Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Ernesto Caruso
As cenas demonstram sobejamente o abjeto
levante no Chile, em termos de vandalismo e promiscuidade que, mesmo assim,
atrai a extrema esquerda latino-americana em apoio a essa barbárie como adendo
comemorativo da volta dos aliados argentinos ao poder. No bote (bojo e ataque)
o inconformismo, o preconceito, a intolerância e a afronta à liberdade
religiosa. Igrejas incendiadas.
Sem um argumento palpável a justificar
o grau de insanidade como parte da oposição ao presidente Sebastián Piñera,
de direita, a ser “derrubado”, desponta como alvo a Constituição do governo
Augusto Pinochet (1973/1990), com o costumeiro compartilhamento da imprensa
marxista no Brasil.
Ditador, sanguinário ou não, derrotou
o comunismo de Allende e fez florescer uma das melhores economias na América
Latina. A observar o IDH no Chile, entre 1990 e 1994, em 48º, 43º,
38º, 42º, 42º lugares; 1995, passou para 112º; nesse nível até 2015;
retornando em 2016/17 ao 44º lugar no ranking mundial. Brasil em 75º.
Ora, Pinochet governou até 1990. Foi
sucedido por Patricio Aylwin, Eduardo Frei, Ricardo Lagos, Michelle
Bachelet, Sebastián Piñera, Michelle Bachelet e em 2018,
por Sebastián Piñera, atual presidente.
Passaram-se 28 anos com vários
presidentes, que de uma forma ou outra, alinharam-se na apuração das violações
dos direitos humanos durante a ditadura de Pinochet, inclusive contra o pai de
Michele Bachelet, morto quando preso e que, como militar, integrara o deposto
governo Allende.
Bachelet além de presidir o país por
dois períodos, integrou o governo do presidente Ricardo Lagos, como ministra da
Saúde e da Defesa, bem como pertenceu à Juventude Socialista do Chile.
Alegação depois de tanto tempo de
Pinochet fora do governo, desde 1990 e falecido em 2006. Sucederam-se seis
mandatos presidenciais, sendo dois da Bachelet, e a extrema esquerda elege a
Constituição de 1980 como inimiga número um do povo chileno, motivo de
incendiar prédios e transporte públicos, prédios e veículos privados, invasão
de igrejas cristãs, destruição das imagens.
Isto, com o apoio das esquerdas e da
imprensa amestrada. Haja vista a eleição do poste de Cristina Kirchner, Alberto
Fernández, que logo após o resultado, levantou voz em favor do “Lula livre” e
da vitória fraudulenta de Evo Morales na Bolívia. E com o discurso do Lula, já
solto, por obra e graça do STF bolivariano, a pregar de imediato o
vandalismo e reação violenta ocorridas no Chile e na Bolívia.
Como se sabe, o STF bolivariano da
Bolívia autorizou Evo Morales a buscar a reeleição como presidente sem limites.
Poder-se-ia dizer, um conjunto de ações “inmorales” tamanha é a audácia dessa
gente. A interpretação daquela corte, idêntica às nossas “excelências”,
considerou a aplicação preferencial dos direitos políticos acima dos
artigos da “Constitución que limitan la cantidad de veces que uma persona
puede ser reelecta”.
Por verossimilhança, tal fato se deve
a que o partido do Morales, Movimiento al Socialismo (MAS),
apresentou um recurso de inconstitucionalidade contra a limitação aos mandatos
consecutivos. Com referendo e lei conflitante com a Constituição daquele país,
ficou no poder por treze anos e, atropelando a legislação, mas protegido pela
justiça bolivariana, disputava mais a eleição deste ano.
O ponto culminante e estopim da
revolta popular, a exigir democracia, foi a fraude na apuração do segundo
turno. A tentativa de jogar o aparato policial e militar contra as
manifestações fracassou e as cenas dos policiais orando e cortando a expressão
bolivariana das insígnias apostas no fardamento, levou o alto comando militar a
se manifestar firme, patriótica e publicamente em favor da
democracia, do retorno à normalidade e sugerir a renúncia de Evo Morales.
Foi um veemente ponto final às
manobras judiciais a favorecer o domínio do executivo permanente — ditadura –
nas mãos de Morales como funciona na Venezuela. Experiências que devem ser
observadas no Brasil para que o mau caminho trilhado nas duas nações não sirva
de exemplo e possa culminar com a anulação do julgamento de Lula por manobras
diversionistas no STF, já pavimentada via Congresso Nacional para
interpretações e obviedades tipo princípio da irretroatividade.
A favor de Morales pipocaram manchetes
sob o título: “líderes progressistas condenaram a estratégia golpista na
Bolívia”, dentre os quais Maduro, Grupo de Puebla, Dilma e até o presidiário
Lula.
Os antecedentes jurídicos bolivarianos
foram muito pouco abordados pela imprensa do Brasil, enquanto a violência no
Chile recebia destaque, com o nítido propósito de desestabilizar o governo
de Sebastián Piñera, que não comunga com a linha petista-marxista,
diferente da esquerdista Michelle Bachelet, alta comissária da ONU para
direitos humanos que inclusive convidou a mulher do petista Fernando Haddad,
para integrar a sua equipe.
Como da prática marxista, criam-se os
distúrbios civis em grande escala como demonstrado em imagens que percorrem o
mundo. Em consequência, por força da lei e da proteção ao cidadão e aos bens
públicos e privados, o governo emprega as forças de segurança que agem
proporcionalmente aos ataques.
Com mortos e feridos decorrentes das
ações policiais e também dos manifestantes, como exemplo típico,
o cinegrafista da Rede Bandeirantes, Santiago Andrade, morto por ativistas
de esquerda. Violentos, terroristas.
Os prejuízos causados às pessoas, a
intolerância com a religião, os danos nas igrejas e imagens, liberdade de ir e
vir, isso pouco importa, mas há que se procurar um responsável pelo exagero
policial. Esse nível de terrorismo precisa ser contido com todo o rigor.
Vandalismo não é igual à manifestação pacífica. A orquestração é a mesma e pela
gente de esquerda que enxerga de forma diferente a crueldade de Hitler no
nazismo e, de Stalin no comunismo.
Daí a acusação de organismos de
direitos humanos para investigar a participação de Sebastián Piñera como autor
de crime contra humanidade.
Como no vôlei, um levanta, outro
corta, forte de preferência: “Comissão Interamericana de Direitos Humanos
(CIDH) anunciou que fará uma visita ao país, juntando-se à missão do Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que já está no Chile.
Nesta quarta, várias organizações internacionais, incluindo a Organização
Mundial contra a Tortura, chegaram ao país para investigar as denúncias de
excessos na repressão aos protestos.”
Quem dirige o ACNUDH? Michelle
Bachelet, oposição a Piñera...
Que o Brasil não seja alvo de
violências por incitações propaladas pela irresponsabilidade dos seus
autores, como a do Lula, que precisa ser contido na forma da lei, nem
maquiavelicamente provocadas por meios bolivarianos.
Ernesto
Caruso é Coronel de Artilharia e Estado-Maior, reformado.
2 comentários:
https://www.breitbart.com/latin-america/2019/11/15/bolivias-conservative-government-expels-hundreds-of-cuban-regime-agents/
A classe média chilena apoia os protestos. Reportagem no Estadão de 03/11/2019 mostra que a economia chilena se movimenta, mas à custa do endividamento alto de sua classe média, o que não deixa de ser uma forma de escravidão.
[De tudo que uma família recebe no Chile, 73% são dedicados a pagar dívidas, segundo o Banco Central. (...)
"Quem não se endivida no Chile, não vive", diz um garçom de Santiago. (...)
Os atos têm a cara da classe média. Mais exatamente de jovens e seus avós - que não querem mais endividar-se com as cotas de aposentadoria, ensino, saúde e transporte. Seus cartazes não pedem estatização desses setores. Denunciam a falta de poder do Estado para monitorar a alta dos preços. (...)
Para atravessar Santiago, um motorista passa por oito pedágios.]
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