Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio
Alves de Oliveira
O filósofo
francês Joseph Marie de Maistre deixou
imortalizada a frase “cada povo tem o
governo que merece”.
Porventura
essa sábia concepção do filósofo aplicar-se-ia
também aos “militares”? Cada povo teria os “militares” que merece? Os
brasileiros merecem ter os militares que têm?
Quem teve
oportunidade de conviver ou acompanhar mais de perto, mesmo que através dos
meios de comunicação, especialmente a postura dos Presidentes do Regime Militar, Humberto
Castello Branco, Arthur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici e Ernesto
Geisel, todos militares e extremamente reservados, até circunspectos, deve levar um “choque” se compará-los com o grupo de militares que hoje comanda o Governo Federal, convidados pelo capitão Jair Bolsonaro, que
foi deputado federal durante 28 anos, e acabou sendo eleito Presidente da
República em outubro de 2018.
Enquanto os
generais-presidentes “fugiam” dos fotógrafos, jornalistas, e câmeras de televisão ,por terem pesonalidades significativamente “reservadas”, a grande maioria da “tchiurma” de militares que passou a
ajudar o Presidente Bolsonaro a governar, bem como o próprio Presidente, vive
se oferecendo, se “prontificando”, junto
à mídia, para serem fotografados
e filmados , dando “declarações” de todo o tipo. No geral, são
extremamente mais “extrovertidos”
que os generais de 64.
Portanto, uns
eram “avessos” à mídia, outros a “adoram”, assumindo posturas de borboletas
deslumbradas sempre se deparam com ela. A exceção fica por conta de poucos
generais que mantém posturas parecidas com seus colegas da “antiga”.
Na verdade,
”antes” os militares que governavam o país se “davam mais ao respeito”. E se faziam respeitar pela
imprensa. “Brincando” nessa democracia
que os políticos acabaram deturpando, mesmo ”avacalhando”, os militares
de hoje deram muita “confiança” à
Imprensa, em grande parte “prostituída” pelos “esquerdopatas”, que não raras
vezes agem abusiva e desrespeitosamente
com as autoridades públicas, tudo ficando por isso mesmo quando
invocam o pretenso (e falso) direito “sagrado” à plena “liberdade de imprensa”, que muitas vezes confundem com
“libertinagem” e ” abuso-exacerbado-de-imprensa”.
Mas não há
como deixar de considerar que também as pessoas mudaram bastante nesses mais cinquenta anos, do Regime Militar
de 64,até hoje. Parece que os valores pregados intensivamente pela esquerda desde 1985 acabaram surtindo
os seus efeitos nocivos e
deixaram as pessoas bem mais “descontraídas”, menos “circunspectas”, mais
“tolerantes” com os absurdos e destruição dos valores da própria sociedade,
exatamente dentro da programação gramscista de
instituir o comunismo “corroendo” por dentro e por fora os valores da
família e da sociedade.
Parece, por
conseguinte, que seria necessário uma meia dúzia desses generais “estilo 64” para
encabeçarem algum movimento efetivamente “revolucionário”, “renovador”, “atropelando”
essa democracia corrompida, e ao mesmo tempo estabelecendo um novo “Estado-Democrático-de-Direito”,
dando um” basta” definitivo nessa caminhada do Brasil rumo a um abismo imprevisível.
Não consigo
definir com precisão se essa mudança de hábitos dos brasileiros e, por conseguinte ,também dos militares, nesses
últimos 50 anos, teria sido uma “evolução”, ou “involução”, especialmente no
aspecto de caráter.
Mas no mínimo de
uma coisa podemos ter absoluta certeza: os militares de 64 eram bem mais
“machos” que os de hoje. A “coragem” dos modernos se restringe mais às suas
falas e “línguas”,que em muitas ocasiões tomam o lugar do cérebro para “pensar”
.
Tanto
isso é verdade que um só general, de “2º
escalão”, Olimpio Mourão Filho, lá de Juiz de Fora/MG, então comandando a 4ª
Divisão de Infantaria, em março de 64, teve o “peito”de colocar,”no escuro”, as
suas tropas na rua, com manifesto objetivo de derrubar o então Governo Goulart,
só recebendo “aderência” de outros generais durante a sua marcha vitoriosa para o Rio de Janeiro. Ele foi o “estopim” e
o maior herói de 64, embora jamais tenha sido
reconhecido como tal no seu próprio “meio”.
Talvez seja
esse o principal motivo pelo qual os “políticos” atuais, de baixa categoria,
fabricados por “encomenda” de Antônio
Gramsci, simplesmente se “arrepiam” e ficam “nervosinhos” frente a qualquer
menção a “64”, que efetivamente jamais
os tolerou.
Sérgio Alves de Oliveira é Advogado e
Sociólogo.
4 comentários:
Na nossa profissão não se busca aplausos. Trabalhamos trinta anos ou mais pelo bem comum e pelo Brasil. Os generais de hoje só se preocupam com o seu Feudo e só buscam a próxima promoção! Realmente, não há comparação com os grandes generais de 64! Quem quiser notoriedade que vá no "Domingão do Faustão".
Discordo do Sérgio Alves! Primeiro: generais MELANCIA existiram sempre, desde a década de 1920 e poucos, quando aqui chegou o comunismo! Castelo Branco foi um general não melancia! Geisel foi melancia, fato comprovado no episódio Silvio Frota, que foi contra os milicos abrirem as pernas para os comunistas e se lascou! Figueiredo gostava só de cavalos, sua educação era um estrupicio, logo, ele de boca fechada era lucro!
Dizer que a comunistalha de agora se arrepia ao ouvir falar em 64 é besteira, pois tudo seguiu adiante como no quartel de Abrantes, Roberto Marinho informando aos "terríveis generais" que dos comunistas jornalistas da Globo ele é que "cuidaria" e pronto, temos hoje a notável comunista Miriam Leitão, daquela época lisa de lombo e soltando fogo pelas ventas!
Que general melancia de hoje daria mais vantagens aos comunistas do que a Lei da Anistia do Figueiredo, nem o general Cruz Credo chegaria a tanto! Não foram os generais melancia da época, que propiciaram, com a Anistia, chegar a atual bolsa ditadura?
Por fim, os atuais generais (não todos) tem um nivel cultural e de comunicação infinitamente superior aos generais de 64! O general Heleno, Mourão, Rego Barros (o maior porta-voz da Presidência de todos os tempos, em cultura e paciência de jó), outros dois generais contemporâneos de Amam de Bolsonaro e outros, noves fora o melancia Cruz Credo, é uma equipe de militares que NENHUM PRESIDENTE GENERAL DE 64 TEVE, nem na sombra!
Será que nossos generais ainda tem a esperança de redemocratizar nosso país? Será que ainda não perceberam que o crime organizado tomou o poder? Será que ainda não se deram conta que, no que ser refere ao Legislativo e ao Judiciário, só matérias contra o interesse popular e a favor da proteção de criminosos são produzidas e sancionadas? Será que ainda tem a veleidade de que a família do presidente não está envolvida com as milícias? Como fazem falta os generais do passado!
A matéria do autor traz um assunto muito difuso e extremamente difícil de ser analisado em um simples comentário. Vou em poucas palavras tentar enriquecer, desculpem a empáfia, por ter acompanhado e conhecido parte dos militares citados. 1. Os generais de ontem não são melhores
nem piores dos que os atuais, assim como os demais oficiais. 2)Tem-se de ver as épocas e as circunstâncias em que os fatos aconteceram e acontecerão, muito diferentes em todos os aspectos.2)- As personalidades de cada um são bem diferentes, e não se precisa explicar. O Presidente Bolsonaro está acompanhado de excelente equipe, assim como os presidentes da República do CICLO MILITAR também estiveram. Acontece que o Governo atual está no começo da gestão e muita água ainda correrá. 3) A Imprensa de hoje é muito mais ideologizada (fácil explicar) que a anterior. Roberto Marinho, nos idos de 80, disse que já não mandava na Globo, totalmente "infiltrada".4)O Brasil tem muitos problemas. 5) Precisamos nos UNIR. 6) O BRASIL ACIMA DE TUDO. OBRIGADO.
Postar um comentário