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Por H. James Kutscka
A expressão que nomeia este artigo
vem de 279 AC.
O rei Pirro de Epiro, após vencer a
Batalha de Heracléia em 280 AC e a batalha de Ásculo no ano seguinte, ao ser
informado por Plutarco o que a vitória sobre os romanos havia lhe custado em
perdas de vidas, de amigos e comandantes de suas forças, teria exclamado: -
Outra vitória como essa e estarei arruinado.
Sábias, mas tardias palavras.
Enfraquecido com o desgaste provocado
pelo esforço para conseguir suas duas vitórias, foi facilmente vencido pelos
Romanos, que seguiram mandando homens para reforçar suas hostes.
Expressão essa, que não se restringe
ao meio militar e hoje também é utilizada no meio político, quando uma vitória
acaba acarretando um prejuízo maior ao vencedor que ao perdedor.
Nosso STF, que aparentemente esbanja
cultura mais do que ninguém, deveria estar a par da história.
Contra uma força superior, é muito
melhor negociar do que lutar
Soubesse disso, não teriam feito a
molecagem que fizeram na última quinta-feira, tentando enfraquecer a operação
Lava Jato, tirando-a das mãos da polícia Federal e passando para o STE.
A insensibilidade aos desejos da
nação e uma estúpida prepotência olímpica, os levou a desdenhar do povo, e
atapetar o caminho para uma cada vez mais descarada tentativa de libertar o
“muar de São Bernardo”, feitor da maioria deles, no próximo dia 10 de abril.
A internet, fonte mais confiável de
notícias nos dias que correm, vinha, na sexta-feira Infestada de “posts” com
palavras como: “perdemos” ou “fomos vencidos”.
Eu diria que no momento sim, mas as
Forças Armadas em conjunto, ainda não se pronunciaram a respeito da falta de
caráter e sensibilidade dos ministros quanto aos anseios dos cidadãos de bem
desse país, pelo fim da corrupção, politicagem e compadrismo.
Eles estão se lixando para o povo.
Somente alguns Generais até o momento
se pronunciaram, usando duras palavras para descrever o ato “insano” dos
“deuses de barro”.
Enquanto isso, o presidente da “ Liga
da Injustiça” (parecem todos vilões de revistas em quadrinho) tem a
pachorra de pedir que Deltan Dellagnol seja investigado pelas
verdades que disse sobre ele e seus pares, verdades essas, muito mais amenas
que as ditas por alguns generais.
Esperamos que os militares tomem as
medidas para as quais existem, mas se isso não acontecer, nem o povo de forma
física fizer justiça com as próprias mãos, ainda nos resta a possibilidade
quântica.
Explico: Segundo teorias atuais da
física quântica, nosso consciente não acaba em nossa “persona’, mas ultrapassa
as barreiras de nosso corpo físico e interage com o universo.
Sendo assim, somos parte de um enorme
exército, “O Consciente Coletivo”, e se pensarmos todos juntos em acabar com a
ditadura dos “jabutis”, talvez esse
nosso desejo ao atingir uma determinada
massa crítica, ou melhor dito, seu potencial pleno, já que pensamento não
possui massa, venhamos a transformar a realidade, nos livrando de uma maneira
mais definitiva desses moleques.
Essa última opção, claro, é pura
navegação na maionese, mas não custa tentar, se não ajudar, mal não fará.
Seja como for amigos, saibam que eles
não ganharam nada, a batalha ainda não acabou.
Saibam vossas “excrescências”, seus dias estão contados.
Como diria Quincas Borba, personagem
de Machado de Assis justificando a guerra: “Para os perdedores, o ódio ou a
compaixão, aos vencedores as batatas”.
Eu
complementaria: “Aos perdedores, o ostracismo e duras penas, aos vencedores,
além das batatas, a liberdade e a segurança do direito”.
H. James Kutscka é Escritor e Publicitário.
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