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Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva
O presidente Bolsonaro, muito
ressabiado com a inconstância percebida nas atitudes dos atuais governantes das
grandes potências militares, chamou seu ministro da defesa e lhe fez uma
solicitação:
-"General Fernando, o
senhor me faça o favor de levantar o tempo que a armada britânica levou para
deslocar das docas domésticas para o entorno das Ilhas Malvinas. Em seguida,
vamos fazer uma reunião, a portas fechadas com os comandantes das três FFAA.
Ah! Já ia me esquecendo, procure saber a quantas anda o projeto VDR-VETOR DE
RESPEITO-1500 que eu determinei fosse reativado desde o dia de minha posse.
Afinal, já completou um mês e as expectativas com a volta das atividades do
Congresso me deixaram muito absorvido até então.
- Presidente eu também acho
esta decisão de importância vital para o alcance do estágio de dissuasão extra
regional, entretanto...
- General, eu sei, existe um
acordo, mas, o senhor sabe melhor do que eu, diz aquele velho ditado
"acordos existem para serem rasgados", e este meu caro foi um acorde
lesivo ao direito legítimo que tem o País de possuir FFAA que, ao invés de
lutar, sejam antes de tudo capazes de dissuadir. Não, não podemos aceitar
limites em nossa soberania. Nosso território, 'cantado e decantado em versos
como o grande provedor mundial de alimentos pela chamada comunidade
internacional, constantemente, tem sido objeto de maledicências
contundentes, hoje mais do que nunca, reforçadas pelo projeto chamado de
"TRIPLO A", por sobre a calha norte do Rio Amazonas.
- Dê ordens, também, para
que as três baterias de ASTROS II, do 6 GAFM (note meu caro ministro, são
apenas "3"), diga-se de passagem muito mal localizadas em FORMOSA/GO,
sejam distribuídas nos seguintes destinos: BOA VISTA/RR ou MACAPÁ/AP,
BELÉM/PA e SANTOS /SP, esta última que reforça a subunidade/tipo
do CFN no Rio de Janeiro/RJ, ambas face ao prés sal (ah! general, ia me
esquecendo, e aquela determinação que eu dei de transferir todos os recursos
destinados a blindados para o projeto ASTROS 2020? Temos que botar
rodando no mínimo o equivalente a mais dois GAFM (3 + 3= 6 baterias)
pelo menos até o final deste ano. Isto que precisamos rezar muito para que um
Trump/Putin não"durma de toca" até o ano que vem...
- Meu caro Fernando, quem sabe
os VDR -1500 não pintem no quintal até o final do ano?
- Presidente, e a nossa MB?
- General, já vamos tratar da
Força Naval. Fernando, note bem, eu gostaria que as baterias cerrassem, pelo
menos, até o final do mês de fevereiro para suas novas sedes.
- Presidente, vamos ter que
aquartela-las em seus novos destinos. Eu fico pensando de preferência em
unidades de artilharia já existentes nas cidades. Existe em BOA VISTA/RR uma,
em SANTOS/SP tem outra e em MACAPÁ/AP o BIS. Nada que contrarie a doutrina na
medida que uma unidade pode ser integrada com até mais duas subunidades,
além do fato que existiria apenas uma subordinação administrativa, sem
interferência no seu emprego operacional peculiar.
- Grande Fernando, e a Marinha
de Tamandaré? Como é que a FN poderia correr atrás do prejuízo?
- Meu presidente, eu tenho
conversado com alguns almirantes e eles estão pensando seriamente em proporcionar
"garras e dentes" ao pouco que dispõem ainda navegando. Na
expectativa de serem brindados também, no mais curto prazo, com os VDR-1500,
falam sem reservas em instalar duas seções de vetores em seus navios de
escolta, uma com o míssil anti navio EXOCET de alcance 70 KM, e outra com
o AVM MATA MOSQUITOS-300 do EB, esta que permitiria bater no inimigo com
alcance maior do que o obtido pelo Exército, limitado pela linha do
litoral/costa.
- Sim ministro, essa nossa
Marinha de Guerra deve estar com água na boca para aumentar seu poder de
fogo. Mas e os nossos "5" submarinos convencionais Fernando?
Será que vamos deixá-los em "banho maria" até que cheguem os SUFFREN?
Não haveria um jeito desses submergíveis se tornarem capazes de lançarem
mísseis, mesmo que convencionais, na situação de submersos? Não, não estou
inventando nada, os mísseis russos de cruzeiro que alcançaram o ISIS em 2015
foram lançados de submarinos convencionais. Ministro, e a aviação naval? Os
homens do mar mal se livraram do porta aviões francês, aquele do
""fumacée", e já compraram um porta helicópteros.
- Presidente, eu vou conversar
com alguns almirantes. Vou propor a eles uma forma de dobrar o número de
aeronaves em pouco tempo. Basta para isso que, até serem contemplados com os
GRIPPEN suecos, concordem em, na medida que a FAB for recebendo o caça nórdico,
passem a incorporar os F5 da Força Aérea. Olhe que existem nada mais nada menos
do que "57" deles que poderiam ser distribuídos por dos por
"2" baitas bases aeronavais, uma em BELÉM/PA face à foz do Amazonas e
outra na já existente em São Pedro de Aldeia/RJ, esta face ao pré sal.
- Meu caro Fernando, foi muito
boa esta reunião preliminar. Parece até aquela "ordem preparatória"
que antecedia os exercícios de patrulha em nossa Academia Militar. Fico
aguardando vocês. BRASIL ACIMA DE TUDO E DEUS ACIMA DE TODOS!
Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de Infantaria e Estado-Maior.
Um comentário:
Cleonice I Ferreira disse:
Senhor Coronel Ricardo da Rocha Paiva, li com muita preocupação o seu artigo.
Senhor Coronel, o Povo está desesperado com os acontecimentos no nosso país, dizem que não tem esperança em mais nada. O povo não suporta mais tantos abusos, tanta anomalia. Antes da posse do Presidente Bolsonaro o povo estava cheio de esperança e após quase dois meses da posse presidencial ela EVAPOROU como fumaça, uma lástima!
Li artigos em que afirmam que querem que o Brasil ajude a intervir na Venezuela. Nós o povo entendemos que esta questão é assunto da ONU.
Não aceitamos usar nossos valorosos soldados como BUCHA DE CANHÃO. Não aceitamos mais que morram como o Soldado Mario KOZEL.
Precisamos dos nossos soldados para acabar com a infame guerra civil em que se encontra o nosso País.
Muita Paz para todos.
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