Artigo no Alerta
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Por Percival Puggina
Três
ministros conservadores, saídos do gueto onde conservadores e liberais
estiveram durante mais de três décadas, estão na alça da mira da extrema
imprensa, engenhoca audiovisual para propagar as ideias “progressistas”. Ela
suporta até os militares, digere o Paulo Guedes, mas tem alergia às posições de
Ricardo Vélez, Ernesto Araújo e Damares Alves. Ouvi-los lhes causa rinite,
asma, edema de glote. O menor movimento de qualquer deles é imediatamente
submetido a um pau de arara midiático diante do qual a mais deliciosa limonada
confessa ser limão azedo. E tudo é feito para derrubá-los.
Seus detratores se apresentam
como progressistas, apesar do atraso obtido das ideias que defendem. Malgrado
os ínfimos resultados educacionais e culturais entregues, dizem-se paladinos
das liberdades que, sem as naturais amarras da responsabilidade, fariam
explodir a criatividade. Aliás, proclamam defender a liberdade de expressão,
mas seus seguidores correm a grito ou a pau toda divergência, segregam autores
liberais e conservadores, tomam as salas de aula como cosa nostra e
arrasam os índices educacionais do país.
Queixam-se do caráter
ideológico dos três ministros em questão, como se o governo petista, pelo viés
oposto, fosse uma referência cívica de isenção política e conduta republicana e
não dedicasse especial estima e muito dinheiro nosso às ditaduras esquerdistas
do planeta. Durante os anos divididos entre o tucanato e o petismo, conservadores
e liberais não chegavam nem perto da porta do gabinete do sub do sub.
No vastíssimo conjunto das
grandes realizações decorrentes desse conluio entre a esquerda política e a
extrema imprensa, se inclui parcela imensa das jovens brasileiras levadas a
crer que a vida seja uma novela da Globo, onde a libertinagem é o único viés da
liberdade, num BBB ao vivo, sem paredão nem assinatura. Chamam também a isso
“empoderamento feminino”, que se soma ao “empoderamento LGBT” e ao domínio da
linguagem para produzir, em proporções demográficas, homens que desconhecem seu
papel na sociedade, procriadores irresponsáveis, reincidentes em sucessivos
crimes de abandono de menor.
Trinta milhões de mulheres são
chefes de família e onze milhões são chefes de família sem cônjuge no Brasil! Este último
número é assustador quando pensamos na situação de milhões de crianças e
adolescentes cuja formação e desenvolvimento se processa sem uma presença
masculina ciente de seus deveres e responsabilidades. É consenso nas escolas a
conveniência de haver pelo menos um professor no corpo docente para que os
alunos tenham essa referência masculina em um grupo sempre dominantemente
feminino.
O número se amplia quando - ao
crime de abandono formal, escancarado, do pai que sai de casa, ou nela sequer
entrou - se somam os muitos crimes de abandono cometidos por pais que, mesmo
coabitando com os filhos, se fazem ausentes embora presentes.
O primeiro crime praticado
contra o menino Bernardo, foi o de abandono pelo pai. Anos de abandono! O
homicídio veio depois, com autores e culpas a serem definidos por júri popular.
Mas o pai cometeu o primeiro delito contra aquela criança. E ele se repete país
afora, também em proporções demográficas, tendo como consequência frequente o
recrutamento pelo crime organizado de tantos menores submetidos a essa
situação. E há quem não veja as causas; e há quem considere este texto
“quadrado”; e há quem deseje que tudo fique como está, produzindo mais e mais
frutos dessa venenosa árvore cultural porque “família já era”.
À sombra dessa exótica planta,
a pena imposta a quem maltrata um animal é maior do que a aplicável a quem
maltrata uma criança. Faz sentido. Após tanto progresso e tantas conquistas
destes anos, faz sentido. Faz sentido que combatam os três ministros e seu
presidente.
Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é
arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org
Um comentário:
Disse tudo!
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