Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Renato
Sant’Ana
Existe um tipo humano que age na presunção da própria superioridade
moral e se sente dispensado de ter respeito quando, em sua opinião, os outros
são moralmente inferiores. Só que, às vezes, esse tipo acaba levando o
troco: sim, "A banca paga e a banca recebe..."
O socialista Guilherme Boulos, com sua calculada
agressividade, candidato do PSOL derrotado na disputa pela prefeitura de
São Paulo, teve de bancar a ironia do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP).
Ocorre que Boulos está pedindo doações para
"pagar contas pendentes de campanha". E Kataguiri não deixou
passar:
"Usando dinheiro público ele ainda conseguiu
ficar devendo. Imagina o que ia fazer com a prefeitura?".
Ao ser o candidato do PSOL, Boulos foi escalado
como ponta de lança de um programa partidário que visa à "superação
da ordem capitalista" e à construção de uma "sociedade
radicalmente diferente".
PSOL, PT, PCdoB e congêneres são explícitos em
seus programas: têm por meta implantar uma ditadura socialista no
Brasil. Está tudo escrito.
O plano desses partidos, todos de corte
revolucionário, é usar os mecanismos da democracia para chegar ao poder.
e, quando conseguem, implantam um Estado autoritário e atrasado: a
tragédia da Venezuela e o que está ocorrendo na Argentina são os exemplos
mais próximos.
Os socialistas chamam isso de "fazer a
revolução por dentro".
Desde sempre e com toda razão, Kataguiri criticou
a candidatura Boulos, que (de olho no Brasil!) planejava submeter São
Paulo a um programa revolucionário a ser entregue à sanha dos ditos
"movimentos sociais".
Agora Boulos está numa enrascada: há "contas
pendentes de campanha" e a maioria de seus eleitores não trabalha
nem tem renda além da mesada do papai. Será que algum milionário
excêntrico vai sair em seu socorro?
Ora, a psicopatia ideológica é curiosa: apesar de
ser notório inimigo da propriedade privada e do empreendedorismo e de
combater o enriquecimento (dos outros!), Boulos poderá ser, como o foi
na campanha, ajudado por gente rica com motivação hermética...
Em 2020, embora rotulados como maiores inimigos do
socialismo, alguns ricos ajudaram a financiar extremistas do naipe de
Guilherme Boulos.
Entre os colaboradores estão Marília Furtado de
Andrade (herdeira de Gabriel Donato de Andrade, um dos fundadores da empreiteira
Andrade Gutierrez), Arminio Fraga (homem de confiança de George Soros no
Brasil e ex-presidente do Banco Central no governo FHC), Beatriz Sawaia
Bracher (da família do banqueiro Fernão Bracher, fundador do BBA e
ex-presidente do Banco Central) e Walther Moreira Salles Junior e João
Moreira Salles (membros do Conselho de Administração no Grupo Itaú
Unibanco).
Terão eles se deixado engrupir pelo discurso
populista? Serão míopes de não enxergar o lobo sob a pele do cordeiro?
Ou terão outras motivações?
Em 2018, falando a "companheiros" sobre
o ministro Gilmar Mendes (do STF), o então deputado petista Wadih Damous
assim se referiu: "O Gilmar hoje é nosso aliado, amanhã volta a ser
o nosso inimigo, mas hoje ele é nosso aliado."
Poucas vezes se viu assim de modo tão explícito o
relativismo moral, o cinismo e a truculência da esquerda confessional.
Não é crível que os tais colaboradores sejam
ingênuos, que desconheçam a natureza do socialismo e que esperem
lealdade dos revolucionários.
Ao derrotar Boulos, o eleitorado repeliu o
populismo de uma esquerda habituada a insuflar o ressentimento e o
desânimo para, depois, oferecer soluções mágicas que, em lugar algum,
jamais deram certo: a destroçada Argentina de hoje representa aquilo que
o Brasil não deve fazer.
Pois que reflexionem os adultos, isto é, os que
têm responsabilidade: o que ganhariam os tais ricos com a argentinização
do Brasil?
Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo. E-mail sentinela.rs@uol.com.br
2 comentários:
A pergtunta:
"Pois que reflexionem os adultos, isto é, os que têm responsabilidade: o que ganhariam os tais ricos com a argentinização do Brasil?"
A resposta óbvia é que o que é ruim, nunca é ruim para todos.
Engels era um magnata em parceria com Marx. O que ele ganharia? ...eliminaria TODA a concorrência ou se tornaria um representante do proletariado, então sendo dono de tudo seria como se os proletários o fossem.
Na Venezuela e na ESQUECIDA NICARÁGUA existem ricaços que estão muito mais tranquilos. Em Cuba ainda exiostem mansões que dão belas festas. Na Coréia do Norte muitos são os magnatas que habitam palácios SEM QUALQUER MEDO DE PERDER o STATUS: não existem concorrentes e enquanto cultuarem o "grande líder", deixando que seja obedecido, estarão seguros.
Banqueiros e herdeiros incompetentes se arriscam a perder tudo. Além de serem humi9lhados pelos executivos capazes de gerir suas heranças. ...muito melhor serem autoridades num Estado totalitário.
Boulos, o Gigolô de Sem Teto que tem 2 tetos, mais um arqui-hipócrita comunista possuído pelo demônio, o próximo cavalo de Tróia da Zelite Podre.
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