Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
Todo mundo
sabe que o Brasil é uma Jabuticaba. Consegue ser diferente de tudo, para as
coisas boas e ruins. Tem a mania de copiar “idéias fora do lugar”, excelentes
para outros países e ruins por aqui. A suposta solução “privatizar tudo” é uma
das manias - adotadas pela imposição do discurso econômico mais libertino que
liberal, mais dependente que soberano.
Não é fácil
romper com o Capimunismo tupiniquim. Temos um modelo estatal intervencionista,
viciado em sugar impostos dos cidadãos e das empresas para sustentar uma
burocracia que consome, cada vez mais, recursos públicos, sem a devida
contrapartida à sociedade. No discurso, Bolsonaro foi eleito para romper com
isto e colocar o Brasil na rota do Capitalismo básico.
No entanto,
na prática, no mundo real, uma pergunta não quer calar: Será que o Governo de
Jair Bolsonaro vai (ou pode) repetir velhos erros do passado recente? Ainda é
cedo para afirmar que vai... Porém, já dá para advertir que pode reeditar
antigas cagadas... Uma delas é o modelo de privatização criado na Era FHC. O
negócio, com jeitinho de negociata, ficou conhecido como “privataria”.
Foi uma
“desestatização” que pecou por duas falhas gritantes: vendeu empresas abaixo do
preço e negociou concessões sem gerar uma benéfica concorrência (princípio
básico do Capitalismo). Em vez de serviços com qualidade e a preços baixos,
foram criados, na prática, empresas que operam como verdadeiros cartéis. Tudo
supostamente regulado por “Agências” – no melhor estilo soviético – sempre dominadas
pelos interesses dos controladores das empresas.
Exemplos de
ineficiência e carestia não faltam: pedágios caríssimos, energia idem,
telefonia com tarifas abusivas e serviços que deixam a desejar. O País sofre e
terá dificuldades de retomar o crescimento com uma Internet cara e aquém da velocidade
e do alcance desejável de universalização. Aliás, o consumidor paga impostos
absurdamente elevados nas contas de eletricidade e telecomunicações. E o
serviço é uma legítima “merda”...
No
histórico 22 de janeiro de 2019, o Presidente Jair Bolsonaro foi uma das
estrelas do Fórum Econômico Mundial, em Davos, nos geladíssimos Alpes Suíços.
Bolsoanro deu o recado que tinha de dar: o Brasil mudou de direção (e gestão),
e o País está pronto para receber investimentos e fluxo de turismo. Bolsonaro
prometeu garantir a segurança e combater a corrupção. Mas o que os
controladores globalitários da economia queriam ouvir? O compromisso de campanha
sobre “privatizações”...
Bolsonaro e
seus principais ministros (Paulo Guedes, Sérgio Moro, Agusto Heleno e Gustavo
Bebiano) participaram de uma reunião fechada, em uma sala exclusiva, com os
CEOs e controladores das maiores empresas do mundo. Rolaram perguntas com papos
furados, como perguntas sobre proteção da Amazônia e defesa dos indígenas. Os
investidores cobraram a tal “reforma da previdência” (prioridade máxima dos
banqueiros) e indagaram sobre privatizações. O que se falou lá em Davos só quem
participou terá certeza.
Aqui, diretamente
do quarto andar do Palácio do Planalto, quem tratou do assunto Davos em
entrevista à Bloomberg, foi o General Carlos Alberto dos Santos Cruz –
um dois militares brasileiros mais prestigiados pela ONU e que ocupa a Secretaria
de Governo do Brasil. Cruz é quem cuida do Programa de Parcerias em
Investimentos (o PPI) que tem potencial para arrecadar R$ 7,6 bilhões com a
concessão para a iniciativa privada de 12 aeroportos e uma ferrovia (a mais
extensa do Brasil).
O General Santos Cruz repetiu um dos lemas do Governo Bolsonaro: "O
máximo de privatizações e o mínimo de estatais". Outra máxima do
Secretário de Governo: “O que interessa para o cidadão é a qualidade e o preço dos serviços e o Estado não é focado nisso". Reclamando do
“inchaço da máquina pública por motivações ideológicas”, Santos Cruz comentou: “Uma
coisa é nacionalismo e outra é o estatismo irresponsável, são duas coisas muito distintas. Na mão de
pessoas que a usam para projeto de poder, quanto maior for a
estrutura pública, melhor. Vivi na Rússia, sei como é".
O General não falou, porém não tem nada mais parecido com a União
Soviética que o Brasil Capimunista. Por isso, é preciso muito cuidado com a
modelagem das privatizações e concessões no Governo Bolsonaro. Não é
recomendável repetir as velhas Parcerias Público Privadas, nas quais os
governos entraram com a (nossa grana), via empréstimos caríssimos, e os empresários
ficaram com a arrecadação. Tal modelo é lindo, lindo, lindo... Só que para os
investidores de araque... Para o cidadão-consumidor é uma merda...
Bolsonaro
tem o desafio de oferecer oportunidades de negócios e investimentos no Brasil,
tentando o milagre de manter nossa soberania – coisa que a Oligarquia
Financeira Transnacional nunca permitiu, tanto que usou o esquerdismo tacanho
e corrupto para governar mal e manter o
País artificialmente na miséria.
Por isso, privatizar por privatizar é o mais
do mesmo. Tal erro não pode, nem deve, ser repetido... Ou seremos a mesma nação
subdesenvolvida de sempre... O fundamental será incentivar empresas a entrarem em concorrência direta com o que for vendido ou concedido à iniciativa privada. Além disso, o dinheiro para financiar as "privatizações" deve vir dos próprios investidores, e não dos BNDES da vida ou por empréstimos impagáveis que o governo contrata lá fora...
Não será
fácil transformar um Brasil Capimunista em Capitalista. No entanto, Bolsonaro
foi eleito para cumprir tal missão que sempre pareceu (e ainda parece) impossível.
O Brasil tem de se integrar ao mundo – e não se entregar mais ainda, como
sempre ocorreu. Será que conseguiremos?
Eis o
desafio no País que é uma Jabuticaba – mas que agora é comandado de forma
inédita no mundo: um governo de militares eleitos pelo voto direto da população,
impedindo o golpe militante e meliante de uma esquerda burra e corrupta.
Solta a
vinheta com a voz do imortal Edmo Zarife: “Brazil-zil-zil-zil-zil”...
Reveja os vídeos da segunda edição de ontem: Bolsonaro acerta
o alvo em Davos
É pra casar...
Os empresários que pretendem investir no Brasil
saírão de Davos apaixonados pelo flamenguista Paulo Guedes.
O Ministro da Economia de Bolsonaro afirmou que a
intenção do governo é reduzir de 34% para 15%, em média, a carga de impostos
paga atualmente pelas empresas no Brasil.
Lembrando que nos EUA a carga sobre o setor
produtivo é de 20%, Paulo Guedes explicou o óbvio ululante:
"Então, se o Brasil não baixar o imposto para
as empresas, nenhuma empresa vai para o País. Acaba indo para os outros
lugares".
Para tristeza e
inveja dos flamenguistas...
O Vasco superou o Corinthians nos pênaltis fará a
final da Taça São Paulo de Futebol Júnior.
O adversário é o São Paulo, no dia do aniversário de
465 anos da cidade de São Paulo, às 15h 30min, no Estádio Municipal do
Pacaembu.
Aos rubro-negros, que foram campeões no ano passado,
só resta morrer de inveja na 50ª decisão entre paulistas e cariocas na
“Copinha”...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 23 de Janeiro de 2019.
2 comentários:
Fornecerei um dado importante a esse blog,que confirma o seu conteúdo. A antiga telefônica do RS era a CRT(Cia.Riog.de Telec,),que era do Estado,e também foi privatizada,adotava critérios tarifários nos quais o valor mensal básico (tarifa básica) p/ assinatura de telefone fixo era de 0.70 centavos,mais as ligações urbanas excedentes a 90 por mês,as interurbanas e os outros eventuais serviços. Foi só privatizar e num só "canetaço" a chamada tarifa básica deu um extraordinário "salto",passando de R$ 0,70 para mais de R$ 8,00 mensais,sem qualquer investimento adicional nos serviços,e pelos mesmos serviços. Nesse período ,a política entreguista do Governo FHC e seus "satélites" tinha por norma "sacrificar" as tarifas e "judiar" ao máximo das prestadoras para que as privatizações se tornassem necessárias. Mas foi uma necessidade construida pelo próprio Governo para seus agentes depois "mamarem" na corrupção da "privataria tucana".Centenas de ações judiciais contestaram essa bandalheira. Mas o "Supremo" acabou homologando toda essa bandalheira.
Acho que a presidente do PT está conversando demais com a Dilma. Endoidou de vez.
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