Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por H.
James Kutscka
A história
da humanidade está repleta de mentirosos célebres.
Na Europa,
destacam-se Pinocchio e Barão de Munchhausen, em terras tupiniquins Pedro
Malasartes, de origem portuguesa, mas prestamente adotado pelo nosso povo
gentil, e Chicó , personagem do “Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna, que extrapolou o romance
para virar personagem do folclore
nacional, até a última sexta
-feira dominavam a cena.
Em comum
tinham a simpatia e a cara de pau (que em um deles era um atributo inconteste).
Como não
“há mal que sempre dure e nem bem que nunca acabe” foram solenemente
desbancados de seu trono por um personagem, ao qual, a partir desse momento,
vou me referir como “o muar mitômano de São Bernardo”.
Vai ficar
mais trabalhoso de escrever, mas não pretendo muito mais vezes me referir a
ele.
Então vamos
aos fatos.
Na data
acima mencionada, dois repórteres, daquele jornal de São Paulo à serviço do PT, autorizados pelo advogado do
partido do réu no momento entronado na presidência do STF, também conhecido
pela alcunha de “ o amigo do amigo de meu pai” protagonizaram um
dos fatos mais bizarros que tive oportunidade de assistir no final de semana: a
entrevista com o “ réu muar mitômano de São Bernardo” (está
ficando cada vez mais cansativo).
- Dignidade
eu tenho de berço, aprendi com dona Lindu, que nasceu analfabeta, (que
brilhante dedução) e morreu analfabeta.
Em outro momento:
- O brasil
está sendo governado por malucos.
Declarou o
entrevistado que responde a oito processos.
- Eu, ao
contrário do Bolsonaro, fui obrigado a aprender economia para negociar no
sindicato, disse o vendedor de greves e dedo duro de Romeu Tuma. Ah! então
finalmente está explicado o maior roubo aos cofres públicos da história.
Quero crer
que a pobre dona Lindu nunca imaginou que iria por no mundo tão execrável
figura.
Não vou
ficar aqui repetindo torrente de mentiras e asneiras, que fariam
enrubescer até mesmo Rudolph Erich Raspe, autor das
adoráveis mentiras contadas pelo Barão
de Munchhausem, dentre elas, a da vez em que o nobre barão e seu cavalo
teriam inadvertidamente caído em um banco de areia movediça, do qual ele havia se safado puxando a si próprio pelo rabo de
cavalo da peruca que usava, ou da vez em que durante uma batalha, viajou
montado em uma bala de canhão para
espionar as linhas inimigas e
voltou à sua trincheira montado em outra bala de canhão disparada contra suas
linhas, para a qual, já tendo visto o que queria, saltou no meio do
caminho.
O leitor,
se tiver estômago, poderá assistir a entrevista toda com o ladrão psicopata no
You tube, ou ler nas duas páginas que o jornal lhe dedicou.
Como o
personagem da literatura, o entrevistado vive entre a realidade e a fantasia,
em um mundo próprio; a diferença é que o primeiro não faz mal a ninguém com
suas mentiras, já o segundo as usa para um projeto de poder pessoal, que por
pouco não acabou com o país.
Para nosso
consolo resta lembrar Abraham Lincoln “Nenhum mentiroso tem memória
suficientemente boa para ser um mentiroso com êxito”, mais cedo ou mais tarde,
ele próprio se desmente.
Poderia
parar por aqui, não fosse a outra coisa bizarra a que assisti no final de
semana: o trailer de um filme cujo nome em inglês é Velocipastor.
Como se
pode facilmente deduzir pelo nome, trata-se da história de um inocente Pastor
Religioso que se transforma em Velociraptor e mata cruelmente suas vítimas.
Uma espécie
de Lobisomen B na onda do Jurrassic Park.
Se
duvidarem procurem na rede.
Isso foi
bizarro, mas em linguagem turfística, como diria com muita propriedade meu
amigo Carlos Mantiqueira: não pagou nem “placê” para entrevista do “réu muar
mitômano de São Bernardo”.
Chega!
Um comentário:
Lula está muito esperto e consciente ao participar do achincalhe da ala conservadora do governo, chamando-os de malucos para testar a extensão do estrago gramscista no senso comum dos brasileiros, e contribuindo para a estratégia que a jornalista Bela Megale denunciou.
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