Por João Baptista Herkenhoff
Ministros dos altos tribunais, desembargadores federais ou estaduais,
magistrados de cortes internacionais são, antes de tudo, juízes.
Há tanta grandeza na função, o ser humano é tão pequeno para ser juiz, é
tão de empréstimo o eventual poder que alguém possui para julgar, que me
parecem desnecessários tantos vocábulos para denominar a mesma função.
Talvez fosse bom que os titulares de altos postos da Justiça nunca se
esquecessem de que são juízes, cônscios da sacralidade da missão. Seria também
aconselhável que fossem sempre humildes, não se julgassem seres superiores,
como acontece algumas vezes.
Não é o magistrado empavonado, que se faz credor da admiração pública, mas
justamente o contrário: o modesto, o que não se considera dono da verdade, o
que aceita o voto que diverge do seu voto nas decisões colegiadas.
João Baptista Herkenhoff, Livre-docente da Universidade Federal do
Espírito Santo, Juiz de Direito aposentado, palestrante pelo Brasil afora e
escritor. Acaba de publicar Encontro do Direito com a Poesia – crônicas e
escritos leves (Editora GZ, Rio de Janeiro). Homepage: www.jbherkenhoff.com.br -
E-mail: jbherkenhoff@uol.com.br
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