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Por Aileda de
Mattos Oliveira
É
inconcebível, em qualquer área de atividade, a ausência de uma unidade de
pensamento ou, pelo menos, de uma maioria que abrace o mesmo ideal, para que a
conquista dos objetivos predeterminados seja alcançada.
Se
essa necessidade de união em torno de um mesmo projeto de trabalho é
indispensável na vida civil, muito mais se impõe na Área Militar, onde todos
devem ter o pensamento dirigido para a defesa da Soberania da Nação.
Por
essa razão, a data 25 DE AGOSTO tem que ser rememorada e comemorada, pois traz
ao presente, não uma mera reminiscência de um fato pretérito, mas a
ressurgência do Homem e do Militar, através da Ordem do Dia, da formatura, dos
estandartes e dos símbolos.
Do
Exército de Caxias ao Exército atual, as mudanças se sucederam, em razão das
exigências da formação castrense, mas não pode ser alterado nem alijado da
memória histórico-militar o exemplário das ações, da capacidade de liderança
dos militares do Exército de outras épocas. Todas essas qualidades que fizeram
a diferença dos antigos Chefes têm que permanecer incólumes através dos tempos.
Os
feitos de Caxias, o General que nunca foi vencido, como ele próprio proclamou
em Itororó, não lhe toldaram a razão, portanto, nunca se vangloriou, como
vencedor, ante os adversários vencidos; ao contrário, mantinha a tolerância e o
respeito àqueles que a ele se rendiam.
Este
deve ser o norte de todos os homens que se dedicam, se instruem, se submetem às
exigências de Comando para que se transformem nos melhores militares, com o
pensamento voltado para o UNO, para a unidade de ação, em favor do
fortalecimento da Nação. É o PATRONO que ali está presente, em espírito, em
pensamento, para receber as merecidas homenagens.
Unidade!
Esta é a palavra que, talvez, Caxias sequer tenha pronunciado, porque a
mantinha através de suas atitudes, de sua autoridade, sempre visando à
conciliação entre os ânimos destemperados, como aconteceu no Rio Grande do Sul.
Palavras demais, frequentemente, atrapalham, porque se esvai nelas, a força
interior que dá sustentação à vontade de realização, fazendo que se perca o
ímpeto da ação e desapareça o impacto do resultado.
Caxias
não desejava, tão somente, a unidade militar, mas e, principalmente, a unidade
do ESPÍRITO MILITAR, que permanece como parte da Doutrina que rege as
diretrizes da caserna.
Recebeu
o título de PACIFICADOR, por ter, em sua existência, posto em prática o
sentimento de união, ante a desagregação de Guarnições pela ação tempestuosa do
homem, pelos seus sentimentos de rebeldia, que fizeram nascer desejos
separatistas que, se realizados, levariam à mutilação do território, do
Exército, trazendo consequências gravíssimas, não só ao Império, mas, também,
e, principalmente, à Nação.
Caxias,
o grande psicólogo militar, atingiu o profundo da alma dos insurgentes, com a
sua visão de estrategista-mor, deixando para a nossa Força Terrestre, exemplos
de que se vence uma batalha, logicamente, com o aparato bélico, mas, nunca
antes de pôr em execução a conquista de corações e mentes.
A
vida de Duque de Caxias deixa registros indeléveis de que o GRANDE SOLDADO,
morreu fisicamente, pois ninguém foge à lei da Natureza, mas permanece vivo e
inesquecível, desde os tempos mais remotos da nossa História, e a solenidade
que o distingue, faz reviver o passado no presente, e mais que isso, reitera
que o seu Modelo de conduta deve ser o Modelo de conduta seguido por todos os
Militares brasileiros. Isso é o ESPÍRITO MILITAR, que os civis, com raras
exceções, compreende.
Que o
dia 25 DE AGOSTO, data do nascimento do PACIFICADOR, permaneça como momento
histórico, como um momento de revivificação de sua presença como o Homem, como
o Líder que pacificou pelo exemplo e não somente pelas armas.
A
esperança dos bons brasileiros, dos que compreendem a rigidez da disciplina
militar, é que eles, os Militares, jamais deixem que o desejo de desagregação
que domina os indiferentes à causa nacional, penetre no pensamento da caserna,
destrua o ESPÍRITO MILITAR, porque formam eles, os Militares, o último baluarte
com que a Nação e a parte sadia da população podem contar.
Que a
Ordem do Dia, nesta data de renovação dos exemplos lavrados no Tempo Histórico,
do Homem que soube pelejar e soube conquistar pela persuasão, seja uma Ordem
que reitere o pensamento de que a unidade do ESPÍRITO MILITAR deve permanecer
em todas as Unidades, em todas as Guarnições, no mais longínquo recanto deste
grande País, para o Bem da Nação e de todos aqueles que prezam e amam a sua
Pátria.
Aileda de Mattos Oliveira é Dr.ª
em Língua Portuguesa. Acadêmica Fundadora da ABD. Membro do CEBRES e Acadêmica
da AHIMTB.
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