Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Arthur Leandro Filho
Incrível como a tecnologia, de forma acelerada, está brutalizando as relações humanas.
A introdução do celular em nossas vidas no
final do século passado trouxe, à princípio, uma sensação de modernidade, de
status, de glamour.
Eram poucos os felizardos que podiam ter
acesso àquele novo símbolo de status.
Sua aparência, comparada aos celulares de
hoje, teria a mesma semelhança existente entre um Fusca e uma Ferrari.
Sua única função era falar móvel! Sucesso
total! Uma autêntica revolução na tecnologia da comunicação!
Era praticamente proibido usá-lo em
restaurantes, cinema, teatro, etc. Falta de classe!
Pois bem, decorrido pouco tempo desde o seu
lançamento, hoje todo mundo o tem.
Há mais celulares do que a população em grande
parte dos países. Diferente de quando foi lançado, ele é capaz de fazer até
milagre, menos falar.
Cada celular tem uma infinidade de aplicativos
que envolvem completamente o usuário. Dessa forma passou a ser um verdadeiro
shopping de utilidades, extremamente enriquecido com o advento da internet. A
comunicação passou a ser, praticamente, digital.
Mas aí é que nasce o perigo...as conversas
são, notadamente, digitais! Questiono-me como pode haver intensidade afetiva
num relacionamento digital, sem o toque, a voz, o abraço, o beijo...não
existirão amizades profundas e, muito menos, o amor.
Tudo parece estar caminhando para uma
sociedade unitária, onde cada um só pensa em si, decorrente da educação à
distância, sem convivência social que, acredito, seja uma forte tendência
principalmente entre os jovens, de seguirem solteiros na sua jornada, ou no
máximo um relacionamento sem perspectiva de continuidade e de fácil dissolução.
Onde não há amor, não existe vida, não existe
fé. Um ser humano sem fé torna-se, em sua maioria, uma pessoa triste,
solitária, depressiva e infeliz.
Dessa forma, no seu conjunto, teremos uma
sociedade fria, sem emoção, sem amor e tesão pela vida. Uma sociedade próspera
porém empobrecida de valores, sem vida, sem paixão, sem amor, materialista, sem
espiritualidade, enfim, sem futuro.
Consequentemente, uma sociedade que não
enxerga um futuro, não consegue viver o presente.
Apenas um mundo mudo, insensível, infeliz.
Será que é isso mesmo?
Tomara que não!
Arthur Leandro Filho é administrador
de empresas aposentado.
Um comentário:
Se já começou o distanciamento das pessoas??
Está implantado!!!
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