Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio
Alves de Oliveira
Os abusos
referentes à utilização dos jatinhos “executivos” da Força Aérea Brasileira, por
autoridades dos Três Poderes Constitucionais, constituem sem dúvida uma
vergonheira sem precedentes no mundo inteiro.
Enquanto os
aviões de “combate” da FAB, destinados a guarnecer o espaço aéreo brasileiro – e
que se trata propriamente da atividade
“fim” da força - gradativamente vão
sendo “sucateados”, por deficiente
reposição e manutenção, colocando em risco a vida dos pilotos ,a prioridade da “aérea” militar passou a ser o
transporte “gratuito” de políticos e
autoridades públicas, inclusive de qualquer “chinelão” que resolva “requisitar”
um avião para qualquer finalidade,inclusive particular.
Essa
situação não é de agora. Ela vem de muito longe, principalmente após a
reimplantação da tal “democracia plena” (após 1985), que simplificadamente
poderia ser definida como a DITADURA DOS
POLÍTICOS, muito pior que a “outra”.
Com um
discurso tremendamente “moralizador”,talvez com alguns “senões” familiares,o
Presidente Jair Bolsonaro tomou posse em 1º de janeiro de 2019 e, passados mais
de um ano do seu governo, as “coisas”
permanecem não” iguais”, porém “piores”,
do que eram antes, pelo menos no transporte aéreo de políticos.
Tenho
alguma vivência na aviação, inclusive como piloto, e por esse motivo possuo alguma noção sobre a exorbitância do custo de uma
aeronave, sua manutenção e operação, jamais tendo concordado que todo esse
“luxo” dos abusos aéreos de políticos e
autoridades fossem custeados por um povo maltrapilho e massacrado pelos impostos exorbitantes
que paga, direta, ou indiretamente.
Fosse num
país de moralidade elevada no setor público, todos os responsáveis por essa imoralidade,sem exceção, iriam “na
hora” para o “olho-da-rua”. No “geral”,
Bolsonaro tem um bom discurso moralizador. Mas parece faltar-lhe
coragem, determinação, e poder de decisão repressiva, quando se trata de
enfrentar algum “poderoso” da política
ou da Justiça. Com “chinelão” ele age rápido como um relâmpago.
No caso
particular do Brasil, portanto, essa “lista” de colocados no “olho da rua”,
teria que ser “encabeçada” pelo Ministro da Defesa e pelo Comandante da Aeronáutica’, para não sermos mais “ousados”
em ir mais longe. Recorde-se que o Tribunal de Nuremberg, que deveria servir de
exemplo para o mundo, não perdoou as autoridades subalternas responsáveis pela execução e extermínio de 6 milhões de judeus.
Seguidamente
a mídia dá algum destaque ao abusos
“aéreos” cometidos inclusive por Ministros
do STF, e pelos respectivos Presidentes da Câmara e do Senado,garantindo alguns
que o Presidente da Câmara, Deputado Federal Rodrigo Maia, seja o “campeão”
desses abusos.
Mas
enquanto o Presidente Bolsonaro
(moralizador?) sempre manteve um silêncio “sepulcral”,apesar das
reiteradas notícias sobre esses abusos na mídia ,não dizendo uma só palavra
para condenar esses “roubos” do erário, praticados pelas “excelências” Alcolumbre
e Maia, agora ele resolveu ter “coragem”
e reagir, quando um “chinelão” de segundo escalão, lá da Casa Civil, requisitou
um jatinho “Legacy” da FAB, sem qualquer oposição, e foi fazer turismo na Ásia
e na Europa. Essa atitude parece confirmar que
“os fracos geralmente pagam pelos
mais fortes”, ou que “a corda sempre arrebenta no ponto mais fraco”.
Será que
o“capitão” Presidente tem medo dessa dupla que comanda o Senado e a Câmara. Se
“acovarda” ante essas “excelências”?
Por essas
razões é de se questionar se
realmente o Brasil “político” teria
entrado, ou não, numa fase “moralizadora”!!!
Mas para
que não se gere nenhum mal-entendido, capaz
de “me comprometer”, explico: se eventualmente
eu tivesse que optar numa eleição pelos candidatos que os partidos me
enfiam “goela—abaixo”, entre o Bolsonaro, o “diabo”, ou o “cara” do PT,
optaria certamente pelo “primeiro”, em
1º lugar, pelo “segundo”, em 2º lugar, ou pelo meu voto “em branco”, ou “nulo”,
em 3º lugar.
2 comentários:
O buraco é mais embaixo e quem resolve isso é o Brigadeiro e é nele que está o problema.
Os aviões da FAB passaram a ser requisitados para garantir a integridade física de autoridades polêmicas hostilizadas por cidadãos que, indignados com suas medidas, imitavam a atitude da população de outros países. Resta saber como outras nações resolvem essa questão de segurança. O presidente Bolsonaro deve ter acionado punição para funcionário que resolveu abusar dessa regalia custosa, mesmo não estando sob risco.
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