Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão e Laércio Laurelli
Quem são os verdadeiros parasitas da
Nação? Sem dúvida aqueles que vivem da demasiada e quase confiscatória tributação
e matam a classe média, impedem o crescimento e minam a produção industrial do
País. Falamos de todos os governantes que não corrigem a tabela do imposto de
renda, que consideram o salário renda, aumentam anualmente de forma progressiva
do IPTU, além do IPVA, e tantos impostos em cadeia que incidem nos preços dos
combustíveis.
È uma realidade nua e crua se pagar um
dólar e meio por um litro de gasolina. Porém, verdadeiramente, é o próprio
teatro do absurdo que contamina a reforma tributária e impacta em todos os
setores. No século XVIII, Tiradentes fora esquartejado por causa do quinto
cobrado por Portugal da colônia. Hoje são mais do que 35% do produto interno
bruto e a reação da sociedade é nenhuma.
Bastaria que um dia por ano nenhum
imposto fosse recolhido para sentirmos o drama dos nossos governantes que pagam
seus débitos em precatórios sem atualização justa e após mais de uma década. E
tem mais se o cidadão comum
ultrapassa 30 km/h na via pública toma multa. Se o seu carro quebra o amortecedor numa cratera é problema dele. Se há alagamento dane-se o contribuinte.
ultrapassa 30 km/h na via pública toma multa. Se o seu carro quebra o amortecedor numa cratera é problema dele. Se há alagamento dane-se o contribuinte.
O estado brasileiro é e sempre será o
seu sócio quando você mostrar a cara e conseguir pagar. Enquanto isso as igrejas
evangélicas e neopentecostais fundadas na imunidade constitucional nada pagam
ou recolhem ao erário. Conclusão: a melhor coisa do mundo no Brasil é não pagar
impostos, já que o Estado lhe dá um retorno zero.
Massacrados somos todos nós que não
temos o planejamento tributário e sofremos o golpe de sanha pela cunha fiscal, ano
a ano, uma espécie de confisco. Somos servos e desajuizados. Já que se tivemos
um pouco de consciência deixaríamos de recolher por um dia ao longo do ano para
ver como é bom saber que o Estado maltrata o cidadão, descuida do idoso e joga
a juventude no buraco de lama.
Triste retrato de uma inconfessável
realidade na qual somos tragados pelos preços absurdos de condomínios, de
planos de saúde e a invencível carga tributária, não praticam impostos regressivos
mas sempre majoram, aumentam e mesclam conceitos equivocados para tirar do
cidadão o que não tem a pagar.
Na última década em São Paulo, o IPTU
subiu mais de cem por cento, alagamentos, enchentes, ruas cheias de crateras, calçadas
destruídas, árvores em queda livre, e dizem que a montanha de dinheiro não é suficiente, além
de bilhões de multas e o IPVA que pagamos ano a ano, mas essa descrença da
população e injustiça praticada com a sociedade um dia terá seu preço exposto
quando mostrarem a cara e juntarem os cacos de uma Nação altamente inflacionada
pela calamidade tributária, cuja reforma é um ledo engano e uma
irresponsabilidade, pois quem gostaria de perder um centavo se a máquina perversa
foi feita para arrecadar e não perdoar ou inteligentemente lançar o fato gerador compatível com a capacidade econômico financeira do
contribuinte.
Enfim a bestialidade do estado
brasileiro é um ponto fora da curva, marca máxima da subcultura e dos
resquícios de uma paupérrima colonização impactada por uma República de hospício
tributário.
Carlos Henrique Abrão (ativa) e Laércio Laurelli (aposentado)
são Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
2 comentários:
Pois é... o furo de tanto usado está arrombado...
Perfeita análise. Pessoas desumanas que só pensam em seu umbigo.
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