Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Renato Sant’Ana
Se alguém lhe pedir o título eleitoral emprestado para votar em seu nome,
você empresta? Não é provável. Quem praticaria tal ato que, além de ilícito, é
uma tremenda burrice?
Pois desperdiçar o voto, anulando ou apenas não comparecendo, tem efeito parecido
com o de emprestar o título a outra pessoa.
Vejam-se duas coisas. Uma é que sempre haverá políticos, a menos que se instale
a completa barbárie e passe a vigorar a lei do mais forte.
Outra é que a vida de todo mundo é inevitavelmente afetada pela administração
da cidade e do país, que é conduzida por políticos aprovados nas urnas - com ou
sem sua participação.
É bom que haja políticos. E é ainda melhor que haja políticos bons, o que
requer eleitorado responsável e criterioso.
Se nenhum candidato tem o perfil que gostaríamos, a saída é votar no "menos
pior". Mas, votar! Para, nem que seja, "despiorar" a política!
O que não vale é pecar por omissão.
Também não vale curvar-se à "ideologia do vitimismo" e só se
queixar dos políticos que abusam da coisa pública (crias de nossa omissão).
A sociedade é fruto da soma das atitudes de todos, boas ou más. E não há como
esquivar-se. Só há como escolher entre a omissão e a colaboração.
Portanto, em vez de reclamar, é melhor votar e ter por critério eleger o candidato
que mais se presta a afirmar os valores necessários à paz social, que, aliás,
em nossos dias, vêm sendo duramente atacados.
Votar é, sim, uma ocasião de mandar um recado aos políticos, rejeitando aqueles
candidatos que não defendem os valores que nos são caros.
E não votar e não influir na escolha dos futuros administradores da vida social
equivale a entregar a própria sorte a mãos alheias.
E como tudo começa pelo município, as eleições municipais merecem o mesmo
rigor e mesma responsabilidade das demais eleições.
Votemos, pois. E que o voto seja guiado por um critério amadurecido.
Renato Sant'Ana é
Advogado e Psicólogo. E-mail sentinela.rs@uol.com.br
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