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José Dias
Toffoli é o grande articulador do “pacto” entre o Presidente Jair Bolsonaro e
os presidentes do Senado e Câmara, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia. Por isso, no
momento em que o STF e o Judiciário atingem um alto e perigoso desgaste perante
a opinião pública, o Presidente do Supremo Tribunal Federal se vê obrigado a
liderar um movimento de bastidores para garantir que um tsunami de impunidade
atinja a Lava Jato. Toffoli não quer correr qualquer risco de “ruptura
institucional”, em função de decisões dos três poderes que podem causar revolta
popular ou militar.
Quarta-feira
que vem, Dias Toffoli já antecipou que fará “sugestões” aos “companheiros” do
Supremo para que seja minimizada a votação que poderia anular condenações na
Lava Jato. A maioria apertada dos supremos magistrados tomou a decisão,
meramente tecnicista, de que delatados falam depois dos delatores, antes da
sentença final dos processos. Toffoli proporá a fórmula contorcionista de que
as condenações passadas não serão anuladas, mas, a partir de agora, passa a
valer a nova determinação do Supremo.
Nas redes
sociais da Internet, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional são
tratados como “instituições criminosas” – para aqui não citar a imensidão de
xingamentos. É crescente o desgaste de imagem do Judiciário e do Legislativo. A
insatisfação é tão grande e grave que os institutos de pesquisa sequer ousam
divulgar “enquetes de opinião” para dar percentuais ao tom de revolta. Entre os
“poderosos”, Toffoli é, sem dúvida, o mais “sensível” aos perigos de uma
conjuntura tão explosiva e radical.
Na votação
de ontem no STF, é historicamente relevante reproduzir trechos do lúcido voto
de Luís Roberto Barroso. O ministro exprimiu, em tom coloquial que fugiu ao
habitual juridiquês, a dimensão da revolta da maioria dos cidadãos comuns em
relação à hegemonia do Crime Institucionalizado, a Corrupção Sistêmica do
Mecanismo e ao absurdo sentimento geral de impunidade e injustiça. Com a
palavra, Barroso:
“Esta discussão não é caso isolado de
habeas corpus, produz efeito sistêmico na interpretação de uma legislação que
funcionou e que ajudou o Brasil a começar a romper o paradigma de impunidade
que vigorava em relação a corrupção e criminalidade de colarinho branco. O
cenário deste julgamento é o cenário de um país que procura se libertar do
domínio oligárquico, da corrupção estrutural e institucionalizada. E as
instituições começaram a corresponder a essas demandas da sociedade – Polícia
Federal, Ministério Público, Poder Judiciário. E o Supremo Tribunal Federal não
faltou a esse compromisso com a história. No julgamento do mensalão, mais de
duas dezenas de pessoas, entre políticos e empresários, e possivelmente pela
primeira vez na história do Brasil, foram efetivamente condenadas por corrupção
ativa, passiva, peculato, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de
instituições financeiras. O julgamento do mensalão, pelo STF, começou a mudar a
história do Brasil e, naquele julgamento, se produziram páginas antológicas”.
“Diversas ações foram retiradas da
competência da 13ª Vara Federal de Curitiba, que havia quebrado o paradigma de
ineficiência e impunidade em relação à criminalidade de colarinho branco.
Transferiu-se a competência para o julgamento de crimes comuns, sobretudo de
colarinho branco, conexos com os eleitorais, para a Justiça Eleitoral, num
momento em que a Justiça Federal vinha funcionando com crescente eficiência.
Considerou-se inconstitucional a condução coercitiva que vigorava há quase 80
anos. Entendeu-se que o parlamentar que utilize o mandato para prática de
crimes, documentadamente comprovados, gravados e filmados, não podia ser
afastado do mandato por decisão do Supremo, ficando a matéria submetida à casa
legislativa de onde praticados os crimes. Mais de 50 habeas corpus foram
concedidos apenas no Rio de Janeiro, um estado devastado pela corrupção
praticada com inimaginável desfaçatez. E agora chega este caso, com o risco de
se anular o esforço que se vem fazendo até aqui para enfrentar esta corrupção que,
como disse, não é fruto de pequenas fraquezas humanas, de pequenos desvios
individuais, são mecanismos profissionais de arrecadação, desvio e distribuição
de dinheiros. Não há como o Brasil se tornar desenvolvido e furar o cerco da
renda média com os padrões de ética pública e privada praticados aqui.
Precisamos romper com esse paradigma e as instituições precisam corresponder às
demandas da sociedade”.
É ilusão ou
canalhice acreditar que um simples pacto entre poderes (corrompidos) irá
resolver os problemas brasileiros ou impedir que a guerra de todos contra todos
os poderes atinja o estágio de ruptura institucional. Há muito tempo,
claramente, estamos sofrendo os efeitos caóticos de uma grave crise constitucional.
As instituições, que só funcionam direito no mundo da ficção ou na cabeça dos
cínicos pragmáticos, precisam de uma reestruturação urgente.
O problema
brasileiro é estrutural. Por isso, a única solução é a mudança – que pode
ocorrer, gradualmente, por sucessivas reformas estruturantes, ou, de forma mais
abrupta e rápida, através de uma intervenção – que pode ser pacífica, mas que
tem mais possibilidade de ser violenta, revolucionária. Afinal, estamos em um
Brasil dominado pelo Crime, Corrupção e Violência.
Temos de
reinventar e refundar o Brasil com base no Capitalismo Democrático,
antes formulando, debatendo e colocando em prática o inédito Projeto
Estratégico de Nação. Ele será a base para a nova Constituição enxuta, com
regras claras que demandem quase nenhuma interpretação judiciária e que garante pontos fundamentais, dentro de um modelo de Federalismo Pleno: 1)
Segurança do Direito (Democracia); 2) Transparência Total do setor público; 3)
Fiscalização direta da máquina estatal pelo cidadão-eleitor-contribuinte. 4) Voto Distrital.
Os
brasileiros precisam de legalidade, legitimidade e liberdade para viver e
evoluir.
Agora, é
recomendável refletir, seriamente, sobre as recentes palavras do ministro
Barroso.
O Povo e o STF
Releia o artigo: Forno ligado para as próximas pizzas?
Morra-se com uma dessas...
Rodrigo Janot, que está escrevendo um livro sobre sua gestão como PGR, confidenciou
ao Estadão que foi armado ao Supremo para matar o ministro Gilmar
Mendes.
“Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele e depois
me suicidar.”
O ex-PGR explica que saiu do sério quando Gilmar espalhou uma história
mentirosa envolvendo sua filha.
“Foi logo depois que eu apresentei a sessão (…) de suspeição dele no caso
do Eike. Aí ele inventou uma história que a minha filha advogava na parte penal
para uma empresa da Lava Jato. Minha filha nunca advogou na área penal… e aí eu
saí do sério”.
Se o Brasil não é um grande manicômio Judiciário a céu aberto... Nada
mais é...
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O Inconstitucional Procurador Aras
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 27 de Setembro de 2019.
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6 comentários:
Voto sensacional do Barroso ... e o Janot quase vira herói nacional hein
Na antiga Roma, império que é o futuro e ao mesmo tempo espelho dessa nossa sociedade atual, o imperador Calígula, no auge de sua insanidade, praticava os mais horrendos e pavorosos atos, tais como prostituir suas próprias irmãs e mulheres dos senadores, andar vestido de mulher pelas ruas imundas de Roma, cortar cabeças, extorquir até a última gota do povo, mandar o exército atacar o mar (ele queria na realidade atacar Netuno), e mesmo assim era adorado pelo povo... e pelo exército!
- "Nosso botinhas!" - gritavam as multidões em frente ao palácio.
Ouve nessa época um caso muito irônico: Calígula caíra doente e multidões passaram a fazer vigília em frente ao palácio. Em um dado momento, quando já se pensava no pior, um grupo de homens e mulheres na multidão se reúne e prega na porta do palácio uma promessa de que cederiam suas próprias cabeças se Júpiter poupasse Calígula. Para legitimar tal promessa, todos a assinam! Obviamente Calígula, 'repentinamente', melhora e tempos depois cobra a 'promessa'. Imaginem a surpresa daqueles idiotas ao verem os pretorianos entrando em suas casas com a 'promessa' em mãos!
Sabe meu caro Serrão, eu já não sei mais! A pá de cal nas minhas esperanças foi quando, conversando com um amigo, o mesmo me disse:
- "Meu caro! A esperança é como uma cenoura pendurada em uma vara, atada no focinho de um burro desesperado de fome!".
Não ouso mais pedir perdão à Deus pelo Brasil pois Deus já à muito abandonou esse lugar. Deus não quer mais se meter nas loucuras humanas. Uma vez já foi o suficiente e não adiantou muito. Os 'gigantes' continuam entre nós.
Falando em 'gigantes', continuamos com 'gigantes', velhacos fracos e débeis (e agora uns 'novos' também) controlando nossos destinos. Continuamos a ver essas múmias nos extorquindo muito além do dinheiro. Extorquem nossas almas! Continuamos, apesar de toda nossa evolução técnica, a testemunhar nossa 'involução' espiritual. Vemos homens e mulheres que perderam completamente aquela parte de nossa essência chamada consciência. Criaturas horrorosas e deformadas, apesar de toda a maquiagem e óleos de perobas que passam em suas caras.
Como tenho dito meu caro Serrão: "nosso maior pecado, 'homens de bem', é nos calarmos e nos acovardarmos em nossas zonas de conforto, enquanto os maus tomam conta".
Nós é que somos os verdadeiros culpados dessa esbórnia que tomou conta do Brasil.
Parabéns (atrasado) pelos teus 14 anos de luta!
P.S.: Somos tão fracos e covardes que nem mesmo o Janot completou o serviço!
Esse, não é aquele que quando confessou que roubava processos, em vez de ser preso, foi promovido.
O Brasileiro, ao que tudo indica,não tem mais estômago e somente os que têm moelas podem suportar tanta canalhice.
A legislação tem que ser totalmente mudada no Brasil ou nenhum investidor sério porá Dinheiro neste mercado onde não há segurança institucional que há muito foi quebrada pelo Congresso Nacional e o Juspizziário.
Intervenção é necessidade e quem trabalha está só esperando que isso aconteça e o país suba aos trilhos e destinos verdadeiros.
Se essa "mulher do sapo" de maçon começou em 1966; que merda de conta é essa ? Você deve odiar muito os maçons, e trabalha contra essa ideologia. PS: Domingo acaba essa propaganda (meme, piadinha).
Não se vê,fora esse posicionamento do barroso,discordâncias no stf.Tudo o que dali é expelido,tem anuência,participação,responsabilidade de cada um dos ministros.Stf como todo!Nos afrontam aberta e desafiadoramente e sempre algum tom acima,não recuam,nem retiram nada.Vislumbro nisso a fagulha para jogar o pais no rastro da revolta.Qual o ganho não entendo.Militares reprimindo?Não sei!O pais iria prá guerra civil,pois tinhamos nos como do nosso lado.Inquietações!Eles agem como se fossem respaldados!
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