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Por Carlos Maurício Mantiqueira
Perguntado certa vez pelo Imperador da Áustria sobre qual seria a maior
virtude germânica, Mozart respondeu: “É o amor!”
O maior gênio musical de todos os tempos comprovou sua opinião com várias
de suas imortais óperas, a saber: “Il Re Pastore”. “Le nozze di Figaro”, “Don
Giovanni” e outras.
Em sua intuição, sabia distinguir a necessidade presente. Se fosse para
durar vários séculos o libretto seria em italiano; se para agradar o poderoso
de então, seria em alemão.
Não apenas ele mas também outros compositores não latinos, sabiam dessa
sutíl diferença. Haendel escreveu “Giulio Cesare in Egitto” e “Rinaldo” para
serem cantados na língua de Dante.
Então o que dizer dos músicos italianos?
Verdi, Donizzeti, Rossini, Bellini ao comporem suas obras já não sabiam
como seriam cantadas?
Há também lindas óperas em francês, v.g. “Carmen” e “La fille du
Régiment”.
A língua espanhola (castelhana) maravilhou-nos com suas zarzuelas, muitas
imortalizadas pela voz de Alfredo Kraus.
Resumo da ópera; só as linguas latinas são capazes de cantar o amor.
Nosso Carlos Gomes atingiu o ápice de sua glória com óperas cantadas em
italiano, mas suas singelas canções em português comprovam o alegado.
Em sua obra “Symphonie Pastorale” André Gide faz a equivalência das cores
com as notas musicais dos diversos instrumentos.
Propomos o mesmo com os perfumes das flores. Gardênia = dó !
Carlos
Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
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