Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos
Henrique Abrão e Laércio Laurelli
A globalização catapultou a política e tornou os governantes meros instrumentos
dessa realidade. A arte de governar foi substituída pelo jargão da economia que
hoje mais do que nunca prevalece. Não há, portanto, qualquer liderança política
sem o viés da globalização que veio para dominar e arrefecer as bandeiras
democráticas e mediante as cem maiores empresas globais do planeta consolidar o
poder de fogo.
No cenário da América Latina não é diferente. O exemplo mais evidente são
as primárias na Argentina, cujo candidato Macri acaba de ser batido, já que a
economia capenga faz sua popularidade decrescer a olhos vistos. Nos demais
Países não se faz diferente, principalmente no Brasil em cujo território há
alta taxa de desemprego e subemprego, além do custo elevado dos encargos
fiscais, donde ninguém pode assegurar a reeleição como válvula de escape ou
adivinhar o futuro.
Quando há recessão, depressão e grave falha que solapa o sistema
econômico, as chances de reeleição são diminutas. Assim, hoje, não existe mais
o político nato, o governante preparado o democrata que olha as necessidades do seu povo, mas sim o discurso do mercado que atende às solicitações e
reivindicações de grupos econômicos, os quais vieram para, em definitivo, marcar
território e presença.
Posta a premissa, as eleições hoje estão representando menos a democracia
e mais a economia. Basta ver o modelo norte americano que coloca na direção
alguém com discurso liberal e força enormemente a melhoria das condições de
emprego e trabalho no solo local. Consequência lógica: enquanto preponderar o
viés da globalização e as concausas do fracasso econômico, o voto do eleitor
não será para um determinado candidato que apresenta plataforma mais voltada
para o debate ou espírito democrático, mas sim em torno de condições de
emprego, estabilidade e poder aquisitivo de compra.
A decadência da América Latina é fruto do domínio norte americano
exploratório e predatório, além é claro de séculos e mais séculos de uma pseudo
colonização marcada por escravismo e retirada das riquezas locais. Bem na
diretriz permeada os próximos tempos nos darão a certeza que eleições formam um
processo democrático caro e de riqueza para Países emergentes e pobres em
valores humanos, cuja essencialidade será voltada para a marcha econômica tanto
do poder dominante, mas também da cidadania que grita por melhores condições de
vida, de trabalho, de emprego e sobretudo de renda.
Carlos Henrique
Abrão (ativa) e Laércio Laurelli (aposentado) são Desembargadores do Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo.
Um comentário:
Essa senhora, que sempre troca suas fotos e sempre fica cada vez pior, tentou há tempos, em seu antigo blog, que nem sei se ainda existe, defender de críticas a Ricardo Zaratini, na época, acho que deputado deputado estadual paulista petista. Esse sujeito, terrorista, foi trocado pela liberdade do embaixador americano Charles Burke Elbrick. No grupo estavam Gabeira, o Zé do Caroço (Dirceu) e tantos outros criminosos que nossos generais anistiaram. Depois esse sujeito virou até assessor do Zé. Discordei dela e ela de mim. Ela é do tipo esquerda caviar, bem disfarçadinha. Só engana aos trouxas, aos incautos.
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