Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Renato Sant’Ana
O jornalista Mario Sergio Conti, na
Folha de S. Paulo (07/09/19), usou textos de Benjamin Kunkel para,
terceirizando a infâmia, lamentar que Bolsonaro não haja falecido com a facada.
É a expressão mais sofisticada do ódio, da intolerância, da inépcia política e
do autoritarismo que caracterizam a esquerda latinoamericana. E como se
comportavam, há um ano, os confrades ideológicos do colunista da folha?
Em 06/09/2018, em Juiz de Fora, MG, o
ativista de esquerda Adélio Bispo de Oliveira tentou assassinar a facada o
então candidato Jair Bolsonaro.
Quem (um indivíduo ou um comando), por
que (motivação ideológica ou patológica) e como (com premeditado planejamento
ou ato impensado)? Eis questões que deveriam ser exauridas antes de qualquer
ideia conclusiva.
Entretanto, nas primeiras 24 horas,
antes que se conhecessem as circunstâncias do crime, incontáveis jornalistas e
políticos passaram a propagar a ideia de que "um maluco tinha agido por
conta própria".
O fato ocorreu pouco após às 15 horas.
E às 21h54min, no site da Folha de S. Paulo, Patrícia Campos Mello já puxava o
leitor para a versão da loucura e afastava a motivação ideológica,
transcrevendo postagens do Facebook em que Adélio fazia delirantes projetos
salvacionistas, atribuía os males do mundo à maçonaria e atacava Bolsonaro.
Em editorial, o Estadão disse que
"parece comprovado que ele [Adélio] é um desequilibrado que agiu de forma
isolada." Raul Jungmann, então ministro da Segurança Pública, afirmou que
a ação de Adélio foi "típica de um lobo solitário". E Rosane de
Oliveira escreveu em Zero Hora: "Teve sorte de o maluco de Minas não estar
usando uma arma de fogo." Maluco?
"Será que ele esfaqueou o
Bolsonaro porque é de esquerda, ou porque tem algum distúrbio?", foi a
pergunta retórica de Patrícia Campos Mello, depois de impingir a tese da
enfermidade mental.
Registre-se que a Associação Médica
Brasileira tirou nota, enfatizando que o agressor sabia o que estava fazendo e
queria que o golpe fosse fatal: uma facada com critério, dirigida a um ponto
letal da vítima - ação consciente e, como provou a polícia, premeditada.
Contudo, à parte do diagnóstico, muito
importante era saber se, por trás de Adélio, louco ou não, existia alguém
comandando a maldade. Como ter certeza de que ele não estava sendo manipulado
por gente sadia? Parecia que ninguém estava interessado em esclarecer.
Além disso, naquelas primeiras 24
horas (enquanto a vítima agonizava), houve grande alegria e maldoso tripúdio
entre esquerdistas confessionais. Por exemplo, segundo o bem informado portal
Diário do Poder, ao sair a notícia do atentado, houve "gargalhadas
macabras nas dependências do Ministério de Direitos Humanos".
Dilma Rousseff, à saída de uma visita
a Lula na cadeia (Curitiba, 06/09/18), insinuou que a culpa era do próprio
Bolsonaro. E sapecou uma das suas: "Quando você planta o ódio, colhe
tempestade."
Paula Zagotti, assessora de imprensa
de Dilma, também culpou a vítima. Disse no twitter que "o feitiço virou
contra o feiticeiro". E parodiou a patroa: "Quem planta ódio colhe
ódio."
Mas a euforia esquerdista logo
murchou. Os médicos da Santa Casa de Juiz de Fora e os cirurgiões do Hospital
Israelita Albert Einstein, em São Paulo, salvaram o candidato. E a esquerda,
acostumada a usar de falsificações para explorar o vitimismo, ficou sem saber
como enfrentar uma vítima de verdade. Só lhe restou inventar
"narrativas".
Assim, como se médicos houvessem
forjado boletins e mentido em suas falas à imprensa, lideranças petistas
(inclusive Lula, com vídeos na internet), passaram a oferecer à militância
amestrada a "narrativa" de que foi tudo pura encenação.
Meses depois, Adélio foi diagnosticado
com transtorno delirante persistente - digno de compaixão. E declarado
inimputável pelo juiz Bruno Savino. Se fosse julgado e condenado como
criminoso, seria preso por tentativa de homicídio, teria progressão de pena e,
em poucos anos, estaria livre. Mas, como "maluco", poderá nunca sair
do hospício.
Desde o começo, porém, um clichê era
usado nas "narrativas": Adélio era o pedreiro desempregado - digamos,
uma "vítima social". Perfil estranho: segundo suas postagens no
Facebook e o que apurou a Polícia Federal (PF), ele viajava pelo país, ia a
manifestações políticas, foi militante do PSOL e até fez um curso de tiro em
Florianópolis.
Ao ser preso, portava um cartão de
crédito internacional do banco Itaú, um celular e vários extratos bancários e
vias de depósitos, tudo em seu nome. E no quarto da pensão em que, tudo indica,
planejou o ataque durante 10 dias, foram localizados outros três celulares e um
notebook.
Até hoje não se explica que, poucas
horas após o atentado, irrompessem na cidade quatro advogados, Zanone Oliveira
Júnior, Fernando Oliveira Magalhães, Marcelo da Costa e Pedro Possas, para
assistir o "suspeito" na audiência de custódia e iniciar a sua
defesa. Quem pagava esses profissionais? Ou havia alguma motivação não
pecuniária?
À transferência de Adélio a um
presídio do Mato Grosso, Zanone Oliveira Júnior, um dos advogados mais caros de
Minas Gerais, apressou-se em informar que tinha até avião para ir atender o
cliente (Zanone foi advogado do policial Bola, que assassinou Eliza Samudio -
caso Bruno).
Era natural, pois, que houvesse
desconfiança. Em 24/09/2018, ainda no hospital, falando à rádio Jovem Pan,
Bolsonaro criticou a postura leniente do delegado federal Rodrigo Morais
Fernandes (da PF em Minas Gerais), responsável pelo inquérito.
Só então a mídia nacional prestou
atenção no delegado, revelando que ele chefiou por dois anos a Assessoria de
Integração das Inteligências da Secretaria de Defesa Social (Segurança Pública)
do governo mineiro na gestão do petista Fernando Pimentel, que, por sinal, em
2018, condecorou Fernandes com a Medalha Alferes Tiradentes.
O delegado também chegou a integrar o
governo Dilma, sendo, por alguns meses, diretor de Inteligência da Secretaria
Extraordinária para Grandes Eventos. Ou seja, o esclarecimento do atentado
estava nas mãos de um policial identificado, tal como o investigado, com o
lulopetismo.
Depois, veio um dado incrível: O
Antagonista informou, em primeira mão, que em 06/09/18, dia da facada, houve um
falso registro da entrada de Adélio na Câmara dos Deputados, notadamente um
álibi forjado, uma prova falsa que ia ser útil se ele não houvesse sido preso
em flagrante. Quem está por trás disso? A PF terá exaurido essa questão?
Volto a Mario Sergio Conti, ativista
ideológico travestido de jornalista. O bem que, sem querer, ele nos faz,
afinado com a linha editorial da Folha, é escancarar que a esquerda
latinoamericana sempre aponta nos outros a indignidade de que ela mesma é
constituída: desprezo pela verdade, falta de escrúpulos e ações regidas pelo
ódio.
3 comentários:
Adélio foi julgado e condenado no processo penal mais rápido na História do país. O processo “transitou em julgado” em menos de um ano, um recorde nacional e quem sabe mundial. Ambas as partes se deram por satisfeitas, não recorreram, não houve escrutínio público; a sociedade aguarda respostas. Sugiro que esta última aguarde sentada ou deitada.
Os quatro advogados de defesa estão satisfeitos em enterrar o “seu” cliente na vala do esquecimento. Bolsonaro também não parece interessado em esclarecer a questão por completo. Ninguém com poder parece interessado em mexer nesta m fedorenta, se chafurdar demais pode aparecer o PSL no final do túnel!
Nao serao as digitais do PSL que irao aparecer, petralha " cristao" . !!
O tempo esclarecerá muitas dúvidas.
A única certeza é que a ideologia de esquerda, por natureza, não permite pensar duas vezes a cometer um assasinato.
Os que hoje pensam que são os poderosos na sua convicção materialista, poderão receber a compensação em algum momento da sua existência
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