Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja
Em 2008, o experiente jornalista do
Washington Post, David s.Broder comparou inocentemente as táticas do senador
Barak Obama para esconder seu passado, às táticas militares que pilotos
utilizam para se protegerem quando voam sobre um alvo fortemente defendido por
armamento aéreo: “Eles liberam uma nuvem de fragmentos de metal fino, contando
que, com isso, confundam a mira das granadas ou mísseis que estão sendo
lançados em sua direção”. Também é uma boa descrição da glasnost, que é
uma velha palavra russa para o ato de maquiar a imagem do governante, ou
pretendente a governante.
Um dos objetivos prioritários da glasnost é
esconder o passado do líder, dando-lhe uma nova identidade política. A glasnost de
Stalin foi planejada de modo a ocultar seus crimes terríveis, retratando-o como
um deus na terra. A glasnost de Kruschev consistiu em criar uma pacífica
fachada internacional para o homem que trouxe os assassinatos políticos do
Kremlin para o Ocidente – como provado pela Corte Suprema da Alemanha
Ocidental, em outubro de 1962, durante o julgamento público de Bogdan
Stashinsky, um ex-oficial do KGB que fora condecorado por Kruschev por
assassinar inimigos da União Soviética que viviam no Ocidente -.
Ceausescu, que obteve a patente de
general após freqüentar, em segredo, uma escola para comissários políticos, do
Exército Vermelho, em Moscou, direcionou sua glasnost no sentido de
ocultar seu passado, retratando-se como um Napoleão romeno. Gorbachev,
recrutado pelo KGB quando estudava na Universidade Estatal de Moscou, planejou
sua glasnost de modo a ocultar seu passado, retratando si próprio
como um líder mágico que exibia uma atraente “senhorita KGB” aos
correspondentes ocidentais, enquanto garantia transformar a União Soviética em
uma “sociedade marxista de pessoas livres”(comentário meu: uma piada!).
Portanto, a campanha de 2008 para a
Casa Branca foi um grande dejá vu. Um replay de uma das campanhas
eleitorais de Ceausescu. A mídia de Ceausescu pintava a Romênia do seu
antecessor Gheorghiu-Dej, como um país decadente, corrupto e economicamente
devastado, e pedia que o país fosse transformado por meio da redistribuição de
sua riqueza. Era uma campanha de DESINFRMAÇÃO.
Do mesmo modo, a mídia americana
tradicional pintava a América como um reino capitalista decadente, racista e
predatório, incapaz de oferecer assistência médica aos pobres, de reconstruir
suas escolas “caindo aos pedaços”, ou de substituir as “fábricas fechadas que
outrora deram uma vida decente a homens e mulheres de todas as raças”. E
prometia que essa realidade poderia ser transformada por meio da
redistribuição da riqueza do país. Também era uma campanha de DESINFORMAÇÃO.
Da mesma forma como Ceausescu adorava
relembrar a todos que alguém tão grande como ele “só nasce a cada 500 anos”, o
senador Barak Obama proclamou, de modo prodigioso: “Nós somos aqueles pelo qual
vocês estavam esperando”, habilmente utilizando “nós”, para transmitir seu
verdadeiro significado: Eu sou aquele pelo qual vocês estavam esperando.
Entrementes, a sede da campanha de Obama, em Houston, tinha em seu muro um
grande cartaz do ídolo comunista Che Guevara, como foi revelado pela afiliada
local da Fox News.
O Partido Democrata e a mídia
retratavam Obama como um messias americano, e o senador concordou: no dia 8 de
junho de 2008, durante um discurso eleitoral em New Hampshire, ele declarou que
o início de sua presidência seria “o momento em que as ondas do oceano
começariam a baixar e o nosso planeta começaria a sarar”.
Uma vez eleito, durante os seus
primeiros 231 dias na Casa Branca, o presidente Obama fez 263 discursos, todos
eles essencialmente centrados nele próprio. No seu discurso de 2010, da União
do Estado, a palavra “eu” apareceu 76 vezes. Em 2011, ao anunciar que as bravas
forças militares americanas tinham matado Osama bin Laden, Obama usou as
palavras “eu”, “me”, “mim”, “meu”, ”minha” e variações, um total de
13 vezes em seu curto discurso de 1.300 palavras.”Eu instrui o diretor da
CIA..,. Eu me reuni várias vezes com o meu Conselho de Segurança Nacional... Eu
determinei que tínhamos material de Inteligência suficiente para entrar em
ação... Sob minhas ordens os EUA iniciaram uma operação contra aquela construção
em Abbottabad, no Paquistão”. No discurso de 2012 da União do Estado, a palavra
“eu” apareceu 45 vezes, e a palavra “mim”, ’13 vezes. A essa altura, ele estava
na Casa Branca há 1.080 dias e tinha feito 726 discursos. O Usa Today observou
que, ao fim do seu primeiro mandato, o presidente Obama tinha feito 1.852
discursos, observações em público e comentários.
Discursos voltados para si próprios
sempre foram uma faceta importante da glasnost. De fato, com o passar do
tempo, o marxismo se tornou um mero veículo utilizado pelos governantes “marxistas”
para construir discursos de glasnost objetivando a promoção de si
próprios, assim demonstrando a prodigiosa adaptabilidade do marxismo. Os
discursos de glasnost de Lenin alteraram o marxismo a tal ponto, que
seus seguidores terminaram por chamá-lo de leninismo. Stalin colocou o
marxismo, o leninismo, a dialética de Hegel e o materialismo de Fuerbach, numa
única tigela de glasnost e preparou sua própria doutrina política
amplificada, que apelidou de “marxismo-leninismo-stalinismo”. Os discursos de glasnost de
Ceausescu eram uma mistura ridícula de marxismo, leninismo, stalinismo,
nacionalismo, arrogância romena e adulação ludibriadora chamada ceausismo.
Todos os seus discursos eram escorregadios, vagos e mutáveis; com eles,
preencheu 24 volumes de suas obras reunidas sem ser capaz de descrever em que
realmente consistia o seu ceausismo!
No caso de Obama, quando ele estava
concorrendo à presidência pela primeira vez, em 2008, as políticas de sua maior
preferência e seu histórico de eleitores, revelaram claramente que ele era “o
candidato mais esquerdista até então indicado por um partido para a presidência
dos EUA”. E quem não recorda o seu comentário marxista descarado destinado
a “João Ninguém”, três dias antes do último debate presidencial, de que “quando
você distribui a riqueza é bom para todos”.
O presidente Obama é um jovem
político brilhante que foi picado pelo mosquito marxista e que, claramente,
acredita que a mudança do capitalismo para o socialismo é aquilo de que os EUA
realmente precisam. Concorrer à presidência como um socialista em segredo,
contudo, implicou navegar em águas desconhecidas, e parece que o senador
resolveu encobrir sua ideologia radical comparando-se a Ronald Reagan e, após
sua eleição, a Abraham Lincoln e Teddy Roosevelt.
É claro que todas as pessoas querem
que seus líderes políticos sejam melhores que os antecessores. Mas a
quintessência do marxismo émudança, a qual é construída sobre o princípio do
materialismo dialético de que mudanças quantitativas geram transformações
qualitativas. Assim, mudança – por meio da redistribuição da riqueza
do país – se tornou o slogan eleitoral de todos os países do bloco
soviético.
Mudança, por meio da redistribuição
da riqueza, também se tornou o slogan eleitoral do Partido Democrata durante a
campanha eleitoral de 2008. As pessoas sempre adoram um almoço gratuito. Não é
de estranhar que o Partido Democrata tenha enchido estádios inteiros de pessoas
que pediam que a riqueza fosse redistribuída. Alguns desses aglomerados
eleitorais pareciam os encontros de renovação de fé feitos por Ceausescu. Mais
de 80 mil pessoas estavam reunidas em frente ao agora famoso Templo Grego
similar à Casa Branca, que foi erguido em Denver, para pedir que a riqueza da
América fosse redistribuída. Foi um magnífico espetáculo de DESINFORMAÇÃO.
De acordo com uma emenda de 12 de
março de 2008, apresentada ao Senado pelo senador Wayne Allard – republicano do
Colorado -, financiar 111 dos 138 aumentos de impostos propostos até aquele
momento pelo Partido Democrata, roubaria US$l,4 trilhão de empresários e outros
pagadores de impostos pelos próximos 5 anos. Essa gigantesca redistribuição de
renda faria com que a taxação de pessoas que ganham US$104.000 ao ano, subisse
para 74% - US$12.000 -, e que a de pessoas que ganham mais de US$365.000,
subisse 132% - US$93.500 -, mas também afetaria significativamente o pagador de
impostos comum, que ganha US$62.000, cuja taxação subiria 61% - US$5.300 -.
Milhões de jovens americanos que não
pagavam impostos vibraram, assim como a maioria das pessoas pertencentes aos
38% de pais e mães de família, eximidos de pagar impostos na época. Estavam,
claro, animados com a perspectiva de que uma administração democrata forçaria
os ricos da América a pagar parte da assistência médica, das hipotecas, dos
empréstimos e dos custos do ensino dos demais, e assim correram a apoiar os
candidatos democratas.
O Partido Democrata venceu a eleição
para a Casa Branca e teve maioria nas duas Casas do Congresso. Logo os novos
líderes políticos dos EUA começaram a se transformar numa nomenklaturaao
estilo Ceausescu – no bloco soviético, a classe de elite da qual advêm aqueles
que são nomeados para cargos de cúpula do governo – com Poder sem limites. Essa
nova nomenklatura começou a governar o país em segredo, assim como o
fez anomenklatura de Ceausescu. “Nós temos que fazer o orçamento ser
aprovado para que então vocês saibam o que ele contém”, disse, certa vez, à
mídia, a então líder da nomenklatura da Câmara, Nancy Pelosi. Era
algo sem precedentes na história americana. Não demorou muito para que essanomenklatura –
essa nova classe arrogante - começasse a controlar bancos, hipotecas,
taxas escolares, fabricantes de automóveis e a maior parte da indústria de
serviços de saúde.
Quando dezenas de milhares de
americanos discordaram da transferência de riquezas de mãos privadas para as do
governo e passaram a defender os valores americanos tradicionais, anomenklatura do
Congresso as chamou de “extremistas” e potenciais “terroristas”. Também era
assim que a ditadura de Ceausescu chamava os seus críticos.
No dia 7 de fevereiro de 2009, a capa
daNewsweek, à época a segunda maior revista de notícias dos EUA, anunciou: “Agora
Somos Todos Socialistas”. Foi exatamente isso que o jornal de Ceausescu, o Scinteia,
afirmou, após ter transformado a Romênia em um monumento à sua própria pessoa.
A mudança da Newsweek produziu os mesmos resultados que a mudança do Scinteia,
numa escala americana. Mais de 14 milhões de americanos perderam seus empregos
e 41,8 milhões de pessoas passaram a receber vales-alimentação. O crescimento
do PIB desabou de 3% a 4% para 1,6%. A dívida nacional subiu para nunca vistos
US$ 13 trilhões ao ano, e calcula-se que chegue a US$ 20 trilhões em
2019. (Observação minha: semelhante ao que está ocorrendo no Brasil,
hoje, ao final do desastroso governo da comunista Dilma Rousseff, patrocinado
pelo Partido que se intitula dos Trabalhadores!).
Scinteia foi à falência. Em
2010, o Newsweek foi vendido por uma bagatela. E mesmo sob uma nova
direção e sob novo aporte financeiro, publicou sua última edição impressa em
dezembro de 2012. Também em 2010, um membro danomenklatura do Congresso, a
resoluta admiradora e visitante de Cuba, a republicana Maxine Waters, começou a
pregar que o futuro da indústria americana do petróleo era o socialismo,
rapidamente voltando atrás, em linguagem mais amena, ao perceber o que estava
dizendo: “Defendo a socialização, é... é..., basicamente o governo administrar
todas as nossas companhias”. Em 1948, quando a nomenklatura romena
nacionalizou a indústria do petróleo, o país era o segundo maior exportador da
Europa. 30 anos depois, a Romênia era uma grande importadora de petróleo, sua gasolina
era racionada, a temperatura em locais públicos tinha de ser mantida abaixo de
17 graus e todas as lojas tinham de fechar no máximo às 17:30 hrs, para
economizar energia.
Poucos comentaristas políticos
conservadores alertaram que o marxismo estava infectando os EUA. Infelizmente,
com raras exceções, líderes tanto do Partido Democrata como do Republicano
falharam em não alertar o país para esse perigo. Parece que ninguém acredita
que seja possível que os EUA, o líder do Mundo Livre, possam ser vulneráveis ao
vírus do marxismo. É outra conseqüência da DESINFORMAÇÃO.
Após vencer as eleições de 2008, o
Partido Democrata começou a transformar os EUA em um monumento ao seu líder.
Deus me livre de comparar o presidente Obama a Ceausescu ou a qualquer outro
monstro do bloco soviético – acredito firmemente que o primeiro presidente
negro deve ter lugar de honra na história de nosso país -, mas realmente noto
algumas coincidências que podem dar ensejo a reflexões. Finalmente, abaixo, uma
lista parcial de projetos e locais que receberam o nome do presidente Barak
Obama:
- Califórnia: Estrada Obama, em
Seaside; Instituto de Ensino Barak Obama, em Compton; Academia de Preparação
Global Barak Obama, em Los Angeles; Academia Barak Obama, em Oakland.
- Flórida: Estacionamento Presidente
Barak Obama, em Orlando; Avenida Barak Obama, em Opa-locka; Bulevar Barak
Obama, em West Park.
- Maryland: Escola de Ensino
Fundamental Barak Obama, em Upper Marlboro.
- Missouri: Escola de Ensino
Fundamental Barak Obma,em Pine Lawn.
- Minnesota: Escola Técnica Barak e
Michelle Obama, em Saint Paul.
- New Jersey: Academia Barak Obama,
em Plainfield; Instituo Verde de Ensino Barak Obama, também em Plainfield.
- New York: Escola de Ensino
Fundamental Barak Obama, em Hempstead.
- Pennsylvania: Escola de Ensino
Médio Obama, em Pittsburgh.
- Texas: Academia de Liderança para
Homens Barak Obama, em Dallas.
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O texto acima é o resumo de um dos
capítulos do livro “Desinformação”, escrito pelo Tenente-General Ion Mihai
Pacepa – foi chefe do Serviço de Espionagem do regime comunista da Romênia.
Desertou para os EUA em julho de 1978, onde passou a escrever seus livros,
narrando importantes atividades do órgão por ele chefiado, e que influenciaram
diretamente alguns momentos históricos do Século XX -, e pelo professor Ronald
J. Rychlak - advogado, jurista, professor de Direito Constitucional na
Universidade de Mississipi, consultor permanente da Santa Sé na ONU, e autor de
diversos livros -. “Desinformação” foi editado no Brasil em novembro de
2015 pela editora CEDET.
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Teste proposto pelo Olavão
Do sempre provocador Olavo de Carvalho, no Facebook:
Faça este teste - Pegue um universitário brasileiro e pergunte:
-- Você segue alguém ou pensa com a própria cabeça?
Em cem por cento dos casos, a resposta será:
-- Com a minha própria cabeça. Tenho pensamento crítico.
Em seguida mostre a ele dois documentos -- o alistamento militar do Obama com a data visivelmente falsificada e um artigo de jornal jurando que os documentos do Obama são autênticos -- e descobrirá que em 99,9999999 por cento dos casos o pensador crítico acredita antes na opinião do jornal do que nos seus próprios olhos.
Do sempre provocador Olavo de Carvalho, no Facebook:
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Em cem por cento dos casos, a resposta será:
-- Com a minha própria cabeça. Tenho pensamento crítico.
Em seguida mostre a ele dois documentos -- o alistamento militar do Obama com a data visivelmente falsificada e um artigo de jornal jurando que os documentos do Obama são autênticos -- e descobrirá que em 99,9999999 por cento dos casos o pensador crítico acredita antes na opinião do jornal do que nos seus próprios olhos.
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