Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão
A irracionalidade governamental chega
ao ponto de propor a tributação majorada de livros quando na realidade as
editoras e livrarias pagam pesado preço da informatização e do meio eletrônico.
Pouco tempo se passou e a maioria das editoras em crise e livrarias fechadas, seria justo propor uma alíquota de 20% para o setor livreiro? Evidente que não.
Com a pandemia o número de livros
físicos vendidos despencou enormemente e a população não tem interesse e poder
aquisitivo para realizar compras de boas obras. Por isso é importante a doação
e bibliotecas públicas e privadas que funcionem notadamente nos finais de semana
e feriados para que a população de menor renda tenha acesso.
Os autores já não recebem mais
direitos autorais. A moda agora é obra coletiva. Poucos coordenadores e muitos
autores os quais acabam comprando a tiragem e assim a vida continua com
novas editoras de quintal e as grandes sofrendo as tormentas da concorrência
internacional.
Jogando na contramão o governo estuda
aumentar a tributação, mas não percebe que o Brasil é um País no qual a
juventude pouco ou nada lê. Os livros estão rareando e a maioria prefere comprar
partes da obra por ser mais em conta e também é uma forma de revelar todo o
comodismo do brasileiro que, ao contrário do Uruguaio e Argentino, não prefere
selecionar obras de boa qualidade as quais influenciarão até mesmo nos estudos
e vestibular.
Bem de ver contudo que o governo não
jorra incentivo e incremento à cultura, e tampouco à educação cada vez mais
aumenta o distanciamento entre uma seleta elite e os milhões de excluídos assim
por qual motivo daríamos prioridade à leitura se nem ao mesmo teriam condições
de assistência à saúde, ao estudo e uma alimentação digna do ser humano.
O contexto revela o contraste e ao mesmo tempo com a geração do celular e internet um distanciamento muito grande da leitura e se formam verdadeiras legiões de semialfabetizados os quais conduzirão a Pátria no amanhã.
Uma campanha de divulgação do livro, pelo caminho da Bienal e melhor
remuneração dos autores de boa qualidade fluem essenciais à conjuntura melhoria
do grau de discernimento do cidadão e fundamentalmente é um instrumento que
assegura por seu intermédio o fim da dependência de governantes e líderes
religiosos que pregam espetáculos, a partir de uma boa educação com livros
nacionais e estrangeiros a sociedade civil se categoriza para exercer sua
verdadeira cidadania e desacreditar do carnaval, futebol e cerveja - espetáculos que
separada ou conjugadamente não deram certo no País da futilidade.
Um comentário:
Majorar tributação de livros ajudará a divulgar o folclore de que é um governo que incentiva a atitude de gado, criado pela esquerda sobre o eleitorado do presidente Bolsonaro. Será que essa atitude supõe que livros são supérfluos? Não precisa incentivar a cultura, mas também não deve atrapalhar.
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