Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio
Alves de Oliveira
“Antigamente”,
na época em que o homessexualismo, ou qualquer outra prática LGTB, sofria
maiores restrições, discriminação, ou preconceito da sociedade, a maioria das
pessoas que tinham esses hábitos sexuais diferenciados, devido às restrições
que sofriam no próprio meio social,
procuravam escondê-los, ”escamoteá-los”, “enclausurá-los”, tanto quanto
possível.
E na
verdade conseguiam “disfarçar” bastante, tornando-se difícil ao observador desavisado perceber essas “vocações”, muito bem escondidas. Mas em certas situações da
“vida”, mais “descontraídas”, às vezes ocorridas em reuniões festivas, até pelo consumo de um simples copo de cerveja,
o verdadeiro “eu” da pessoa se “libertava”, se “expandia”, deixando a incômoda
e inconfortável “prisão”, flexionando a mão para baixo e reclinando o pulso,
insinuando-se como “homossexual” (quando “homem”).
Dizia-se
que o “tal” sujeito “DESMUNHECOU”. Essa expressão, com tal significado, acabou
integrando oficialmente os dicionários.
Mas antes de “desmunhecar, repita-se, ”antigamente”, os homessexuais “homens”
até chegavam a falar “grosso”,
inclusive, se preciso disfarçar mais, usando um
“baita” bigode.
Mas os
tempos mudaram. E mudaram bastante. Hoje a maioria desse pessoal é muito mais
“descontraída”, “assumida”, fazendo muitas vezes até questão de mostrar
publicamente qual é o verdadeiro “eu”
que se esconde naquele corpo.
Mas o
“desmunhecamento” não é privativo da identidade de gênero, sexual. Em muitas
outras situações da vida as pessoas “disfarçam”, tentam esconder o que
realmente são. Isso se dá na religião,
na família, na política,nos parlamentos,
nos governos,na Justiça, ou em qualquer outra situação que tenha seres
“humanos”. Mas esses disfarces às vezes
“escorregam”. Tornam-se visíveis. Perceptíveis a olho nu.
O
Ministro do STF, Luiz Roberto Barroso,
por exemplo, desde a sua posse, sempre foi um juiz prestigiado perante a opinião pública isenta,
como uma das boas referências do STF. Ao lado do seu colega, Ministro Luiz Fux,
tem sido considerado um dos “mocinhos” do STF. Uma exceção dentro
de um todo maior com diversas restrições,
que estaria cumprindo à risca o
papel de um dos“aparelhos ”dos governos
de esquerda, instalados desde 1995
(posse de FHC), “reforçados” de 2003 a 2016, nos 14 anos dos Governos do PT, de
Lula da Silva, e Dilma Rousseff.
Mas política
e juridicamente falando, o Ministro Barroso acabou “desmunhecando” com suas
declarações infelizes no twitter, referindo-se
âs manifestações e protestos contra
o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal
Federal, ocorridas no domingo,19 de abril de 2020, frente ao QG do Exército, em
Brasilia, que inclusive contou com a
presença do Presidente da República, Jair
Bolsonaro. Nesse protesto, alguns chegaram a pedir “intervenção militar”.
As frases
do Ministro Barroso que merecem destaque e repúdio da sociedade: (1) “É
assustador ver manifestações pela volta do Regime Militar, após 30 anos de
“democracia”; (2) “Só pode desejar intervenção militar quem perdeu a fé no
futuro e sonha com um passado que nunca
existiu”.
O Ministro
erra. E erra muito. Em primeiro lugar porque não seria possível trazer de volta
o Regime Militar, aquele de 1964 a 1985, simplesmente porque esse passado já
foi embora. O General Figueiredo, o
último dos Presidentes do “Regime Militar”, fez a “bobagem” de entregar as chaves do poder aos políticos de plantão que queriam retomá-lo
com o mesmo “entusiasmo” dos urubus que sobrevoam carniça, e que nesse tempo, de 1985 até 2018, assaltaram os cofres
públicos em quantia estimada de 10 trilhões de reais, superior ao PIB
brasileiro, que é de 7,7 trilhões de reais.
Seria esse
o período “maravilhoso” de 30 anos da
(pseudo)democracia, melhor, de “oclocracia”, com essa roubalheira sem fim, em
que o povo brasileiro teve que engolir “sapos” como Sarney, Collor de Mello, FHC, Lula, Dilma, e
Temer, a que estaria se referindo o
Ministro Barroso?
Pois saiba
Sua Excelência que eu trocaria esse balaio de “gatos” da sua “democracia” de 30
anos, por uma “metade” de qualquer um dos dignos 5 ex-Presidentes do Regime Militar.
Mas o
Ministro Barroso não ficou só por aí.
Como pode ele pretender “fé” do povo brasileiro num futuro que não oportuniza a
esse mesmo povo qualquer perspectiva de prosperidade, privilégio esse restrito
às elites econômicas e políticas
acampadas nos Três Poderes Constitucionais, e aos ladrões da República,que
sempre mandaram no Brasil?
Como pode o
Ministro Barroso ”apagar” da própria história o Regime Militar instalado de
1964 a 1985, insinuando ser ele “um passado que nunca existiu”? Sua Excelência
pensa que é “Deus”?
Mas absurdamente
o próprio STF acabou encampando
essa “guerra” declarada pelo seu
Ministro , instaurando investigação para identificar as pessoas que teriam
cometido o “crime” de criticar o STF e o
Congresso, pedindo “intervenção militar”. Pois saiba Sua Excelência que eu não
estive lá, mas concordo inteiramente com a “receita” daquele povo.
Ninguém vai
cercear o meu pensamento e o pleno direito que tenho de defender,
democraticamente, uma faculdade prevista expressamente na Constituição Federal,
que é a intervenção militar/constitucional, do artigo 142 , para colocar um
basta nas “ameaças à
pátria” e ao “Poder Executivo”,
orquestradas a partir dos Poderes
Legislativo e Judiciário.
E saiba
também Sua Excelência que seu eu fosse as “Forças Armadas”, com absoluta
certeza já teria decretado a “intervenção”, que tanto lhes apavora, soterrando
esse pútredo e falso
“estado-democrático-de-direito”, onde Vossas Excelências se “agarram”,
substituindo-o por um novo, virtuoso, e verdadeiro.
O povo
brasileiro jamais sairá do buraco em que o empurraram, alcançando as suas mais
nobres potencialidades, enquanto estiver subjugado aos
nefastos valores políticos e jurídicos cultivados com tanto empenho por
“Vossas Excelências”.
Sérgio Alves de Oliveira é Advogado e
Sociólogo.
2 comentários:
Desmunhecou ??? o senhor esta sendo elegante com o ministro....kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk outros de lá ficarão com inveja.... a corte em sua torre de marfim nem sabe mais quem lhes pagam seus salários e indeecentes vantagens e mordomias.........alienação total e absoluta... para tirar o torpor da corte somente uma invasão dos bárbaros que habitam as ruas e locais onde as riquezas se produzem.........de preferencia com as otoridades todas lá dentro... e a policia e o exercito assistindo tudo do lado de fora sem fazer nada...
E agora?!
Será que os ministros do STF, paladinos do Estado democrático de direito e "anjos de luz", levarão o articulista Sérgio Alves de Oliveira à prisão pelo crime de manifestar opinião política não boazinha em favor de um governo militar para o Brasil?
Será que quamanho descaro em desafio à ordem democrática restará impune? A Polícia Federal não impedirá a ameaça que esse senhor representa à segurança do Estado, à paz social?
Sim, existe a liberdade de expressão, mas não de qualquer expressão. Tudo tem limite. Opiniões políticas imaturas, radicais, irresponsáveis não podem ter livre curso nas ruas ou nas redes sociais.
Sim, existe a inviolabilidade da correspondência, assegurada pela Declaração Universal dos Direitos do Homem, mas esse papel é de 1948! Coisa arcaica, antiquada, completamente incompatível com o mundo atual da comunicação eletrônica.
Naquele tempo os fascistas, os machistas, os fanáticos religiosos, os homofóbicos, os transfóbicos, os racistas, os antifeministas, ou seja, todos aqueles que não sabem pensar ou sentir de forma politicamente correta não podiam se comunicar com milhões de pessoas por todo o mundo instantaneamente. Hoje os radicais de direita comunicam-se como se estivessem num grupo de amigos, falam o que pensam, expressam suas ideias autoritárias com toda a sinceridade e muito à vontade, como se estivessem no meio da turma de amigos ou familiares. Um absurdo! Criminosos intelectuais não podem se sentir tão livres! O problema é que o "grupo de amigos" pode incluir milhões de pessoas.
Se cada um dessas personalidades autoritárias usasse um mimeógrafo para divulgar o seu pensamento, se cada direitista apenas escrevesse uma cartinha para um simpatizante seu, poder-se-ia falar em inviolabilidade da correspondência. Porque nisso não haveria nenhum efeito social de massa que pudesse ameaçar a segurança cultural do estabilismo, a sua hegemonia.
No mundo globalizado de hoje, sem fronteiras e sem identidade, não há mais causas coletivas. Ora, se cada um é apenas mais um no mercado, a única forma admissível de protesto tem por justificação o direito do consumidor. E, claro, nenhum consumidor precisaria de organização política subversiva para fazer compras. Tudo estaria tranquilo, ninguém pensaria em fechar o Congresso ou o STF. A propaganda comercial teria o mais interessante conteúdo: o novo telefone da Apple, a passagem aérea em promoção, aquela revista de boa forma e decoração... mas armas, não!
Sem armas! Para que se garanta a segurança de cada um basta o respeito de cada um para com os direitos humanos, para com a diversidade, a alteridade. Somos todos cidadãos do mundo. É à Unesco, é à OMS, é à ONU que devemos acatamento. Nesses instâncias superiores do Governo Mundial é maior a integração. Daí, pois, ser maior o exemplo da sua moralidade a ser seguido e defendido.
No Brasil, o Congresso e o STF representam esse admirável mundo novo da Nova Ordem Mundial. Lá fora brilha o Sol de George Soros, tão benfazejo às minorias oprimidas sob o racismo. Aqui dentro mesmo do Brasil, Felipe Santa Cruz é a Lua cheia.
Quanta luz podemos esperar desse mundo novo de que todos seremos cidadãos! Correção política e direitos humanos para todos. Mundo tão maravilhoso ninguém pode ameaçar.
Sim, Sérgio Alves de Oliveira deve ser preso.
Cadeia para os dissidentes da Democracia!
Viva o ministro Gilmar Mendes! Viva o ministro Barroso! Viva o ministro Alexandre de Moraes! Viva o ministro Toffoli! Vivam todos os seus pares e luminares do Estado Democrático de Direito! Viva Felipe Santa Cruz! Viva a OAB! Viva a ABI!
Viva a puta que pariu !!
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