Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão
Enquanto o Brasil patina e paga seus
próprios pecados decorrentes do vírus e da falta de prognóstico adequado o
mundo dos negócios afunda sem muita perspectiva de melhora As bolsas mundo
afora sobem e a nossa cai cada dia mais e os estrangeiros com medo do porvir
retiram bilhões,mas temos que adotar uma estratégia que fale mais forte e
contemple solidez.
Nada adiantara a reforma tributária
com aumento de carga ou a administrativa sem cortes de comissionados e
apaniguados,as privatizações sofreram solução de continuidade em ano eleitoral.
O Governo Federal em situação de pré insolvência agora cria a mágica renda
mínima e adia pagamentos de precatórios um excrescência tupiniquim.
Bem mais do que tudo isso não
aceitamos imprimir papel moeda diante da inflação mas o que precisamos fazer e
é chegado o momento é irrigar a economia com financiamentos
público privados. Os 300 bilhões em reserva do Banco Central poderiam ser
alocados parte em torno de 50 bilhões para pequenas e micro empresas e arranjos
estruturais de saneamento com enfase para educação e saúde.
Defendemos que o SUS possa ser usado
universalmente mediante pagamento dos que podem. Não se justifica o gargalo e a
falta de recursos na saúde,donde quem puder deverá sim pagar para que os
que não possam usufruam,sem embargo de se voltar contra o plano de
saúde.
Consequentemente se cada cidadão
pusesse um valor simbólico que oscilasse entre dez a cem reais mês teríamos uma
conjuntura nova de saúde e a cada atendimento os que não pagaram o fariam de
forma módica apenas para evitar viagens inócuas e pedidos de atestados
para licenças do trabalho.
O foco está no mundo dos negócios mas
não conseguimos mais atrair estrangeiros ou fazer pulsar nossas riquezas
naturais,o clima de desconfiança predomina e as eleições somente trazem
candidatos os mais despreparados possíveis, salvo raras exceções.
Os poderes públicos principalmente em
razão da pandemia faliram já não pagam precatórios,cortaram benefícios de
servidores e muitas comunas tendo dívidas roladas e estados bancados pela
União.Haverá de existir minimamente uma idéia que possa acender o fogo
da espernaça, não poderemos continuar nas trevas a escuridão deve ser o
caminho.
O ritmo dos negócios em queda o
governo só fala em imposto e quer tributar dividendos,quando a maioria das
empresas não estão pagando ou adiando o tempo de provisionamento ao
acionista,enfim as coisas que poderiam dar certo agora caem na encruzilhada e o
ponto mais importante é manter milhões de trabalhadores desempregados com
alguma esperança de voltar ao mercado de trabalho.
E se não é possível pela
idade,capacidade técnica ou qualquer
outro problema,que o governo ensine junto com as entidades de
classe o empreendedorismo e financie com valores módicos a iniciativa privada
como acontece na Europa e também nos EUA.
Carlos Henrique Abrão é Professor-Doutor de Direito, especialização em Paris, autor de 55 obras e 6000 artigos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário