A mentira é uma verdade para se esquecer tudo que aconteceu.
(Mário Quintana)
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A babaquice se repete como farsa no
Brasil, a cada crise política artificialmente criada pela oligarquia esquerdopata
afastada do poder pela própria canalhice, corrupção e incompetência. Por isso,
reeditamos o que este Alerta Total publicou no agora distante 12 de
março de 2016. Advertíamos sobre a sacanagem parlamentarista. A picaratagem é
previsível. Vamos repetir os trechos mais relevantes, com pequenas
atualizações. As tragédias pouco mudam, e acontecem novamente.
Toda vez que a situação política
e institucional chega ao extremo no Brasil da Impunidade, da Ilegalidade e da
Ilegitimidade, os bastidores criminosos da politicagem voltam a articular o
"golpe do parlamentarismo". Nas atuais condições estruturais do
Estado Capimunista Rentista Corrupto do Brasil, a discussão do tema se
transforma em puro cinismo oportunista. Como implantar o regime parlamentarista
no País em que a classe política, além de desqualificada e sem
representatividade efetiva, figura na ponta de lança das ações criminosas?
Parlamentarismo só será uma
ideia possível e bem vinda se houver uma reforma política profunda no Brasil.
Só dá para levar a sério o assunto a partir da implantação do voto distrital,
combinado com distrital misto. Além disso, é necessária uma eleição absolutamente
transparente, admitindo-se até o sistema de votação eletrônica, desde que seja
possível uma impressão de voto para posterior recontagem pela fiscalização dos
cidadãos. Outros requisitos fundamentais para o parlamento ganhar legitimidade:
fim do voto obrigatório; possibilidade do lançamento de candidaturas avulsas
dos cidadãos, desvinculadas dos partidos e uma profunda reformulação do sistema
partidário (verdadeiro saco de gatunos) no Brasil.
O Brasil caminha para uma gravíssima
ruptura institucional? Se o golpismo continuar, sim... A situação institucional
brasileira nunca esteve tão perigosa quanto agora, quando o fogo da crise
política ainda é alimentado por uma crise econômica que foi atenuada, porém
persiste. Assistindo a tudo de camarote, o quarto poder, o militar, não vai se
meter na confusão. Simplesmente porque a maioria dos generais não quer sair da
zona de (nem tanto) conforto. A única possibilidade concreta de ação direta dos
militares é se a guerra entre os três poderes redundar em ondas de
radicalização e violência que fujam do controle.
Jantar em Paris: ensaio conspiratório?
O gênio imortal José Sarney
cansou de reclamar que a Constituição de 1988 tornava o Brasil ingovernável. A
principal crítica era que a Carta fora concebida para um regime
parlamentarista. Assim, o Presidente da República teria duas opções: Ou
“governaria” como um refém do Congresso Nacional. Ou, então, “negociaria” com
os parlamentares. Ou seja, o “Presidencialismo de Coalizão” só não se tornaria
de “Colisão” com a providencial ajuda da corrupção política.
O formulador da Carta Vilã de
88 foi tão maquiavélico que previu até um plebiscito para que o povo decidisse
se queria o Parlamentarismo ou o Presidencialismo. O eleitorado, no entanto,
não caiu no “golpe”. Votou pela manutenção do sistema em que o Presidente é o
Chefe de Governo e o Chefe de Estado. O problema é que a concepção
constitucional previa uma dependência maior da gestão do Executivo pelo
Legislativo. Tal monstrengo gera nossas crises políticas – agravadas pelo
problema da baixa representatividade e pela desqualificação dos eleitos.
De fato, o pau vem comendo
desde a Era Sarney. Seu sucessor Fernando Collor de Mello ousou posar de
independente e acabou derrubado por um impeachment. O vice Itamar Franco, que
assumiu a Presidência, evitou conflitos e conseguiu fazer o sucessor graças ao
Plano Real. Fernando Henrique Cardoso teve duas sortes: o hábil negociador
político Marco Maciel como vice, e o deputado baiano Luiz Eduardo Magalhães (filho
do senador ACM no comando das “negociações” Câmara dos Deputados). Estava
acordado que Luiz sucederia FHC, que só teria um mandato, mas um infarto mortal
mudou a história combinada.
FHC “negociou”, aprovou a
reeleição e conseguiu um segundo mandato... Queria um “terceiro”, mas não teve
competência para fazer o sucessor. Sem problemas, fechou um pacto de não
agressão com o vencedor, seu “amigo-ínimigo” Luiz Inácio Lula da Silva. Uma das
moedas de troca fora a “pizza” nas investigações do assassinato do prefeito
petista Celso Daniel... Os tucanos nem criaram problemas para Lula quando
estourou o Mensalão, com a briga suicida entre José Dirceu e Roberto Jefferson.
Lula achou mais barato “negociar” com o “Centrão” para sobreviver...
$talinácio conquistou mais
mandato presidencial. Surfando na onda favorável da economia mundial e abusando
dos gastos públicos com populismo, conseguiu eleger um “poste” (ou “posta”). Na
eleição de Dilma Rousseff, o PT repetiu a fórmula de FHC, escalando um vice que
tinha super-articulação com o Congresso nacional. Até quando foi parceiro,
Michel Temer geriu, com excelência, o clientelismo com o parlamento. O
casamento foi lindo e gerou um novo mandato. Só que a Lava Jato já tinha
estourado... Poderosos políticos e empresários entraram na mira do Ministério
Público e de Sérgio Moro – um juiz federal de Curitiba que foi “um ponto fora
da curva” simplesmente porque condenava... Hoje, o ministro da Justiça de
Bolsonaro tem tanta popularidade que é até cotado como “presidenciável”...
A Lava Jato ajudou a fortalecer
a noção dos prejuízos causados pela corrupção contra a sociedade. As redes
sociais da internet foram usadas, politicamente, para mobilizar o povo em
grandes manifestações de rua. Tal qual Collor no passado, Dilma se assoberbou,
relacionando-se mal com os deputados e senadores. Resultado: sofreu
impeachment. Temer assumiu, mas já estavam criadas pré-condições para a
surpreendente ascensão de alguém que simbolizasse a figura anti-corrupção +
anti-PT, com discurso “conservador”. Jair Messias Bolsonaro, impulsionado pela
covarde facada que quase o matou em 6 de setembro, venceu os dois turnos.
Vale lembrar que, desde a
campanha presidencial, Jair Bolsonaro prega que não promoverá negociações
escusas com o Congresso Nacional. Desde que assumiu o “trono” do Palácio do
Planalto, insiste que não entrará no “toma-lá-dá-cá”. Repete, exaustivamente, que
não repetirá a prática de entregar ministérios para partidos. Bolsonaro
insiste, com toda razão, que isso deu errado nos últimos governos. O problema,
no primeiro ano de governo, entre conversas, articulações deficientes, muitas
“caneladas” e algumas “canetadas”, o que se viu foi mais um Presidente refém do
parlamento. Ironicamente, se poderia chamar de “Presidencialismo de colisão com
o Parlamentarismo”.
Bolsonaro tem de aproveitar o
ápice desse momento político crítico para se mostrar um líder que apresenta a
solução certa para um velho e incômodo problema sistêmico. É hora de o
Presidente partir para a ofensiva no ponto fundamental da Reforma Política que
a maioria dos congressistas não quer ouvir falar. É o momento para Bolsonaro
liderar o movimento popular a favor do Voto Distrital, já a partir da próxima
eleição para prefeitos e vereadores, em 2020.
O Voto Distrital já é uma
pré-condição bastante consolidada popularmente. O tema foi insistentemente
discutido pelo povão nas manifestações populares. Os grupos de debates mais
sérios nas redes sociais apontam o Voto Distrital como o pontapé inicial da
imprescindível Reforma Política. Bolsonaro não pode perder a chance de surfar
nessa onda...
O Voto Distrital é fundamental
para garantir a representatividade real dos políticos. O fortalecimento do
poder local, a partir dos distritos (ou bairros) nos municípios, vai aproximar
o eleitor de quem ele está escolhendo como representante nos parlamentos. O
Voto Distrital funcionará como um atalho para a verdadeira renovação política,
nos próximos três pleitos.
O Voto Distrital quebra o
esquema do poderio econômico. Permite o retorno da campanha corpo a corpo, na
região onde vivem o eleitor e sujeito em quem ele vota. O custo eleitoral tende
a baixar substancialmente. E o melhor para o sistema democrático será a legítima
pressão que será exercida entre eleitor e eleito.
Jair Bolsonaro não pode deixar
passar a oportunidade de colocar o Voto Distrital como a prioridade das
prioridades políticas. O tema vai reunir a maioria da opinião pública e do
eleitorado em torno de um assunto capaz de pressionar a classe política, com
toda eficácia e legitimidade.
Bolsonaro tem a chance única de
dar sua maior contribuição à construção da Democracia no Brasil. Se perder este
“trem”, ficará refém completo do Congresso – que prefere mantê-lo como
“marionete estridente”. Risco de impeachment Bolsonaro ainda não corre, porque
a maioria da classe política não deseja que Antônio Hamilton Mourão assuma a
Presidência da República...
Por isso, vale repetir por 13 x 13. Os
Generais já sabem o que fazer... A
fórmula combina Inteligência, Pressão e Ação por resultados objetivos de
Governo. O momento do Xeque-Mate nunca esteve tão próximo... O turma do regime
do Crime já está com tudo apertadinho... A pressão legítima das ruas será bem
vinda para colaborar com a mudança das coisas.
Releia o artigo: Hora de clareza, determinação e paciência
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Jorge Serrão é Editor-chefe do Alerta Total. Especialista em
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 1º de Março de 2020.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 1º de Março de 2020.
6 comentários:
Quem governa o mundo é a Maçonaria. Não diga tolices.
Excelente artigo e análise. Corretíssimo
Pare de escrever besteiras homem! Sossega teu espírito! Yevé Yiré! Chol Begoal! Ipse veneno bibas!
Serrão, boa tarde,
Nos anos 60 quiseram fazer a mesma merda. Fedeu, logo, logo. Será que esta gente, tipo o Botafogo da Odebrecht não se mancam e não compreendem que isso pode até acontecer, mas não vingará? Logo, não dará mais do que um passo - mau dado. O assunto e perigosa proposta de um Parlamentarismo de palermas, além de tudo, vai de contra o que a população escolheu: Presidencialismo. Chega de debate, porra! Parece até sessão do Pleno do STF. O Voto Distrital e Distrital será um golpe fatal na ainda vivente das Sesmarias e das Capitanias Hereditárias espalhadas e representadas em todo o Congresso - ou até em todas as instâncias de poder. Será que o Botafogo quer parar na Segundona de Bangu 8? Será que ele ou eles não compreenderam as mudanças que foram feitas no núcleo forte do poder Executivo?
Meu T.
M.
Voto distrital e impresso. Sem eles quem manda é o Congresso (deputados e senadores). Existe um parlamentarismo funcional e sub-reptício há décadas, agora Maia, o porco chileno, quer entronizá-lo de vez.
A frase de Quintana é:A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer
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