Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão e Laércio
Laurelli
O Brasil é um País gigante, enorme,
com mais de 8.5 milhões de quilometros quadrados. Há pouco comemoramos 519 anos
de sua descoberta, mas o tamanho não representa a sua realidade. Problemas e
mais disputas nos separam distancias inigualáveis das Nações desenvolvidas e do
padrão de qualidade de vida,e renda per capita.
O desemprego descamba, a miséria corre
solta pelas ruas, imóveis fechados,sem venda ou locação e foram fechados mais
de 40 mil postos de trabalho.
O que diagnostica o relatório
específico é que temos um Estado paquidérmico e uma economia fragilizada. São
milhares de empresas em recuperação judicial e o aceno do governo para a
reforma tributária é tímido e aquela previdenciária passa por teste de
acompanhamento e do sermão dos deputados que brigam por maior número de emendas
no orçamento do governo.
Um Brasil macro em todos os campos é o
que mais se pretende e deseja. Mas como avançar se passamos quase metade do ano
acertando a conta com o fisco e pagando nossas obrigações, já que o Estado leva
duas ou mais décadas para responder aos precatórios, que caem no desuso e total
esquecimento?
Os capitais estrangeiros sentem-se
acuados em razão do gigantesco déficit público e as pessoas olham tudo com
desconfiança, além do que temos um capitalismo sem concorrência e de favores. Essas
circunstâncias patológicas nos levaram à um verdadeiro suicídio a autofagia da
economia,e quando se constata que os banqueiros lucram 25 bilhões por ano nem
sequer vinte por cento dessa montanha de dinheiro retorna para a cadeia
produtiva ou melhoria dos investimentos em pesquisa ciência e tecnologia.
O Brasil adotou o modal rodoviário e é
um custo avançado já que a maioria das estradas é pedagiada e os
caminhoneiros se ressentem de segurança e justo preço do frete. A tecnologia
impregnada nos atrasos que se reportam ao sucateamento da máquina pública
transfere a inapetência do executivo e do legislativo para o judiciário, cujo
esteio é o STF que não consegue separar o joio do trigo e que permite um
encarcerado dar entrevista com regalias e privilégios, antes de progredir no
regime de cumprimento de sua pena.
A classe média agoniza, a classe alta
da pulos de qualidade e a nossa sofrível indústria automobilística se limita a
lançamentos combustíveis fósseis e com preços estratosféricos. Não é a toa que
os chineses quebraram a indústria nacional que ao longo da última década teve
pífio desempenho. Nossos empresários preferem a rota do Paraguai e da Bolívia
do que do próprio Brasil.
Pensemos no dia do trabalho... Que um
Brasil macro que encontre forças para romper com seus antagonismos e realize
mutirões de colocar milhões de desempregados na atividade produtiva, única
forma de minorar o trauma e desassossego social - chagas da corrupção e
incompetência de gestão.
Brasil Macro. Nada de Argentina Macri!
Carlos Henrique Abrão (ativa) e Laércio Laurelli (aposentado)
são Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Autores de
livros jurídicos.
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