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Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
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Quando algum parlamentar vai propor a criação da CPI do Genocídio na Nova República? Dados oficiais indicam que, nos últimos 15 anos, pelo menos dois milhões de brasileiros foram assassinados ou desaparecidos. As polícias não apresentam solução para mais de 90% dos homicídios. Estamos sob a Ditadura do Crime Organizado. Os números são de uma Guerra Civil explícita, genocida. A gravidade do problema merece uma atenção séria dos brasileiros e das autoridades. Nosso regime de exceção criminoso mata mais - e de forma mais covarde e cruel - que a pandemia de covid - que chama atenção de todos. O extermínio dos brasileiros parece “invisível”.
Existe um Brasil Paz e Amor ou não? A resposta é óbvia, diante dos números da violência. Além disso, os fatos históricos confirmam a tese. Aliás, o momento é mais que oportuno para lembrar, especialmente aos ilustres supremos do STF, sobre os momentos violentos da história brasileira. Nossa sociedade é repleta de momentos de abuso de poder, truculências, revoltas e conflitos armados, ao contrário do que tentam fazer parecer os ingênuos e os canalhas.
Em vários países, a história real, brutal e cruel da construção democrática é contada em detalhes, de forma intensa, exaustiva e repleta de conteúdos dualistas. Apresentam-se diversas versões, pluralidade de análises, não existindo hegemonia nem donos da verdade dos fatos. Procura-se demonstrar que dezenas ou centenas de pequenos fatos isolados convergem para compor um cenário final de conflitos armados, intolerâncias irracionais, atos desumanos e de horror, originados em sentimentos de vinganças e completa irracionalidade.
Os objetivos são o de transmitir para as novas gerações, informações e conhecimentos sobre como as omissões e a complacência social com relação a pequenos fatos considerados isolados causaram revoltas, conflitos e até mesmo guerras que mataram milhares e até milhões de vidas. Também serve para demonstrar que na quase totalidade dos casos, mudanças estruturais nas Nações são deflagradas a partir de episódios violentíssimos de conflitos sociais.
A história mal contada do Brasil esconde, propositalmente, diversos eventos de igual perversidade. Vejamos alguns dos mais famosos: Cabanagem; Guerra dos Farrapos; Revolta da Armada; Guerra dos Canudos; Revolta da Vacina; Revolta da Chibata; Guerra do Contestado; Revolta paulista de 1924; Revolta Constitucionalista; Revolução Federalista; Revolta de Juazeiro; Movimento Tenentista; Intentona Comunista, Revolta Mineira de 1935, Estado Novo, Intentona Integralista, Movimento 11 de Novembro, Guerrilha do Araguaia, dentre outros.
São mais de 100 conflitos armados, em solo brasileiro, desde os tempos do Império até os dias de hoje. Conflitos sufocados pelo poder das armas. Então, o Brasil é um país violento, cruel e no qual a repressão pelo poder das armas já foi utilizada intensamente - sempre que foi conveniente ao sistema de poder vigente. O perfil amável e cordial do povo brasileiro só existe nas lendas dos escritores, historiadores e jornalistas pagos para forjar essa narrativa histórica. Ele não condiz com real história do nosso povo e da nossa Pátria Amada Brasil.
Anualmente no Brasil, mais de 40.000 pessoas são assassinadas, segundo dados oficiais. Pessoas são “desaparecidas” em número incontável. Se incluírem as mortes que ocorrem após internações hospitalares, esses números podem dobrar. Caso se contabilize o número de suicídios, a situação fica ainda mais assustadora. A sociedade, a classe política, o mundo jurídico e os militares (que cuidam da Segurança Nacional) não promovem um debate sério sobre o problema.
A indignação da população só aumenta. Diariamente. Os corruptos desfilam livremente pelas ruas das cidades, moram em mansões milionárias e desdenham da inteligência da democracia. Desfilam seus indultos sagrados (hoje denominados Mandados de Segurança ou Habeas Corpus), “obtidos de forma nada republicanas”.
Perigosamente, sobrevivemos assistindo ao espetáculo dantesco de advogados empossados em funções públicas, sem a menor noção histórica da nossa Pátria. Brincarem de Deuses. Se autodenominam “supremos”. Os privilegiados togados se trancam em seu mundinho, e de lá tomam decisões que mexem com a vida do resto do Brasil. Sim, na visão deles, somos o “resto”.
Fato preocupante: As revoltas regionais que ocorreram no Brasil no passado podem voltar a ocorrer. A barbárie tupiniquim sai de controle. No século 21, com a tecnologia das redes sociais, percebe-se que a indignação da população de Manaus é similar à de Porto Alegre e São Paulo. O Oxigênio que falta aos internados nos hospitais do Rio de Janeiro decorre do mesmo descaso e corrupção ocorridos na Amazônia.
Ao verem seus familiares falecidos sendo “jogados em valas” - como na época da Peste Negra europeia -, as famílias questionam os valores da República ao serem submetidos às lotações dos ônibus e metrôs. A falta de dinheiro da maioria contrasta com os altos salários das “ditas autoridades”, os planos de saúde caríssimos dos políticos pagos pelo suado imposto daqueles que usam o SUS. Assistimos à miséria e a mendicância crescente nas ruas do País. O desemprego bate à porta das famílias - inclusive a dos que nem onde residir dignamente.
O povo brasileiro quer uma República de verdade, quer deixar de ser devorado diariamente por siglas como ISS, INSS, IPTU, IPVA, ITBI, IPI, PIS, COFINS, ICMS, CSLL, CIDE, SAT, FNDCT e por aí vai. Ah, tem também o famigerado “Imposto de Renda” - que os mi e bilionários conseguem driblar, enquanto o Leão é implacável em morder os bolsos da classe média. Tudo para financiar as despesas e desperdícios da máquina estatal.
O poder público brasileiro precisa entender que, neste século 21, só é viável uma opção: uma República que sirva aos cidadãos e não um regime pseudorepublicano que só se serve deles. Não há mais espaço nem tolerância para tanta injustiça.
Os nossos “deuses supremos” devem acordar para a história de um Povo, de uma Nação, forjada no trabalho, no sacrifício e no patriotismo dos diversos povos que para o Brasil vieram para compor essa maravilhosa mistura de culturas, religiões, credos e, sobretudo, de SONHOS voltados para uma vida melhor.
A indignação com tanta violência, corrupção e impunidade parece estar germinando uma revolta, que não será facilmente controlada. A história nos apresenta que sempre ocorre um gatilho, um evento que desencadeia a explosão dos conflitos. Nunca se sabe ao certo qual será a gota d’água. Os “poderosos” não sabem como evitá-la. E não existem ganhadores ou vencedores: apenas a barbárie e o sofrimento que ficam.
Infelizmente é preciso urgentemente aprender com a dor dos nossos antepassados. Ou poderemos assistir a volta de movimentos de absoluta intolerância, radicalismo e insurreições. A história está aí para quem quiser perceber e entender os riscos que corremos hoje. O Brasil é um barril de pólvora seca, e o pavio é aceso, a todo instante, pelas decisões estapafúrdias dos “donos do poder”.
O Estamento Burocrático não quer mudanças. O povo tem de forçar o Establishment a mudar de ideia e postura. Por isso, a pressão máxima da Nação precisa forçar a Reforma Política - que será capaz de deflagrar as outras mudanças estruturais. Ou, se isso não funcionar de forma civilizada e pacífica, é alto o risco de que aconteça na base da pancada. Neste caso, o resultado é imprevisível, para o bem e para o mal.
Enquanto a Reforma Política não começa e se acelera, fica a sugestão: Vamos debater a criação de uma CPI para investigar o Genocídio na Nova República. Melhor fazer isso antes que a próxima vítima seja você, algum amigo, familiar ou “poderoso de plantão”...
Releia o artigo de Domingo: O Poder Supremo se mete em tudo?
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Jorge Serrão é Flamenguista. Editor-chefe do Alerta Total. Comentarista Político da Rede Jovem Pan. A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Apenas solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 12 de Abril de 2021.