Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão e Laércio Laurelli
Na última década, talvez por descaso
governamental associado à falta de união da classe de saúde como um todo constatamos
um aumento brutal do número de ações na justiça envolvendo planos de saúde,
consumidores e diversos elementos de ordem preventiva.
O desleixo chega a tal ponto que o
Brasil é o campeão em doenças endêmicas e epidêmicas, não é preciso enumerar as
patologias, no entanto a grande maioria dos planos de saúde se limita a buscar
o cliente através de uma rede planetária na internet e depois da contratação
começam a aparecer as lacunas e o fito maior é de cobrar ou causar expressivos
reajustes por idade e faixa etária que chegam a inviabilizar qualquer adesão ou
manutenção.
Significa dizer que os Países nos
quais a medicina é tratada como questão de
Estado os impactos da pandemia foram menores. Os médicos que lutam anos a fio para se formar e fazer mais um período de residência não podem se submeter à exploração da rede pública ou privada e receberem merrecas mensalmente.
Estado os impactos da pandemia foram menores. Os médicos que lutam anos a fio para se formar e fazer mais um período de residência não podem se submeter à exploração da rede pública ou privada e receberem merrecas mensalmente.
Cabe ponderar que tanto
em redes do estado, mas sobretudo particulares exploradas por planos o salário
mínimo deveria ser de dez mil reais,e se evitariam plantões, e horários
extremamente danosos à saúde. Um número elevado de profissionais da saúde está
contaminado e com todo
o respeito Ministro Mandetta não adianta convocar o pelotão de médicos para a trincheira se ficarão doentes ou receberão salários incompatíveis. Os americanos convocam médicos do mundo todo e pagam 20 mil dólares por mês é outro nível e diferente padrão.
o respeito Ministro Mandetta não adianta convocar o pelotão de médicos para a trincheira se ficarão doentes ou receberão salários incompatíveis. Os americanos convocam médicos do mundo todo e pagam 20 mil dólares por mês é outro nível e diferente padrão.
Oxalá essa pandemia incuta no
Governo e nas entidades que mercantilizam a saúde com capital aberto na bolsa e
empreendimentos de toda ordem, a se conscientizarem que sem pesquisa, investimento,e
aumento da capilaridade para todas as classes sociais as que podem e
principalmente as que não podem pagar seremos presa fácil da inconsequência
geral.
Não defendemos a malsinada CPMF, ao
contrário por classificação de renda perante o fisco toda a classe produtiva
deveria destinar de 5 até 100 reais mês para saúde pública e com essa perspectiva
daríamos um ímpeto para ampliar a rede pública, contratar bons
profissionais, e ter um trabalho de médico de família com agentes de saúde o
ano inteiro.
Não há milagres mas tentar customizar
a saúde e criar litigiosidade excessiva parecer ser o destino da
exploração não apenas dos profissionais que ganham pelas consultas pagas pelo
plano valores pífios mas recusas sistemáticas de cobertura, sem as mudanças
estruturais e da agência reguladora o angustiante problema de saúde jamais será
resolvido ou minimizado no Brasil.
Carlos
Henrique Abrão (ativa) e Laércio Laurelli (aposentado) são Desembargadores do Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo.
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