanitária; restabelecido, desde já, o livre trânsito do cidadão brasileiro, de
todas as origens (branca, negra, indígena e mestiça), por entre as reservas e
quilombos, fazendo valer o direito inalienável de ir e vir, garantido "a
todos" pela "Carta Magna", máxime quando em demanda do
"caminho mais curto" para seus destinos. No que concerne ao trabalho
deletério das ONGS internacionais ("quinta coluna" de inimigos em
potencial") nas reservas e quilombos, este deve ser simplesmente
extirpado, sendo válido qualquer tipo de iniciativa neste sentido. É o mínimo
que se espera.
Para atingir, no mais curto prazo, o estágio de dissuasão
extra regional, fazendo o inimigo desistir da luta e poupando vidas no seio de
nossa juventude militar: dar início hoje, agora, desde já, ao
desenvolvimento pela AVIBRÁS de "míssil de cruzeiro" capaz de bater
belonaves/esquadras/armadas de oponentes em potencial a distâncias de, no
mínimo, 1500/2500 km do nosso litoral/costa; transferir a totalidade dos
recursos destinados à infantaria mecanizada para a artilharia de mísseis e
foguetes, de modo a viabilizar ritmo mais acelerado no fornecimento dos meios
em ASTROS II (baterias embrionárias de grupos), a serem distribuídos pelo
litoral/costa, com prioridade vital para a foz do Rio Amazonas e bacias do pré
sal; selecionar os grupos de artilharia de campanha/GAC (ou, na sua falta,
qualquer organização militar) ao longo do litoral/costa, que devem aquartelar
os meios em ASTROS II; dar ordem de alerta para que esta
incorporação/subordinação se dê em caráter administrativo, até que as
subunidades sejam transformadas em grupos com quartéis definitivos. Atentar
para o fato de que o recobrimento dos setores de tiro só será obtido com o
VDR/VETOR DE RESPEITO-1500.
Quanto à nossa Marinha, será necessário, no mais curto
prazo, de forma urgente e emergencial, aumentar o seu poder de fogo praticamente
nulo, artilhando as suas muito parcas belonaves de escolta (fragatas e
corvetas), cada uma com duas seções de vetores, uma de mísseis anti navio
EXOCET e outra de mísseis AVM-300, esta que, até o recebimento dos VDR-1500,
precisa alongar o alcance irrisório obtido pelo Exército com este mesmo
"míssil mata mosquitos". Já nosso quinteto de submarinos
desarmados deve se capacitar ao lançamento de mísseis, mesmo que convencionais,
na situação de submersos (que seja dito, nosso "Nautilus",' quando
pronto, não pode se limitar apenas às vantagens de poder permanecer por mais
tempo submerso e de se furtar, com mais rapidez, ao combate).
Minha gente! E
bater no inimigo?! De que vai adiantar se não dispuser de um poder de fogo
convincente?! Nossa força aeronaval, por sua vez, precisa sair do chão decolando
a partir de bases aeronavais estabelecidas no litoral/costa, em Belém/PA
face à foz do Amazonas, e no Rio de Janeiro/RJ ou Santos/SP, estas defrontantes
das bacias pré sálicas.
Paralelamente, de forma concomitante, nossa indústria naval, que
já foi considerada a "segunda" no "ranking" mundial,
deve ser redimensionada para a construção de navios de escolta decentemente
artilhados, apagando para os aeródromos perdulários. Afinal de contas, para que
jogar dinheiro fora pela escotilha com um litoral/costa de mais de 7000 km
(ideal para o estabelecimento de bases aeronavais ao pé da obra) e um mar
territorial perfeitamente coberto, com sobra, pela autonomia dos poucos caças
de que dispomos?). E por falar em "poucos caças", por que não
se planeja a distribuição dos "F5" modernizados da FAB para a MB?
Que não se duvide, na medida que os GRIPEN forem sendo
incorporados à FAB, seus cinquenta e sete F5 poderiam ir sendo aproveitados
pela MB, revitalizando a força aeronaval (atualmente sem nenhum
significado em termos de pronto emprego), com a vantagem de manter nossos
marinheiros/aviadores em constante adestramento.
No que concerne à FAB, há que se distribuir os "trinta e
seis" GRIPEN da primeira fornada pesando bem em como satisfazer as
necessidades de defesa da foz do Amazonas, calha norte do Amazonas e
bacias pré sálicas, estas que poderiam, quem sabe, no que concerne ao emprego
de caças, ficar sob a responsabilidade da força aeronaval, desde que esta fosse
equipada com os F5 modernizados. Aos leigos sobra o temor de que concentrá-los,
todos, em Anápolis/GO se perderia em termos de tempo exequível para o combate
no extremo norte e bacias pré sálicas.
E a tal "estratégia da resistência"'? Sim, aquela que
nos foi imposta pelos "grandes predadores militares" e que está sendo
prevaricada porque não acreditamos nem um pouco nela? Que tal lhe emprestarmos
um pouco de dignidade? Um "delta x" de valorização, por que não?. Mas
como, de que forma faríamos isso? É simples.
Poder-se-ia começar pela
transformação do curso para militares estrangeiros no CIGS em ESTÁGIO DE VIDA
NA SELVA E TÉCNICAS ESPECIAIS, que seria ministrado não na sede do comando
militar de área responsável pela defesa da Amazônia, mas, sim, bem distante do
teatro de operações/TO (que deve ser mantido como um "tabu" para
oponentes em potencial), mais precisamente na Serra da Mantiqueira/RJ. Um
estágio não a cargo de instrutores do CIGS, mas de oficiais (comandos e
combatentes de selva) da Seção de Instrução Especial/SIESP-AMAN. No seguimento,
deveria ser inviabilizado/extirpado, no mais curto prazo, o trânsito de
militares pertencentes às FFAA das cinco potências nucleares integrantes do
CS/ONU, seja na sede do CMA, seja na nossa base em Alcântara/MA.
Uma pesquisa naquelas monografias brilhantes, de vários
companheiros cursados na ESCEME, versando sobre o planejamento do preparo da
guerra de resistência, seria uma grande pedida. Sim, justamente aquelas que
estão sendo devoradas pelas traças, esquecidas nas prateleiras da Escola,
muitas com abordagens robustas sobre o emprego de forças subterrâneas e de
sustentação, dando todas as dicas sobre como deve ser o seu preparo, que nunca
foram estudadas, quanto mais experimentadas em adestramento, o que já deveria
estar sendo posto em prática através de ensaios repetitivos nos entornos das
capitais da grande região norte.
Em complemento, é de se pensar, salvo melhor juízo, que
seria de muito bom alvitre deslocar o navio de desembarque do Corpo de
Fuzileiros Navais/CFN de modo a mante-lo ao pé da obra do seu mais necessário
e mais do que provável emprego, partindo da base naval de Belém/PA, seja em
apoio às unidades do Corpo sediadas na nossa grande região norte, seja na
servidão das brigadas de infantaria de selva do Exército (muito mal servidas em
termos de embarcações nos escalões unidade/grande unidade) empenhadas ao longo
da calha do Rio Amazonas.
Resolvido/solucionado o problema da dissuasão extra regional
que, diga-se de passagem, só será alcançada/viabilizada pela artilharia de
misseis e foguetes e pela MB (esta se dotada com o mesmo padrão superior
de "mísseis de cruzeiro"), poder-se-á pensar em fazer ressuscitar a
nossa indústria de blindados (aquela que foi garfada pelo mesmo "irmão
Caim do norte" em passado não muito distante e que agora está em vias de se
instalar em Alcântara/MA), justo aquela que está desativada e esquecida no
parque industrial de São Paulo/SP.
Que seja dito, a pasta da defesa pode escolher: ou a audácia de
fazer a "coisa" funcionar ou ver o tempo escoar no mesmo marasmo
lascivo das gestões passadas com ministros incompetentes Que seja percebido,
nem tudo que foi sugerido exige gastança a perder de vista. Algumas
providências até não implicam em gastos reais, dependendo apenas de vontade
política e convocação de voluntários para o cumprimento de uma missão
envolvente no campo da ação psicológica.
Concluindo, poder-se-ia dizer que as medidas que capacitam o
alcance no curto prazo do estágio de dissuasão extra regional não invalidam o
esforço que deve ser feito no planejamento do preparo e consequente
adestramento da estratégia da resistência, esta que deve ser valorizada e não
prevaricada por quem, pelo tempo de serviço, cursos e experiência na profissão
deveria estar imune à "síndrome do amadorismo franciscano".
Paulo
Ricardo da Rocha Paiva é Coronel, com Estado-Maior, na reserva.
Um comentário:
Perfeito Coronel Paiva! Vossa Senhoria colocou, em um breve artigo, o projeto de Nação Soberana para o Brasil, que pode servir até de exemplo para outras nações do mundo.
O problema é mais político do que militar, ninguém precisa invadir a Amazônia Azul ou Verde, nosso Judiciário e nossos políticos dão tudo para os gringos, por alguns trocados embolsados. O governo que temos agora não é do Bolsonaro, é do PSL, partido bem articulado internacionalmente, que o colocou na Presidencia da República como homem de frente apenas. O "nacionalista" de campanha agora virou globalista!
Somente uma frente política ampla, supra-partidária, incluindo alguns partidos da oposição(cometi alguma heresia aqui?), pode virar o jogo em favor da Pátria Amada!
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