Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão e Laércio Laurelli
O Estado brasileiro paquidérmico e ineficiente precisa de uma substancial
reforma. Não cabem na federação gastos supérfluos e falta de recursos
financeiros para investimentos em pesquisa e modernização da máquina. Nosso
estado imprevidente gasta mais do que arrecada, e vejam que a receita é na casa
do trilhão. Mas muito dinheiro ralo abaixo deita e rola por meio da corrupção desabrida
e sem freios.
E no estágio atual as reformas previstas terão prazo de validade, mas não
poderemos conviver com 5500 comunas, as quais terão custo elevado nas eleições
de 2020. O fundo partidário é algo insustentável e inimaginável. Alguns bilhões
queimados nas mãos dos políticos que insistem em trafegar na contramão da
história. O Parlamento que se arvora dono da verdade e sabichão não poderá
conter a agonia da sociedade e a insatisfação permanente.
Afinal de contas o FMI nada mais significa (veja a vizinha Argentina) do
que Fome, Miséria e Inflação. Debelamos o monstro da dívida externa e hoje
convivemos com o carrasco da dívida interna: são mais de 3 trilhões rolados
diariamente pelos banqueiros que sufocam e querem mais remuneração, além do que
dezena de estados em recuperação fiscal perante a União. Quebradeira geral com
diagnóstico de 61 milhões de brasileiros nos cadastros negativos e mais de 5
milhões de empresas beirando estado de insolvência.
O samba do crioulo doido não é plausível dentro do âmbito de uma
democracia e da federação que tudo centraliza e leva o dinheiro da arrecadação.
Para além disso aonde queremos e poderemos chegar em tempo de crise
institucional, de estado e principalmente de liderança?
A reforma do estado pressupõe a mãe de todas as reformas, assim dos partidos
políticos, do fundo, da representatividade, daredução de Municípios e fusão dos
Estados e com o viés de reduzir o dinheiro centralizado na marvada União que
não quer saber e somente enfia goela abaixo a conta para o contribuinte.
A máquina pública derruiu e é exatamente isso que nossos políticos e
governantes duvidam em acreditar. Sem uma reforma ou minireforma do estado
brasileiro nossos presságios se confirmam e a catarse de uma sociedade
que perambula entre o sombrio amanhã e as trevas do passado.
Carlos Henrique
Abrão (ativa) e Laércio Laurelli (aposentado) são Desembargadores do Tribunal
de Justiça de São Paulo. Autores de várias obras Jurídicas.
Um comentário:
Datena pode ter dito que não foi o hospital onde o presidente Bolsonaro foi operado que pegou fogo para levantar a questão de que o hospital da mesma rede no Rio de Janeiro foi incendiado por acreditarem que o presidente seria atendido lá.
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