Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Antonio P. Valle
Para compreendermos adequadamente um
cenário é necessário visualizar o quadro geral no tempo e no espaço. Separar
causa e efeito. Tomar a linha do tempo mapeando os movimentos, percebendo sua
tendência, as opções disponíveis e as que foram efetivadas. Fundamental
conhecer profundamente os protagonistas para penetrar-lhes às intenções,
antecipando-se. A gravidade, a urgência e a tendência de cada elemento
relevante devem ser pesados e medidos.
Vários foram os artigos aqui escritos
que alertaram para o rumo que nosso país estava, e ainda está, se encaminhando.
Tanto o editor Jorge Serrão como seus articulistas escreveram inúmeros textos.
Não faltaram avisos e exortações. Aqueles que acompanham e tem boa memória
sabem disto. Ninguém em sã consciência, exceto o desinformado, pode alegar que
há surpresa no que está ocorrendo em nossa pátria. E porque nada se fez?
Infelizmente, a maioria tem memória
curta. Assim, abaixo farei uma breve recapitulação da parte que me coube.
Comecei a escrever neste espaço
virtual há treze meses atrás com uma série de três artigos intitulados “A
Atividade de Inteligência Militar, os Governos Civis e o Cenário Atual”. Na
primeira parte discorri sobre a gênese da Atividade de Inteligência e o estado
da arte no Brasil, mostrando a importância vital desta atividade, a enorme
distância que nos separa das melhores práticas do setor, a defasagem
tecnológica e metodológica e as surpresas que aguardariam os militares. Na
segunda parte discorri sobre o Sisbin, suas fragilidades, as ameaças reais
existentes, e a necessidade de reformulação urgente de suas práticas. Na
terceira e última parte desta série escrevi sobre o “desmonte” do poder
nacional, dos avisos dados a um general atuante na AI (Atividade de
Inteligência) sobre o perigo dos planos de Lula (e a visão distorcida do
general onde subestimava o potencial destrutivo deles), e da responsabilidade
intrínseca das FFAA pela situação atual devido sua omissão em agir
adequadamente.
No artigo subsequente datado de
outubro de 2013, após esta série de três, intitulado “Quem decide o resultado
das urnas no Brasil?” detalhei a fragilidade do sistema eletrônico e as
vulnerabilidades propositais do mesmo, deixando antever o que aconteceria nas
eleições do ano seguinte.
Em fevereiro de 2014 retornei as
questões estratégicas com o artigo “Movimentos estratégicos para 2014”
demonstrando que os EUA estavam se mobilizando para aumentar seu aparato
militar na América Latina, o que mostrava que eles percebiam os problemas se
aproximando e estavam agindo, ao contrário dos brasileiros.
No artigo seguinte “Limitações de
visão estratégica” mostrei que dos BRIC (não inclui a Africa do Sul que, pelos
critérios iniciais nem poderia fazer parte deste grupo) o Brasil era o único
que estava ficando para trás, principalmente na questão tecnológica e de
poderio militar, o que implica necessariamente em comprometimento da soberania
nacional. Dos quatro é a única colônia subserviente. A desculpa da situação
externa que limitou nosso desenvolvimento foi confrontada com a realidade
destes países que ultrapassaram o Brasil, mesmo submetidos ao mesmo cenário
adverso.
Na sequencia escrevi um artigo
intitulado “Por uma Estratégia de Estado” onde apresentei a metodologia que
permeia o raciocínio base de um grupo de trabalho e fiz uma previsão, ao final,
do que aconteceria com o EB, o que parece se confirmar com a criação do
exército da Unasul. No último artigo chamado “Passos Estratégicos Globais e a
carta Brasil” comecei a apresentação dos maiores protagonistas mundiais que
terão papel destacado nos próximos anos, suas estratégias, a polarização
aparente do poder, os preparativos para o confronto inevitável, alguns cenários
e o papel reservado ao Brasil e a América Latina.
Nas projeções de cenário para os
próximos anos, algumas reveladas no meu último artigo citado acima, fica
bastante clara a alta probabilidade da eclosão de uma grave crise financeira,
pior que a de 2008, e de um conflito bélico em escala considerável. O que virá
primeiro, ou qual dará origem ao outro, é um entendimento ainda não pacificado;
entretanto está pacificado que não existe mais o “se” vai acontecer, a questão
agora é apenas “quando”. Penso que a crise, artificialmente projetada, detonará
o conflito já esperado.
Como já exposto no artigo precedente
a China e a Rússia vem se preparando para esta crise financeira aumentando
sensivelmente suas reservas de ouro. Na verdade esperam poder usá-las para
destronar o dólar de sua posição de moeda de troca mundial e reserva; quebrando
financeiramente os EUA. A resposta estadunidense, num acordo com os seus
aliados árabes, veio na forma de uma redução rápida do preço do barril de
petróleo.
O preço do petróleo em queda, hoje já
abaixo de US$ 66.00 o barril tem impacto direto sobre três países inimigos dos
EUA: a Venezuela, o Irã e Rússia. Estes dependem significativamente do petróleo
para obter divisas fortes, e terão suas economias fragilizadas com graves
consequências. Entretanto, esta estratégia afetará também a economia
estadunidense, uma vez que poderá colocar a indústria do petróleo de xisto em
dificuldades.
As empresas de energia respondem hoje
por aproximadamente 20% de todo o mercado de títulos de alto risco (os Junk
Bonds). No momento em que essas empresas começarem a apresentar dificuldades,
esses títulos começarão a perder valor rapidamente, e certamente haverá sérias
consequências nos maiores bancos. Doravante, se você quiser acompanhar esta
situação, procure observar atentamente o preço do petróleo, o mercado de
títulos junk bonds e os grandes bancos.
Entretanto, a avaliação das agências
é que, mesmo pagando um preço alto, a economia dos EUA pode suportar esta
crise, exceto se o dólar ficar sem credibilidade, como é o plano russo-chinês.
Por outro lado, os rivais dos EUA citados sofrerão consequências devastadoras.
Quanto aos árabes da OPEP, aliados neste esquema, o estrago será pequeno porque
produzem com baixos custos, podendo lucrar mesmo com preços reduzidos, e
possuem grandes reservas financeiras para esperar com paciência.
A lógica é esperar para ver quem vai
à lona primeiro, e a aposta estadunidense é que serão seus rivais. Alguns
analistas acreditam que os EUA e seus aliados estão preparados para reduzir o
preço do petróleo até US$ 35.00 por barril. Neste cenário a crise financeira
será severa e pode inviabilizar o pré-sal brasileiro. A Venezuela irá a pique e
o Irã terá de conter gastos. A resposta da Rússia a esta situação ainda não
está clara.
Uma pista da futura resposta russa
poderá ser sentida num discurso de Vladimir Putin, na reunião plenária final da
sessão da XI Valdai International Discussion Club em Sochi, em 24 de outubro de
2014, onde muitos analistas interpretaram uma parte de seu discurso da seguinte
forma: “A Rússia não deseja que o caos se espalhe, não quer a guerra, e não tem
nenhuma intenção de começar uma. No entanto, hoje a Rússia vê o início de uma
guerra global como quase inevitável, está preparada para isso, e continua a se
preparar para o confronto. A Rússia não quer a guerra, mas também não a teme.”.
Ao falar desta forma, abertamente, é porque ele já tomou as precauções
necessárias. Como se sabe Putin é um homem egresso da KGB, logo discreto e
precavido.
Os preparativos e o pensamento da
China sobre estas questões foram expostas no artigo anterior. Certamente a
China representa hoje uma ameaça aos interesses anglo-saxões-judeus tão
poderosa, ou mais, do que a Rússia.
Os marcianos esperam resolver tudo na
espada, defendendo suas possessões ao velho estilo. Os venusianos acreditam que
a colheita está muito próxima e tudo está indo como o esperado a 95%. Os do
vinho Maldek esperam ressuscitar em breve. Os príncipes laboram seus reais
segredos, tendo pouquíssimos ido em algum lugar abaixo da linha, logo os
restantes se iludem pensando que detêm o verdadeiro poder nos acampamentos. A
Águia, o Urso e o Dragão se movimentam, mas a Serpente continua a controlar o
jogo de dentro de sua toca.
E como fica o Brasil neste cenário?
Os tupiniquins não parecem ver, e agem como néscios. Não tem muitos
representantes na elite que joga o jogo. Seus estrategistas são intelectualmente
acanhados e desprovidos de informação de qualidade. O país nunca foi
capitaneado por uma elite moral ou intelectualmente avançada, como já
identificou o Jorge Serrão. Aliás, as pessoas que estiveram a frente deste
país, salvo raríssimas exceções, sequer merecem um adjetivo elogioso. Foi uma
sucessão de atropelos desde o fim do Império. Em raros momentos formou-se um
grupo para planejar o futuro que tivesse condições objetivas de implementar
seus planos.
As FFAA são um capitulo à parte neste
cipoal. Encontram-se numa situação digna da UTI, e não mostram sinais vitais de
melhora. Os três velhinhos que as comandam transparecem, em suas tristes
figuras, toda a esqualidez e anemia que se abate sobre elas. Atualmente todos
chamam estes comandantes raquíticos de covardes, omissos, traidores, etc....
mas pergunto: quando foi que eles demonstraram ser sequer a sombra dos grandes
generais do passado? Será que os oficiais da reserva perderam a capacidade de
elaborar, coordenar e por em ação planos de emergência? Não tem mais eles
interlocutores na ativa? Vão ficar na dependência dos três velhinhos? Apenas
escrever textos não resolverá esta demanda.
Nem sequer fazer cumprir a lei as
FFAA conseguem mais, tendo ficado emblemático a questão da não aposentadoria
dos comandantes aos 70 anos, e da não cassação da medalha do José Genoino. A
situação está moralmente, eticamente e psicologicamente insustentável. Os
equipamentos antiquados já dão sinal de falência, como foi o caso do acidente
com um Hércules C-130 na Antártica que fez uma aterrisagem de emergência com
risco de explosão, e o vazamento de óleo no navio da marinha brasileira que foi
socorrer, e tinha risco de incêndio.
Quem insiste em dizer que a imagem
das FFAA continua intacta não deve ter lido a VEJA do inicio deste mês, onde um
gerente do tráfico no Complexo da Maré, mesmo lugar onde haviam matado cinco
dias antes o cabo Mikami do EB, orgulhosamente declarou: “Se a gente quisesse,
matava um soldado por dia”. Pelo jeito o EB não põe mais medo nem na pequena
criminalidade. Falar em confronto ou contenção dos grandes predadores militares
internacionais é até risível, as FFAA estão incapazes hoje de enfrentarem
exércitos bem menores, e pelo jeito, até organizações criminosas.
A decisão do Poder de deixar a
Presidente Dilma ganhar mostrou-se acertada. Se o Aécio tivesse ganho teria
agora um imenso desgaste que talvez o enfraqueceria de forma contundente e
vital, uma vez que a ele seriam imputadas todas as decisões impopulares que
este governo já tomou e ainda terá de tomar. Que o desgaste fique com a
criatura que pariu o problema.
Assim, o ano de 2015 promete fortes
emoções. Externamente tudo aponta para uma crise financeira séria com risco de
confronto bélico de proporções imprevisíveis. Internamente o PT se preparou
para o pior. Tem seu próprio exército com efetivo considerável (seus
guerrilheiros já treinam desde 2005 no interior do país com fuzis AK-47 e
uniforme de combate feito na China, trazidos para o Brasil como importações de
tecido em containers de empresa insuspeita. Seus adestradores são cubanos,
venezuelanos, colombianos das FARCs e outros). Possuem ainda vastos recursos
financeiros (fruto dos esquemas cuja pontinha agora foram descobertos) e um
plano bem organizado para cumprir.
Pergunta-se: Quem se oporá? Ou
melhor, com que meios? Sim, há como fazer e não é difícil. Mas para isso muitas
coisas precisam mudar, a começar por reconhecer o problema e as limitações
inerentes com humildade, sendo que este último elemento nunca foi um
ingrediente comum na caserna.
A Águia percebe o movimento e se
prepara, tanto para confrontar como para cooptar. Eles certamente precisam
anular a influência da Venezuela e Cuba, e de uma forma mais extensa do Foro de
São Paulo. Certamente continuarão a fazer movimentos ritmos de bater por baixo
e assoprar por cima. Estender a mão de um lado e manter o porrete na outra.
Se ocorrer desordem social em função
da crise os EUA tem pronto, já há muitos anos, planos detalhados com a FEMA
(Federal Emergency Management Agency), que dispõe de armamento, efetivo e
campos de detenção para lidar com isso. Se acontecer em terras tupiniquins quem
vai botar ordem na casa?
Este é o nono artigo que publico aqui
neste espaço virtual, escrito 400 dias após o primeiro, e como o nove não soma
nem subtrai, mas conduz a uma nova dezena, a uma oitava superior, pelos
costumes e regras escrevi este nono artigo enfeixando os anteriores.
Luiz Antonio Peixoto Valle é
Administrador de Empresas.
6 comentários:
O Ressurgir da Rússia/Índia : para os menos atentos: a Rússia e a Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!
A Revolução Tecnológica : nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos 5 anos!
Eis pois, a Revolução!
Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado é ainda desconhecido e... imprevisível. Uma coisa é certa: as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.
A Europa Morreu : embora ainda estejam projectar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita na "Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro! O "Requiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!
A Destruição da Classe Média : quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.
A Crise Financeira Mundial : desde há 8 meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED, o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado (eufemismo que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero") montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...
Benjamín Solari Parravicini, profeta argentino fallecido en los 70s.
Veremos si este profeta acierta o no. nada se pierde con observar...
http://www.youtube.com/watch?v=Bt9XRmAfJOE
Excelente ponto de vista e analise de uma situação já caótica. Igualmente, não percebo solução a curto prazo mantendo-se os comandantes militares que ai estão.
Prezado Luiz Antônio, congratulações pelo brilhante artigo. Quando você diz "O país nunca foi capitaneado por uma elite moral ou intelectualmente avançada" você certamente se refere apenas às elites políticas da malfadada, desastrada e desastrosa República que se implantou por meio de um golpe em 1889? Pois no Império tínhamos verdadeiros estadistas, comparáveis aos mais brilhantes Pais Fundadores dos EUA, como Thommas Jefferson. Tínhamos José Bonifácio de Andrada e Silva, Evaristo da Veiga, Diogo Feijó, Joaquim Nabuco. Verdadeiros gênios da política. Hoje o Brasil tem lulas, dilmas, temers, kassabs, serras, sarneys, renans , etc (todos em minúsculas). Uma queda colossal, abismal e abissal de qualidade e capacidade dos políticos aconteceu entre um regime e outro neste país. No Império se digladiavam gigantes políticos. Na República, uma procissão sem fim de figuras bizarras, medíocres e abaixo da medíocridade. Uma dilma não seria eleita nem para vereadora de câmara municipal de interior na época do Império.
No meio militar, se pode aplicar o mesmo raciocínio entre a época imperial e atual. A comparação das figuras de proa daquela época com as de hoje é chocante. No Império, se destacavam Luis Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias), Joaquim Marques Lisboa (Marquês de Tamandaré), Francisco Manuel Barroso da Silva (barão do Amazonas), Manuel Luis Osório. Hoje temos uma figura como Enzo Peri aferrado como craca ao seu cargo de ministro do Exército, sem maiores preocupações com o fato de seus colegas na reserva estarem sendo achincalhados pela comissão da mentira. No Império, os comandantes se preocupavam com estratégias de longo prazo, com o papel do Brasil no mundo, e eram altivos na lida com os governantes. Os comandantes de hoje se preocupam mais com suas aposentadorias e em bajular os governantes de plantão. Mesmo os comandantes de algumas décadas atrás eram incomparavelmente melhores, mais capacitados. Tempos de Mourão Filho, Castello Branco. Hoje, não temos nem sombra desses gigantes.
Você vê alguma esperança para a situação do Brasil neste nefasto regime republicano? Se fosse simples, seria o caso dos militares pedirem desculpas pelo golpe de 1889 e entregarem, com o apoio popular, o poder para a família imperial do Brasil. Mas a maioria da população sequer sabe o que representou o Império na história brasileira. Não sabem que foi José Bonifácio nem D. Pedro I ou D. Pedro II. Talvez boa parte da população imagine que lula é que fundou o Brasil.
Faço uma conjectura: se não tivessse havido o golpe de 1889, o Brasil seria hoje um país desenvolvido e o pt não teria chegado ao poder. Não teria havido Getúlio Vargas, regime militar de 64, sarney, collor, lula, dilma.
Grato se puder me responder.
Caro Luiz Oliveira,
Inicialmente peço desculpas pela demora em responder-lhe, pois viagens de fim de ano mantiveram-me distante das atividades rotineiras.
Sim, quando critiquei a qualidade das elites referi-me em particular ao período republicano. Tristemente esta qualidade continua a despencar, tanto no aspecto moral quanto intelectual, mesmo no ambiente militar.
Recentemente li um artigo de um militar em que ele reconhecia o erro cometido pelo Exército ao proclamar a Republica. Ainda bem.
Quanto a sua conjectura parece razoável supor que, com alto grau de probabilidade, nossa pátria teria destino mais feliz caso o Império tivesse se prolongado, tendo na monarquia parlamentarista seu esteio.
Entretanto, quando falamos de conjecturas falamos de probabilidades.
Hoje a deficiência brasileira de mentes pensantes, que tenham um aparato sensório de qualidade para compreender/sentir e participar de Grupos Superiores de Inteligência é desconcertante, e os brasileiros estão ficando quase sem representantes nos círculos internos.
O que já era pouco hoje está raríssimo.
Em meus artigos passei várias informações nas entrelinhas, bem como uma linha geral de cenários futuros de alta probabilidade de ocorrência, segundo planos estabelecidos.
Leia-os com atenção mais de uma vez e colherá alguns frutos interessantes. É apenas uma sugestão.
Espero ter sido útil.
Abraço,
Luiz Antonio
Caro Luiz Oliveira,
Inicialmente peço desculpas pela demora em responder-lhe, pois viagens de fim de ano mantiveram-me distante das atividades rotineiras.
Sim, quando critiquei a qualidade das elites referi-me em particular ao período republicano. Tristemente esta qualidade continua a despencar, tanto no aspecto moral quanto intelectual, mesmo no ambiente militar.
Recentemente li um artigo de um militar em que ele reconhecia o erro cometido pelo Exército ao proclamar a Republica. Ainda bem.
Quanto a sua conjectura parece razoável supor que, com alto grau de probabilidade, nossa pátria teria destino mais feliz caso o Império tivesse se prolongado, tendo na monarquia parlamentarista seu esteio.
Entretanto, quando falamos de conjecturas falamos de probabilidades.
Hoje a deficiência brasileira de mentes pensantes, que tenham um aparato sensório de qualidade para compreender/sentir e participar de Grupos Superiores de Inteligência é desconcertante, e os brasileiros estão ficando quase sem representantes nos círculos internos.
O que já era pouco hoje está raríssimo.
Em meus artigos passei várias informações nas entrelinhas, bem como uma linha geral de cenários futuros de alta probabilidade de ocorrência, segundo planos estabelecidos.
Leia-os com atenção mais de uma vez e colherá alguns frutos interessantes. É apenas uma sugestão.
Espero ter sido útil.
Abraço,
Luiz Antonio
Prezado Luiz Antônio:
Grato pela sua resposta. Irei, assim que possível, reler seus artigos. Espero que você continue a publicar suas brilhantes reflexões no Alerta Total
Grande abraço
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