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Por H. James Kutscka
Às vezes,
me parece que tudo que poderia ser dito ou escrito sobre determinado assunto,
já o foi.
Que
escrever sobre a desfaçatez dos políticos ou a prepotência do judiciário que já
não tenha sido escrito em vão?
A sensação
de vazio e de inutilidade que sinto, deve ser igual a que levou Francis
Fukuyama a decretar o fim da história em seu artigo de 1992, onde assumia que
com o advento da democracia liberal, o ocidente estaria colocando um ponto
final na evolução sócio cultural humana.
Ledo engano
no qual este escriba não vai cair.
Embora os
fatos atuais possam ser comparados com comédias ou dramas já vistos, trazem no
seu corpo a malevolência do espírito da raça.
Senão
vejamos:
A
desastrada saída pela esquerda, estilo Pantera Cor de Rosa do ex-Ministro
Sergio Moro, poderia ser desenvolvida em um artigo intitulado: “A Megera
Domada”, ou” Muito Barulho por Nada”. Ambas comédias de Shakespeare.
Depois de
horas de depoimento em Curitiba, viu-se que tudo que o ministro tinha contra o
presidente, era como a receita do delicioso refogado de chuchu da piada:
-Você
descasca o chuchu, corta em pequenos cubinhos, ferve-os por cinco horas, depois
os envolve em um pano de prato e deixa esfriar por pelo menos duas horas
escorrendo a água.
Após esse
processo e tendo verificado que a maioria da água já se foi, você começa a
espremer o conteúdo dentro do pano de prato com as mãos, até transformar tudo
em uma pasta verde.
Aí com todo
cuidado, joga o insosso resultado do processo no lixo.
No final
das contas, Moro negou ter dito que Bolsonaro havia tentado interferir na PF.
Como disse
Alexandre Garcia em seu vídeo do You Tube da quinta-feira passada:
- “Muita
espuma para pouco sabão”.
Poderíamos
então voltar à vida normal e tentar sair do atoleiro da pandemia e das
tentativas de derrubar o governo, mas não.
Aqui é
Brasil, a terra prometida dos lideres da nova ordem mundial, nosso agronegócio
pode alimentar o mundo, no sul estamos
em cima de um verdadeiro mar de agua potável, temos petróleo e 90% do nióbio do mundo, então sempre existe
um comandado para não deixar se extinguir a chama do caos e da
desordem.
Eles sabem
que a miséria e a ignorância são os principais nutrientes do poder.
Foi então a
vez do Ministro Celso de Mello do STF entrar em cena, como definiria Tom Wolfe
se aqui estivesse:
-“O decano
da fogueira das vaidades”.
Como
descreve Saulo Ramos, Consultor Geral da República durante o governo Sarney em
uma passagem de um livro de sua autoria, onde relata um processo em que se
discutia a legalidade de Sarney poder se eleger pelo Amapá, quando seu
domicílio eleitoral era o Maranhão. Celso de Mello que na época era secretário
de Saulo na Consultoria, teria votado contra o presidente, porque segundo ele
próprio, o jornal Folha de São Paulo havia noticiado de antemão, que ele
votaria a favor. Celso de Mello então
teria ligado para Saulo Ramos para explicar que: - Na soma dos votos, Sarney já
havia ganho o processo, então votei contra, se Sarney estivesse perdendo
votaria a favor. Após a insólita
explicação, teria perguntado a Saulo Ramos se entendera sua postura.
A resposta
de Saulo Ramos, segundo consta no livro foi:
- Entendi
que você é um Juiz de merda.
Devo esta
preciosidade ao mesmo vídeo do Alexandre Garcia citado anteriormente
(infelizmente o nome do livro não foi citado na gravação). Obrigado Saulo
Ramos! Ele continua sendo.
Bem, esse
mesmo juiz (hoje na Suprema Corte), torna público documento sobre inquérito no
caso da exoneração do ex-Ministro Moro, onde convoca como testemunhas três
Generais (Augusto Heleno, Braga Neto e Luiz Eduardo Ramos) e em um trecho da
convocação escreve: “Cumpre advertir
que, se as testemunhas que dispõem da prerrogativa fundada no art. 221 do CPP,
deixarem de comparecer, sem justa causa, na data por elas previamente ajustada
com a autoridade policial federal, perderão tal prerrogativa e, redesignada
nova data para seu comparecimento em até 05 (cinco) dias úteis, estarão
sujeitas, como qualquer cidadão, não importando o grau hierárquico que ostentem
no âmbito da República, à condução coercitiva ou “debaixo de vara”, como a ela
se referia o art. 95 do Código do Processo Criminal do Império de 1832.”
Desta vez a
resposta veio do major-Brigadeiro Jaime Rodriguez Sanchez, em uma carta da qual
vou destacar apenas um pequeno trecho: “Foi uma tentativa infeliz de
demonstração de poder, totalmente injustificável e inaceitável, a produção por
parte do ministro Celso de Mello de um documento jurídico ameaçando de serem
conduzidos “debaixo de vara” três oficiais-generais do Exército brasileiro, do
maior grau hierárquico da carreira, altamente conceituados no seio da sua
Força, que dedicaram meio século da vida jurando defender a Pátria com o
sacrifício. Debaixo de vara, vossas excelências deveriam expulsar os corruptos
que hoje enlameiam a Suprema Casa da Mãe Joana”.
Na
sequência dos acontecimentos, a visita de Bolsonaro ao Supremo acompanhado de
empresários preocupados com a economia estagnada pelas medidas tomadas por
governadores e prefeitos mais interessados em lucrar com a desgraça do que com
os rumos do país, foi considerada pelos ministros uma “presepada” do
presidente.
Devido aos
fatos aqui apresentados, de minha parte já que de vara se trata, sugiro
humildemente não apenas aos generais em questão, quanto a todos os membros das
forças armadas evocar a boa e velha vara de marmelo, aquele galho flexível com
o qual antigamente eram postos na linha os que dela se desviavam.
Nada melhor
que uma vara de marmelo no lombo para fazer qualquer político safado, juiz ou
ministro “cair na real”.
Já na sexta
feira, Dória estendeu novamente o confinamento e Covas inventou um novo
rodizio.
Toda
dominação total começa aos poucos, quando o cidadão se dá conta está
escravizado pelo estado.
Juntos
podemos nos livrar por bem de parte dos canalhas em outubro nas eleições, ou
por mal de todos eles a qualquer momento.
Aviso aos
navegantes:
A história ainda não acabou e no
final, posso garantir, vencem os bons.
H. James Kutscka é Escritor e
Publicitário.
3 comentários:
Que nada.. a vara de marmelo é a vara do Celso de Mello que conduzirá os generais para o depoimento...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
A trama para ver se tira Bolsonaro e tão frágil que não se sustenta sob hipótese alguma.absurdo. E o caldo de Melo dando na vista correndo.para ver se consegue alguma coisa. Deixa Bolsonaro trabalhar, estabilishment..
Perdoem a minha ignorância, mas o que é um "sócio cultural" ?
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