Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Antônio
P. Valle
No jogo
sempre tem o papel de cada peça. Temos falado nos artigos anteriores sobre a
Torre, o Cavalo e o Bispo, bem como sobre os Peões. Mas a Rainha é muito
importante. Todo jogador perspicaz observa atentamente os movimentos da Rainha,
quando consegue percebê-los. Se ela se move de forma explicita algo importante
vai acontecer no jogo. Todavia, ela frequentemente prefere atuar nos
bastidores, colhe dados, analisa, produz conhecimento, projeta, gera linhas de
ação e induz ao movimento, permanecendo sempre sorrateiramente observando.
Raramente se expõe, simula, dissimula, programa e induz para que outros arquem
com o ônus ou bônus aparente de sua jogada, sendo o verdadeiro elixir final
reservado a ela.
Naturalmente,
eventualmente, algum ativo sente o impulso de ir além do papel destinado a ele
no jogo. Toma conhecimento de algumas informações e entende que merece saber
mais. Nestes casos, algumas vezes, as técnicas de compartimentalização de
informações, alertas, avisos e vigilância não são suficientes. Entretanto, se
manter a motivação para a cooperação do ativo for significativo, então alertas
e avisos não são recomendados. O ideal é um procedimento denominado Bloqueio da
Percepção do Todo. Ele não é excludente, pelo contrário, é includente e
cooptativo.
Este
procedimento possui algumas fases, que sinteticamente, podem ser descritas da
seguinte forma: a pessoa ou ativo curioso é incluído em algum programa que deve
ser descrito a ele como altamente sofisticado e confidencial, com acesso
restrito a ativos rigorosamente selecionados, sendo ele um deles. Devem ser
demonstradas tecnologias e “realidades” que o deixem fascinado, e tudo
acompanhado de uma “causa” empolgante, como por exemplo, a defesa da humanidade
de uma ameaça brutal.
Se a isso
puder ser adicionado uma pitada de patriotismo e heroísmo, como sempre é feito,
fica ainda melhor. Após algumas semanas em contato com este “programa”,
especialmente formatado, o ativo está pronto para receber a informação crucial:
lhe é dito que ele está no “topo” da classificação de segurança e sabe tudo de
importante que há para saber, exigindo-se em contrapartida apenas sua lealdade
e dedicação.
A partir
deste ponto o ativo irá introjetar a “programação”, incorporando-a à sua
psique, uma vez que ela ressoa com os seus padrões mentais do subconsciente e
inconsciente. Tudo que ele precisava foi atendido: sentir-se um ativo
valorizado, diferenciado, digno de receber um conhecimento que os “outros” não
tem. Seu Ego adere imediatamente a esta abordagem.
Paralelamente
seus ideais de bem servir, patriotismo e a possibilidade de ver-se como um
herói lutando por uma causa nobre, ainda mais de forma “anônima”, geram a
“identificação” necessária, fortalecendo o elo emotivo. A racionalidade do
processo, numa abordagem rasa, atende perfeitamente aos questionamentos de
primeira hora.
Assim,
deste ponto em diante, ocorre o Bloqueio da Percepção do Todo, ele somente “vê”
o que lhe foi mostrado, sem perceber o todo, e ninguém poderá convencer este
ativo de outra abordagem. Isso torna-se impossível por dois motivos: pelo
“sigilo” que impede a terceiros o acesso ao ativo e sua exposição, e também
porque ele se nega a comentar tais fatos, sem permitir o contraditório, uma vez
que está sob juramento de sigilo. Ele acredita realmente que sabe tudo de
importante que há para saber e nada mais há.
A vantagem
do processo para a Rainha é que ele passa a não perguntar mais nada, não
pesquisa nada, porque em tese já sabe tudo. Seus filtros do Túnel de Realidade
tornam-se quase impermeáveis, robustecendo sua Imunização Cognitiva. Sempre lhe
será reforçada a percepção de que ele sabe tudo e que ele é “especial”.
Todavia, a tecnologia que lhe foi mostrada não é de ponta, as “realidades” que
lhe são expostas foram manipuladas, as informações que recebeu estão longe de
serem as da classificação de segurança mais elevada e ele é um ativo mediano, e
não top como pensa. Sempre haverá um Plano B se a sua “curiosidade” voltar.
A Torre se
move na dinâmica imposta pela Rainha, caminhando para o Xeque-mate. Na semana
passada foi feito mais um check point. Como já comentei no artigo anterior o
FED (Federal Reserve – Banco Central dos EUA) precisa desesperadamente manter
os juros baixos. Isso tem sido feito de forma artificial, através de
manipulações do mercado, que não refletem a dinâmica real da economia. Na
economia americana consumidores, Governo e empresas estão altamente alavancados
por anos de empréstimos a juros baixos, sem contrapartida em garantias de
ativos reais. As receitas geradas estão abaixo da capacidade de saldar as
dívidas (vide artigo anterior). Ao permitir este cenário o FED está criando uma
bolha maior que a de 2008, cujos primeiros traços de rompimento apareceram na semana
passada (vide https://schiffgold.com/videos/peter-schiff-the-next-crash-could-bring-down-the-fiat-money-system/).
Pela
primeira vez, desde 2008, o FED de NY foi obrigado a materializar, na semana
passada, uma intervenção de emergência no mercado de recompra, realizando o que é denominado de
"operação compromissada noturna" (uma operação, em sua forma, parecida com o nosso “overnight” da década de
oitenta) durante a qual o FED (Banco Central) tenta minimizar a pressão nos
mercados comprando títulos do Tesouro, bem como
outros títulos, para garantir a liquidez. Esta intervenção começou no
início da semana com US$ 53 bilhões, e depois foi a US$ 75 bilhões, com as
posições fechadas diariamente - https://edition.cnn.com/2019/09/18/business/ny-fed-overnight-lending-rescue/index.html.
Como Michael
Snyder explica: “O mercado de recompra desempenha um papel crítico em nosso
sistema financeiro, porque permite que nossos bancos tomem dinheiro emprestado
rapidamente, e esse dinheiro é frequentemente usado para comprar instrumentos
financeiros, como títulos do Tesouro” vide http://theeconomiccollapseblog.com/archives/major-red-flag-the-fed-shocks-everyone-with-an-emergency-intervention-in-the-repo-market-for-the-first-time-since-2008.
Veja que este mercado que foi socorrido, precariamente e momentaneamente pelo
FED, influência o valor dos Títulos do Tesouro que compõe de forma majoritária
a reserva externa do Brasil.
Esta foi
considerada uma intervenção que mostra rupturas no dique. "É sem
precedentes, pelo menos na era pós-crise", disse Mark Cabana, estrategista
de taxas do Merrill Lynch do Bank of America – vide https://edition.cnn.com/2019/09/17/business/overnight-lending-rate-spike-ny-fed/index.html.
A pergunta
é: até quando o FED vai suportar fazer intervenções cada vez maiores para
manter as taxas de juros artificialmente baixas? Até quando ele consegue
segurar a bolha? Será que ele vai querer segurar a bolha ou está esperando o
momento certo para estourá-la?
Como dito
no início a Rainha planeja, e a execução fica para as outras peças, notadamente
os peões. As vezes o peão segue numa direção e, ao olhar ligeiro, parece ter
sido “empurrado” de um determinado ponto, mas muitas vezes foi de outro. É
necessário ir mais fundo nas análises. Recentemente foram divulgados documentos
da CIA onde ficou claro que o bilionário George Soros estava financiando e
direcionando Mikhail Gorbatchov durante seu movimento para extinguir a União
Soviética, através de uma ONG (de fachada da CIA), conhecida como Instituto de
Estados de Segurança Leste-Oeste (IEWSS, sigla em inglês) – vide http://razonesdecuba.cubadebate.cu/articulos/gorbachov-se-confiesa-el-objetivo-de-mi-vida-fue-la-aniquilacion-del-comunismo/?fbclid=IwAR0bki9tOiX2hKfzyiKu839481yC6EA97k3962Md77I5itFqFZw0kxvuWcM#.W0aSAWFvB22.facebook.
A “esquerda”
sempre trabalhará pensando estar servindo aos seus objetivos doutrinários, mas
a “mão” que a conduz tem outra agenda. Sem dinheiro não há “revolução”.
As ações
que estamos vendo no Brasil fazem parte de um contexto maior. Para soluções
globais é necessário que existam problemas globais. As “queimadas” propositais,
a mobilização da esquerda e da mídia, e tantos outros movimentos, preparam o
terreno do jogo local, que está inserido no jogo maior.
Uma grave
crise econômica, provocada pelo cenário que venho mostrando (fim do dólar como
ancora, crise da dívida nos EUA, criação de uma nova moeda internacional que
reflita um mundo multipolar, etc....) pegará o Brasil bastante vulnerável, e
está sendo desenhada sobre medida, no caso brasileiro, para provocar
desabastecimento e convulsão social. Em seguida virão as agitações, para as
quais a “esquerda” é peça-chave, sendo financiada pelas organizações de sempre,
e deverão estar sincronizadas com o Xeque-mate. A questão social correrá no
estilo de “primavera árabe”.
Após a
crise implantada o Brasil não terá reservas internacionais com liquidez para
comercializar produtos, uma vez que os Títulos do Tesouro Estadunidense serão
seriamente afetados. Neste cenário sobrará ao Brasil alienar seus ativos
(estatais, reservas minerais etc.) pelo preço de ocasião para receber
pagamentos na nova moeda a ser implantada, e assim voltar a poder comprar no
mercado internacional. Os ativos se desvalorizarão tremendamente e as Estatais
serão compradas por um preço baixo. O débito será feito na conta do Presidente
Bolsonaro. Que Brasil emergirá depois? Bem, depende do que for feito agora.
“Se você
conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem
batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha
sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo,
perderá todas as batalhas” – Sun Tzu em “A arte da Guerra”.
O
efeito dominó começou, na medida que a cada movimento um novo dominó cai e
empurra outro para a queda seguinte!
Todo
jogo acaba ou muda de fase. O xeque-mate se aproxima.
Um comentário:
"Luiz Antonio Peixoto Valle é Professor e Administrador de Empresas."
My nyme is lucifer. O zé galinha do articulista, poderia (por gentileza) citar um único aluno (seu) que não esteja na cracolandia; PONTO E VIRGULA; e o site (link) de uma das muitas empresas que você administra. https://www.youtube.com/watch?v=s8R4Ji1QAkE
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