Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio
Tasso Vasquez de Aquino
Já era tarde, ontem à noite, quando minha filha me ligou, aos prantos,
condoída pela triste situação dos pobres sem renda, condenados a não trabalhar
pelo isolamento sanitário compulsório, e confinados com suas famílias sempre
extensas, amontoados adultos e crianças em habitações exíguas e improvisadas,
muitas vezes carentes de água canalizada e tratada e de esgoto sanitário e
precariamente penduradas nos morros que cercam a cidade.
A maravilhosa faculdade da memória levou-me de volta aos dias da
infância, às recordações mais antigas que tenho guardadas desde os dois anos de
idade, quando morava em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, sede do 8* Regimento
de Cavalaria Independente, em que meu Pai servia. Ali morei, de 1938 a 1941,
quando nos transferimos para Porto Alegre e, depois para o Rio de Janeiro, de
onde nos mudamos para Washington, DC, EUA, de 1942 a maio de 1945, regressando
a Uruguaiana depois de breve passagem por Alegrete, RS. Finalmente, sempre
acompanhando a vida militar do Chefe da Família, viemos para o Rio de Janeiro
em setembro de 1947.
Nos dias felizes da infância, no Rio Grande do Sul, nunca fui apresentado
à miséria. Havia as pessoas pobres, que se vestiam simplesmente, moravam em
casas modestas, porém dignas, e cujos filhos andavam descalços, “de pé no
chão”, como nos pagos se dizia, mas nada além disso. Naqueles tempos, em
Uruguaiana, havia uma figura folclórica, o “Sete Trouxas”, a que mais se
assemelhava ao estereótipo de mendigo, que andava de um lado para o outro,
carregando seus sacos cheios de coisas que ganhava, daí o apelido.
Dando um salto de 21 anos, em 1968, morando na Rua Barata Ribeiro, em
Copacabana, vi uma pessoa jogada na rua pela primeira vez. Achei tão inusitada
a situação, que pedi o socorro da Prefeitura e da Polícia, para resgatar a
infeliz criatura da inaceitável condição em que se encontrava. Hoje, só no Rio
e em São Paulo, mais de 20.000 pessoas em cada caso moram, habitualmente, nas
ruas, avenidas, praças, parques e jardins, muitas ainda consumidoras de drogas,
para agravar a situação, fenômeno que se repete, em menor escala, por todas as
cidades do Brasil.
As favelas se originaram do destino incerto, sem trabalho ou renda,
sofrido pelos negros após a Abolição, e se expandiram pela intensa migração
nordestina, sempre fugindo da seca e facilitada pela intensa e generalizada
construção de estradas no período dos governos militares. A demagogia e a
perversão ideológica de políticos mal intencionados e sem caráter que se
sucederam nos governos estaduais, que impediam a ação vigilante das polícias
nos locais, fizeram com que as áreas residenciais de famílias pobres honradas e
trabalhadoras passassem a conter quistos malignos, valhacoutos de marginais e
bandidos alimentados pelas drogas e ações criminosas de toda a natureza, que se
aproveitam da topografia e da tortuosa disposição de ruelas, casas e barracos
das favelas para homiziar-se, agravando sobremodo a situação da Segurança
Pública.
A verdade é que, durante muito tempo, demasiado tempo, o Estado e a
sociedade brasileira conviveram, como se isso fora normal e inevitável, com a
miséria que crescia ao lado. Nos governos pervertidos e demagógicas, criaram-se
faculdades e universidades de baixa qualidade aos montes, aliado à política de
quotas, declaradamente para dar a todos a oportunidade de obter um canudo de
doutor. O resultado é o desemprego ou o subemprego de graduados sem a devida
qualificação, que disputam colocações de menor exigência de nível de ensino no
mercado de trabalho.
O correto teria sido a expansão das escolas técnicas, que dariam aos
menos privilegiados financeiramente a oportunidade de mais rápida e boa
formação, garantidora de bons empregos e boa remuneração num universo cada vez
mais necessitado de bons, honestos e competentes profissionais desse nível.
Outro efeito perverso foi a politização do ensino nas boas universidades e
escolas de alto nível, comandada por reitores e professores intoxicados da
ideologia vermelha, que vêm formando extensa legião de militantes extremados e
não técnicos e especialistas eficazes e eficientes para a construção do futuro
que almejamos e merecemos, em instalações físicas destruídas, infectas, pela
ação deletéria de seus próprios estudantes e mentores.
Nestes momentos de recolhimento, temos de adquirir a consciência de que o
Brasil não pode continuar como está, dois países de níveis socioeconômicos de
diferenças abissais, convivendo lado a lado. Temos de aplicar, Estado,
sociedade e pessoas, a parábola dos talentos, quem mais tem e recebeu de Deus,
ajudar os semelhantes em tudo o que puder.
Mais uma vez, permito-me sugerir às pessoas com responsabilidade de
governo que apliquem a Doutrina da Escola Superior de Guerra, com suas Política
e Estratégia Nacionais, visando a Segurança e o Desenvolvimento de todas as
Expressões do Poder Nacional, em todos os Setores de Atividades e em todas as
Regiões do Brasil.
A pandemia de coronavírus é uma grave ameaça, que cobrará um preço
inestimável de vidas, saúde e recursos dos brasileiros, mas passará, com a
graça de Deus. TEMOS, CONTUDO, DESDE JÁ, DE PLANEJAR E PROGRAMAR O FUTURO
MELHOR, CUJA EXECUÇÃO SÓ DEPENDE DE NÓS!
ENQUANTO ISSO, TODO O MAL E OS MAUS DEVEM SER COMBATIDOS E CONTIDOS E
TODO ROUBO COMETIDO DEVE SER PUNIDO E OS RECURSOS SUBTRAÍDOS CRIMINOSAMENTE
DEVEM SER DEVOLVIDOS!
É DA MÁXIMA IMPORTÂNCIA APLICAR, LOGO E INTENSAMENTE, AS TECNOLOGIAS
DISPONÍVEIS, NO BRASIL E EM ISRAEL, POR EXEMPLO, PARA TRANSFORMAR O NORDESTE EM
ÁREA AGRÍCOLA PRODUTIVA, A FIM DE FIXAR OS NORDESTINOS DE HOJE À TERRA NATAL E
TRAZER DE VOLTA OS OUTROS, QUE MIGRARAM APENAS EM BUSCA DE VIDA MELHOR, MAS QUE
GUARDAM, NO CORAÇÃO, A SAUDADE DO SERTÃO E O DESEJO DE A ELE RETORNAR. E CRIAR
CONDIÇÕES PARA QUE, PAULATINAMENTE, CADA BRASILEIRO TENHA OPORTUNIDADE DE, PELO
PRÓPRIO TRABALHO, PROVER O SUSTENTO DA FAMÍLIA, SEM NECESSITAR DA CARIDADE
OFICIAL OU DE QUEM QUER QUE SEJA.
UMA SUGESTÃO FINAL: AS SABOTAGENS, DESINFORMAÇÃO E GUERRILHA DE PALAVRAS
E AÇÕES PERMANENTES CONTRA O GOVERNO, A PRETEXTO DE TUDO E VISANDO A
PARALISÁ-LO, TÊM DE SER FIRMEMENTE ENFRENTADAS E COIBIDAS, E OS EXCESSOS DE
BENEFÍCIOS E SALÁRIOS DIRETOS E INDIRETOS HAURIDOS POR LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO
DEVERIAM SER REVISTOS E/OU CORTADOS, PARA APLICAÇÃO DOS RECURSOS EM BENEFÍCIO
DOS ESFORÇOS, QUE DEVEM SER DE TODOS, PARA RESTAURAÇÃO DA SAÚDE E DA
TRANQUILIDADE E DA PAZ SOCIAL NA NAÇÃO!
2 comentários:
Agora é tarde demais, Almirante. O Brasil não tem mais jeito. O que se pode esperar de uma população com QI médio de 85 ?
A maldição da escravidão e da miscigenação condenou o Brasil à inferioridade eterna.
Resta-nos apenas a resignação... tirante a guerra.
O Brasil.tem jeito sim. A politização de tudo e que emperra o Brasil. Vamos nos unir, trabalhar, por as leis para funcionar e veremos o Brasil dar certo
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