Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ernesto Caruso
A nau Brasil não pode perder o rumo no
meio da tormenta, ainda sob efeito das nuvens negras da corrupção, agravada
pela peste do vírus chinês. Timão e leme sob controle sempre.
Mas, não tem sido harmônica a relação
entre as três partes que compõem a tripulação.
“Navegar é preciso”, todos sabem.
O desconcerto do “poder fazer” entre o
timão e o leme impede o singrar da nave com destino a porto seguro e garantidor
do bem-estar dos passageiros, que afinal sustentam o aparato inoperante e
desfocado dos seus compromissos.
Eis que, sob calmaria ou tempestade, o
conjunto operativo não funcionar pelo descompasso ambicioso, ineficaz ou
intencional de partes do sistema, há que se encontrar a “ultima ratio regis”
para que o conjunto não se esfacele.
No Brasil, histórica e
tradicionalmente, as Forças Armadas intervieram toda vez que se atentou contra
a concepção do Estado, independente de letras mortas, débeis, interpretadas de
acordo com as conveniências de plantão.
A lição do Duque de Caxias é o norte
que orienta à dedicação única e exclusivamente aos interesses nacionais, de
preservação da unidade territorial, linguística e democrática, “A minha espada
não tem partido, pois que ela serve à nação”.
Diante das crises sucessivas por
picuinhas político-partidárias e recursos à Suprema Corte, tipo as mais
recentes sobre a nomeação pelo presidente da República de um servidor para
diretor geral da Polícia Federal, substituição de outro servidor da mesma
entidade, ou se o presidente é portador do coronavírus; principalmente a
questão da nomeação da direção da Polícia Federal que não pode ficar acéfala,
ou sob a gestão de alguém fora do contexto do atual governo, houve por bem o
ministro da Defesa emitir nota a respeito.
Na íntegra:
- “As Forças Armadas cumprem a sua
missão Constitucional.
Marinha, Exército e Força Aérea são organismos
de Estado, que consideram a independência e a harmonia entre os
Poderes imprescindíveis para a governabilidade do País.
A liberdade de expressão é
requisito fundamental de um País democrático. No entanto, qualquer agressão a
profissionais de imprensa é inaceitável.
O Brasil precisa avançar. Enfrentamos
uma Pandemia de consequências sanitárias e sociais ainda imprevisíveis, que
requer esforço e entendimento de todos.
As Forças Armadas estarão sempre ao
lado da lei, da ordem, da democracia e da liberdade. Este é o nosso
compromisso.”
Com destaque para a independência
entre os Poderes, governabilidade, liberdade de expressão e, que o Brasil
precisa avançar.
Disse tudo, sem precisar dar murro na
mesa.
A imprensa, às avessas, omitindo
partes do pronunciamento do presidente Bolsonaro, propaga que a Nota do
ministro da Defesa se contrapõe ao dito por ele na entrada do Palácio, a
jornalistas e apoiadores.
Suficiente assistir o vídeo e
constatar. Afinação precisa.
Na mesma vertente, o vice-presidente,
Hamilton Mourão, destaca o primórdio da independência entre os Poderes.
Assim, ficou entendido e, foram feitas
a nomeação e posse do novo diretor geral da PF de modo rápido e preciso.
E la nave và.
Ernesto Caruso é Coronel de Artilharia e Estado-Maior,
reformado.
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