Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos
Henrique Abrão e Laércio Laurelli
Na folia de carnaval ou Brasil
embrenha pelo caminho de uma dezena de reformas. Já começamos com a
previdenciária, agora virão tributária e administrativa. Perguntamos: tudo isso
é necessário ou supérfluo?
Bastaria única reforma do Estado pois
que a Federação exauriu se e não tem mais capacidade de se manter. Assim, sob nossa
ótica como já fizeram algumas Nações vizinhas teríamos que reduzir o peso do
Estado e proporcionalmente da Federação.
E para tanto cortar o número de
deputados, de senadores, de empresas públicas, sociedades de economia mista, mais
ainda diminuir o número de estados e municípios e com isso em menos de 5 anos, segundo
dados estatísticos, alcançaríamos uma enorme superavit nas contas em torno de
300 bilhões de reais.
Com isso se pretende destacar que
todas as reformas são meramente paliativas e que serão necessárias tantas outras
para manter o paquidérmico Estado brasileiro improdutivo e carregado de
servidores em todos os escalões. A empresa privada corrompeu o Estado, e a
contaminação espalhou seus efeitos mundo afora.
Hoje as reformas previdenciárias estaduais
se constituem verdadeiro absurdo em detrimento de direitos e garantias não de
corporações mas à luz da constituição federal. Governadores e Prefeitos mentem
deslavada e desabridamente que as contas estão ruídas e sem recursos para pagar
servidores e fornecedores mas concedem em sigilo bilhões renúncias fiscais.
A quem pretendem enganar? Ao leigo ao
desavisado ou a todos ao mesmo tempo o que não se admite? E o rolo compressor
ofusca a verdadeira intenção de tudo privatizar e tornar o servidor público o
bode expiatório de toda as mazelas, falcatruas e incompetências.
Como um estado que arrecada trilhões
ao longo do ano, como a União pode quebrar se batemos recordes de impostos e
nossa carga é maior que dos EUA, França e Alemanha. Algo está muito errado, a
dogmática da conversa para persuadir e fazer com que a mídia se levante é
leviana.
Não há espírito corporativo mas de
seguidores fieis do texto constitucional. Pretendem acabar com todas as classes
de servidores a pretexto do rombo que criaram e obras fantasmagóricas que se
iniciam e nunca terminam.
Essa distorção maquiavélica fará com
que tenhamos milhares de aposentadorias e à exemplo da seguridade social as
demandas da sociedade ficarão represadas, como saúde, educação, transporte e
tantos outros serviços.
Única e exclusivamente pela razão
mentirosa e pérfida da quebra do Estado que é a própria mão aberta para os
grandes grupos empresariais e misérias com migalhas para os excluídos do tecido
social.
Carlos
Henrique Abrão (ativa) e Laércio Laurelli (aposentado) são Desembargadores do
Tribunal de Justiça de São Paulo.
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