Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Percival Puggina
"(...) e, redesignada nova
data para seu comparecimento em até 05 (cinco) dias úteis, estarão sujeitas,
como qualquer cidadão, não importando o grau hierárquico que ostentem no âmbito
da República, à condução coercitiva ou 'debaixo de vara'". (Celso de Mello)
A forma desrespeitosa como o
ministro Celso de Mello tratou as testemunhas arroladas por Sérgio Moro,
destacadas figuras do governo e do Parlamento, entre elas três oficiais
generais, é de uma grosseria que desqualifica a autoridade que emitiu a ordem.
Desconhecer o intuito provocador
dessa redação exige um cérebro com dependências para alugar. O ministro usou de
seu poder para alertar às instituições sobre quem é que manda e não pede. Para
testá-las ao limite. Valeu-se das autoridades mencionadas, integrantes dos
outros dois poderes da República para, num mero ato de ofício, impor
constrangimento às Forças Armadas e ao Congresso, e pôr a opinião pública nos
eixos dele ministro.
É conhecido o desagrado dos
ministros do Supremo com as apreciações feitas a alguns deles em manifestações
de vulto nacional que refletem rejeição à instituição STF. Emergem desses
eventos de rua, aqui ou ali, de modo episódico e esparso, anseios não democráticos.
É indiscutível, porém, que cidadãos na rua, expondo seu sentir e seu querer,
estão exercitando a democracia em uma dimensão que lhe é essencial e que
deveria cobrar juízo de quem escuta.
Celso de Mello, inequivocamente,
tratou as autoridades convocadas como se fossem bandidos. Em relação aos
bandidos de verdade, aliás, o próprio STF ditou regras restritivas à condução
coercitiva. Ele, no entanto, aplicou, em acréscimo, o arcaísmo “debaixo de
vara”, usado no Código Criminal do Império, quase dois séculos atrás. Então,
vara era vara mesmo, que intimida, cutuca e machuca.
A ordem foi e persiste como
afronta. O ministro atirou sobre o que viu para acertar em todos aqueles cujas
opiniões e manifestações o desagradam. Quando novembro vier ele vai embora, tarde.
Sem deixar saudades. A nação não se sente servida.
Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de
Letras, é arquiteto, empresário e escritor.
3 comentários:
Lamentável termos uma suprema corte cujos juízes todos os dias estão na mídia, bem.ao contrário de outras altas cortes que sai discretas. O país está oficializado.principalnebte contra o presidente. Se 2le roncar dormindo o mbl ou partidos de esquerda entrarão com ação no STF e pior e que sera acatada a ação. Ridículo isso
E os generaizinhos poodles vão todos debaixo de vara depor no inquérito...já não se fazem mais homens como antigamente...Hoje temos generais que ficam no teclado o dia inteiro.. e jamais conheceram uma barraca de campanha...falta guerra a esses homens.. só ela formam homens... não aguento mais ver generais escrevendo artigos na NET...
A sigla STF significa Supremo Tribunal Fariseu.
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