Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por H.
James Kutscka
Nestes
tempos de quarentena, em que canais de televisão preenchem quase a totalidade
de sua grade de programação, disseminando o pânico, resolvi que o melhor a
fazer, era dar uma de eremita e afastar-me das notícias diárias, para refletir
sobre outras pandemias que afligiram a humanidade e algumas curiosidades
políticas.
Lá pela
metade do século XXIV, o surto de peste negra chegava à Inglaterra, (na época,
as doenças demoravam mais a se propagar) depois de causar milhões de mortos na
Europa continental.
Algumas
freiras que cuidavam dos infectados, imaginaram que a doença poderia estar se
propagando pelo ar, e começaram a afastar os doentes uns dos outros e usar uma
máscara de pano em frente a boca e o nariz para proteger-se.
Padres que
na época se intitulavam médicos formados em Oxford, afirmavam que a doença se
propagava pelo olhar, e se devia a excesso de sangue ruim nos pacientes, que
sangravam pelo nariz, receitando sangrias e tripas de animais. Já as freiras
que estavam conseguindo algum sucesso, pelo menos em sobreviver aos seus
pacientes, eram acusadas de bruxaria, algumas inclusive queimadas na fogueira.
Estava em
jogo a hierarquia do saber e do poder.
Hoje em dia
não é muito diferente, sempre existe, como na fantástica obra em quadrinhos do
francês Jean Tabary, “Iznogud “ (corruptela do Inglês He´s no good – ele não presta), em parceria
com René Goscinny, (esse último o mesmo que com Albert Uderzo
deu vida a o gaulês Asterix) um Vizir que quer
ser Califa no lugar do Califa.
Na crise
dos dias atuais, em se tratando de patifarias, podemos encontrá-las na classe
política para todos os gostos.
Senão
vejamos:
Ministros
do STF sem abrir mão de nenhuma de suas mordomias, palpitando em áreas que não
lhes competem, como defender atitudes desse ou daquele governador, que todos
nós índios, menos categorizados da tribo, sabemos que tem pretensões políticas
que vão além do cargo que ocupam.
Um
Congresso que mesmo vendo a economia sangrar, não abre mão de seus dois bilhões
de verba para o fundo eleitoral.
Uma tal de
ABJD (associação Brasileira de Juristas pela Democracia), denuncia o
presidente, por crime contra a humanidade perante o Tribunal Penal
Internacional.
Ainda que
mal pergunte: Onde estavam esses distintos senhores defensores da democracia e
justiça durante os governos populistas dos últimos trinta e três anos?
Pedindo
permissão aos meus leitores respondo: Locupletando-se com os desmandos, junto
com todos os outros que são contra o atual governo.
Traições,
mentiras, canalhices não são de espantar, são moeda corrente na política, mas
às vezes nos surpreendemos.
É inegável,
que pela primeira vez na história, temos um governo que soube eleger seus
ministros, e que quando equivocou-se, teve e a humildade de reconhecer o erro e
concertá-lo imediatamente.
Alguns
deles (ministros) que assumiram um protagonismo junto aos meios de comunicação,
muitas vezes maior que o do presidente da república, caso de Sergio Moro que
apesar de cortejado pela fama nunca cedeu a ela.
O que nos
leva de volta ao personagem anteriormente citado “Iznogud”.
Graças à
atual pandemia o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ex deputado pelo
mesmo partido do Nhônho, Batoré e do Caiado, foi alçado da noite para o
dia a um papel de protagonismo
inesperado, devido a seus inegáveis conhecimentos e bom senso, mas parece ter sido picado pela
mosca azul da fama. Percebe- se em seus atuais pronunciamentos uma mudança de
tom, algo que sobrepassa sua missão de bem informar, dentro do que a seu
ministério corresponde.
Aqui cabe
um bom conselho para todos que estão surfando nessa onda;
Aproveitem
a quarentena para ler as aventuras de “Iznogud“, e lembrem-se: o cemitério está
cheio de gente que se achava insubstituível e “queria ser califa no lugar do
Califa”.
Hierarquias existem para serem
respeitadas, o resto é caos.
Um comentário:
https://aliados.online/2020/04/mourao-vice-vaidoso-vingativo.html
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