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Usando um controle remoto clonado, uma quadrilha de ladrões arrombadores
invadiu o prédio em que moro, na Zona Sul de São Paulo, faltando seis minutos
para o ano 2020 começar. Renderam o porteiro e duas moradoras. Na hora dos
fogos, os bandidos estouraram as portas de três imóveis no quarto andar.
Tocaram a campainha de um quarto apartamento, o casal abriu, acabou dominado e
perdeu jóias e um cartão de crédito.
Os bandidos ficaram pelo menos 40 minutos no prédio. Um morador ouviu
barulhos estranhos e, como a portaria não atendia, resolveu chamar a Polícia
Militar. O socorro chegou depressa, em várias viaturas, mas já era tarde
demais... Os invasores já tinham escapado no mesmo Fiat Idea branco no qual
chegaram para “o trabalho”. Os caras foram profissionais... Não lucraram tanto,
porém não feriram ninguém – a não ser na autoestima de quem foi vítima da violência
cotidiana das cidades grandes do Brasil. O caso foi matéria em vários telejornais. Mais um...
Como moro andares acima da confusão, só fiquei sabendo do problema com a
chegada repentina da PM. Curioso é que, antes da virada do ano, estava trabalhando
em um argumento que será a tônica do Brasil nos próximos anos: a necessidade de
crescimento econômico e desenvolvimento forçará o combate a todas as
modalidades de crime, principalmente o mais danoso e pai dos outros, o Crime
Institucionalizado. A bandidagem é inimiga do Bem Estar Social, do aumento da
produção, da geração de empregos e da Democracia.
O Brasil não vai melhorar, crescer e se desenvolver sem segurança
individual, política, econômica e jurídica. O grande desafio dos brasileiros de
bem será combater, neutralizar e, se possível, vencer, todas as modalidades de
crimes. A dificuldade será a capacidade real de organização do Crime
Institucionalizado e das facções.
O combate ao crime é uma responsabilidade de cada um. Não adianta ficar
esperando pelas “autoridades”. Elas não vão resolver sozinhas – nem aquelas
mais bem intencionadas. Já os bandidos institucionalizados seguirão agindo no
sentido contrário. As pessoas de bem precisam exercer sua pressão de forma mais
eficaz, eficiente e efetiva. Do contrário, o crime seguirá hegemônico.
O novo aspecto interessante é: os grandes investidores também terão de
alocar recursos volumosos para colaborar com o Estado e a Sociedade no combate ao
crime. Este investimento pesado em segurança é uma condição imprescindível para
viabilizar o crescimento econômico até o desejável desenvolvimento sustentável.
Os ideólogos da “Nova Ordem Econômica Brasileira” (a partir dos
juros mais baixos e com a inflação sobre controle) deveriam pensar nesse
assunto da Segurança com mais seriedade e visão empreendedora. O crime só
persiste porque compensa. Assim, os paradigmas da prática econômica precisam
mudar para que o crime deixe de compensar. Pensemos nisto, com seriedade e
profundidade... O recado é para pesos-pesados como Guilherme Benchimol (XP Inc), Luiz Alves Paes de Barros e Henrique Bredda (Alaska), além de Paulo Guedes & equipe.
Como bem escreveu o ministro Luis Roberto Barroso: “A sociedade
brasileira já não aceita mais o inaceitável e desenvolveu uma enorme demanda
por integridade, idealismo e inclusão social. As instituições precisam
corresponder a essas expectativas, ajudando a fazer um país melhor e maior”.
Leia o artigo: O Seqüestro da Narrativa
Nova década,
ainda não...
Penitencio-me de um erro conceitual no título da mensagem de feliz ano
novo. “Desejei Feliz Nova Década”. Falhei! Um anônimo, daqueles leitores que
amam nos corrigir, ensinou: “Década, assim como o século, sempre começa no ano
de final 1. Então, década nova somente em 2021”. Certo... È uma convenção... Os
10 anos (década) só terminam depois de passados 10 anos. O problema é que os
anos 20 não deveriam começar em 19... Mas o que vale é a convenção. E ponto
final...
Em tempo: 2020 é ano bissexto. Fevereiro terá 29 dias. Teremos 7 feriadões
nacionais prolongados...
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Jorge Serrão é Editor-chefe do Alerta Total. Especialista em
Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é
livre. Apenas solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam
identificadas.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 2 de Janeiro de 2020.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 2 de Janeiro de 2020.
3 comentários:
Acho muito hilário os textos do Jorge Serrão.
Por exemplo na frase "o crime só persiste porque compensa. Assim, os paradigmas da prática econômica precisam mudar para que o crime deixe de compensar". É assim? Simples assim? Basta mudar uma vírgula na taxa de juros aqui, uma correção na tabelinha de IRPF ali, desonerar algum insumo produtivo acolá que Voilà! Acabou o crime? É sério esse pensamento? Me desculpe, não entenda como ofensa isso, mas esse pensamento beira as raias da infantilidade.
Concordo que o Brasil é um país tomado por facções criminosas, de alto a baixo e lado a lado, sem dúvidas! Mas acreditar que toda essa máquina criminosa vai ser desmontada se baseando somente por causa dos 'paradigmas' na economia é forçar demais não é? Se for assim, então é muito mais fácil (e bota muito!) o crime se livrar do Brasil do que o Brasil se livrar do crime. Hoje, do jeito que está, ao se ajeitar a economia, só se estará dando combustível à máquina do crime.
Outra frase bastante pitoresca do nosso amigo Jorge: "O combate ao crime é uma responsabilidade de cada um. Não adianta ficar esperando pelas 'autoridades'". Ora meu caro Jorge, o que eu faço se me deparar com o crime, senão apelar para justamente aquele que é de fato o agente punitivo do crime, senão a própria 'autoridade' em si? Ajoelho e rezo? Ou melhor: fico quieto, pois dizem que a vida é só uma? Talvez eu crie coragem e vá lá, "conversar com o criminoso", sobre minhas responsabilidades e as dele? Ora Jorge, por favor...
Mais uma frase: "As pessoas de bem precisam exercer sua pressão de forma mais eficaz, eficiente e efetiva.". Pressão exatamente onde meu caro Jorge? Nos dedos, "gritando" raivosamente em redes sociais? Tu sabe de fato a importância que políticos dão à redes sociais? Se eu te dissesse que é um nº próximo de zero não estaria mentindo. O problema é que a verdadeira pressão de fato, aquela que costuma botar abaixo castelinhos de cartas, essa tu irias menosprezar e pior: acusá-la de violenta e "anti-democrática"!
Meu caro Jorge, no fundo tu esperas acabar com o crime atirando nos criminosos ramalhetes de flores e livros sobre economia? Só que isso é exatamente o método que os tais esquerdistas vem utilizando à décadas para "acabar com o crime" (o que todos aqueles com 3 neurônios ou mais já sabem de cor e salteado: não passa de cenouras amarradas no focinho de jumentos).
Por favor, não me entenda mal. Sou só mais um cético nesse oceano de otimistas.
O problema não é a criminalidade, mas a a permanência e volta dos sócios dos criminosos.
O MERDA do lux luxo das 4:29 te fornicou.
Depois de ser invadido em sua privacidade, você não deve "fazer nenhum tipo de pronunciamento".
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