Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Leonardo
Arruda
O ilustre desconhecido candidato ao
governo do estado do Rio de Janeiro nas eleições passadas (2018), Wilson
Witzel, conseguiu sua vitória nas urnas graças a sua aderência às posturas do
candidato presidencial Jair Bolsonaro e ao apoio implícito de seu filho 01,
Flávio Bolsonaro, a sua candidatura. Não fosse isso ele não passaria de mais um
candidato nanico sem a menor chance de vitória diante dos políticos
tradicionais do estado.
Todos sabem que a política é como uma
nuvem - a cada momento que se olha ela está diferente. Assim, não é de todo
surpreendente que tenha havido um afastamento do governador com o presidente
eleito, até porque Witzel já manifestou seu desejo de ocupar a cadeira
presidencial já em 2022. Ou seja: nada demais – coisas da política.
Surpreendente é a postura em relação
às armas que o governador passou a adotar nos últimos dias. Num evento na
cidade de Duque de Caxias, Witzel queixou-se da grande presença de fuzis no Rio
de Janeiro, mais de 5 mil segundo ele. Disse que isso era culpa do governo
federal, que não combate adequadamente o contrabando de drogas e armas. Afinal,
se as armas não são nacionais elas devem entrar pelas fronteiras, portanto é um
problema do ministro da justiça.
Com essa postura Witzel se aproxima
das teses simplistas e tradicionais dos partidos de esquerda: a culpa é das
armas! Como as armas não podem ser “desinventadas”, então nada podemos fazer
contra a criminalidade. É impressionante como os políticos gostam desta tese.
Ela os libera de qualquer responsabilidade.
O problema é que a realidade teima em
contrariar esta argumentação. As quadrilhas que abastecem com armas o estado do
Rio de Janeiro são as mesmas que abastecem o restante do país, ou alguém acha
que os contrabandistas têm preferência por algum mercado em particular?
Entretanto, só nas cidades fluminenses a bandidagem desfila acintosamente com
armas poderosas desafiando o poder público, até mesmo divulgando filmes pela
internet sem o menor receio de sofrer qualquer consequência. Isto não acontece
em nenhum outro lugar do Brasil ou do mundo.
Em locais mais civilizados, bandidos
sempre temem o braço da lei e procuram agir da forma mais discreta possível. O
que vemos no Rio de Janeiro é uma total inversão da ordem natural das coisas.
Em outros países, como nos nossos
vizinhos Paraguai, Uruguai e Argentina, armas que são restritas no Brasil têm
sua venda permitida a civis e nem por isso vemos a bandidagem se exibindo com
elas. Talvez essa legislação mais liberal até seja o motivo por eles
apresentarem índices de criminalidade menores que os brasileiros.
Enfim, mais uma vez nos decepcionamos
com a classe política. Não é fácil combater a criminalidade no Rio de Janeiro,
até porque foram anos de descaso por governos corruptos e incompetentes. Mas
não será com soluções simplistas e demagógicas que enfrentaremos o problema.
Leonardo Arruda é membro da Associação Brasileira Pela Legítima
Defesa – ABPLD.
3 comentários:
Antônio Gramsci:
"Os criminosos, serão nossos novos revolucionários".
Esse Witzel é mais uma carniça que entra na política. Dessa vez pegou carona com o tsunami do mito e veio surfando na onda da mudança, porém sua máscara caiu e se revelou o embuste que foi sua candidatura. Enganou a todo o eleitorado, traindo o povo Carioca. Nada que nos surpreenda vindo de um caroneiro como Frota, delegado Valdir, Joice, etc. Mas essas carniças terão seu fim decretado daqui até às próximas eleições gerais. O povo acordou malandro!
PIADINHA - Imagine chegar 2022 com a globo diminuindo até o salario do willian booner e outros rabulas; aí próximo ao natal, eles ficam sabendo que o segundo turno vai ser disputado entre Bolsonaro e Witzel.
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