Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
O Governo
de Jair Bolsonaro e Antônio Mourão deverá resolver (ou não) um polêmico dilema
na prevenção e combate à corrupção. Até que ponto esta é (ou deve ser),
realmente, uma “prioridade”, um objetivo nacional permanente? A dúvida merece
atenção em função de uma outra questão que exige uma resposta sensata, realista
e verdadeira: A corrupção é causa ou conseqüência do modelo estatal brasileiro?
Tudo indica
que a corrupção é conseqüência não só do modelo estatal, mas também da cultura
dominante na sociedade brasileira. O problema é que qualquer hipótese pode nos
levar a conclusões erradas. Tais erros tendem a atrapalhar a formulação correta
de medidas para prevenir e combater a corrupção. O negócio é confuso. Tanto
fabrica “heróis” quanto “bandidos”. Tudo dependerá da ótica criminosa ou não. Também
vai depender da qualidade e intensidade da punição ou da impunidade. Vale levar
em conta, ainda, o senso de Justiça ou de rigor seletivo.
Prevenir,
combater ou ser conivente com a corrupção? No Brasil, paece muito consistente a
versão de que a corrupção sistêmica é utilizada para manter a Nação
artificialmente na condição de País subdesenvolvido. Se tal hipótese for correta,
é fundamental, primeiro, debater, definir e colocar em prática um Projeto
Estratégico de Nação? Que Brasil queremos? Que Brasil é possível colocar em
prática? O que precisa mudar? Dá para cumprir o desejo de “Mais Brasil e menos
Brasília”? A maioria do povo quer, realmente, mudança estrutural? Ou vamos
fazer o jogo do “Mecanismo”, promovendo apenas reformas que não mexam no
essencial?
Temos
muitas perguntas sem respostas muito claras. O debate é extremamente
paupérrimo. O eleitorado que elegeu a chapa Bolsonaro Mourão deu o ultimato de
que deseja um rompimento com a organização criminosa. O problema é constatar
que o Crime só se organiza com a conivência ou parceria com a máquina estatal.
Crime Organizado é associação delitiva entre servidores públicos (incluindo os
políticos) e criminosos de toda espécie. Daí, mais uma dúvida: é possível mexer
no vespeiro por dentro da máquina?
Aí entra o
desafio do Governo Bolsonaro/Mourão. Por sugestão de Paulo Guedes (a versão não
foi desmentida), Sérgio Moro aceitou ser Superministro da Justiça, pedindo
exoneração do Judiciário, para seguir no desafio de combater a corrupção
sistêmica. O projeto de Moro terá mais força (e prioridade) que o projeto de
mudança estrutural ou reforma do Estado brasileiro que é missão de
Bolsonaro/Mourão? Qual o problema mais grave: os corruptos ou a máquina estatal
e o sistema cultural que os cria, sustenta e multiplica?
Tantas
dúvidas sem resposta correta exigem muita cautela e prudência estratégica na
prevenção e combate à corrupção.
Resumindo:
É recomendável tomar cuidado com a prioridade a ser definida politicamente. Um
erro pode causar um desastre inimaginável.
O Crime
Institucionalizado e suas facções parecem prontos para uma contra-ofensiva.
Lembremos da covarde facada no Bolsonaro – caso ainda sem solução policial...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente,
analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e
estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade
objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e
Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 25 de Novembro de 2018.
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Um comentário:
Se o presidiário cometeu crimes, em... 2014, 2015, 2016, tem que pagar todos. Não é perseguição, é combate ao crime organizado. Ele vai ficar enrolando e faturando os bilhões do PT.
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