Artigo no Alerta
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Por H. James Kutscka
Estou escrevendo este artigo no
sábado de Carnaval, mas não sou o único trabalhando no feriado, nosso
presidente por exemplo, também trabalhando, libertou todos empregados do país
da verdadeira extorsão legalizada perpetrada pelos sindicatos.
Acabou, de uma canetada, com a mamata
de milhares de vagabundos sindicalistas que viviam no bem bom com o suor
alheio.
O Carnaval, festa que teve sua origem
na Itália, há mais de mil anos atrás em homenagem a Saturno, divindade do agro
negócio da época, que tendo sido expulso do panteão dos deuses romanos por seu
filho Júpiter, desceu à terra, mais precisamente na região do Lácio, local onde
hoje se localiza Roma. e para onde teria trazido desde então, abundância,
prosperidade, igualdade entre os habitantes e paz.
De 17 a 23 de dezembro se realizavam
as Saturnais, festas onde senhores e escravos conviviam como iguais, em uma
orgia de liberdade, gastronomia e outras permissividades, como bacanais onde se
misturavam pessoas sem distinção de classes, escondendo suas identidades atrás
de máscaras.
Qualquer semelhança com o que
acontece hoje é mera coincidência.
Mais tarde virou Entrudo, uma orgia
de comida (em todos os sentidos), bebidas e sexo, nos três dias que antecediam
à quaresma, época de temperança e recolhimento e introspecção.
Mudam os tempos, os costumes, as
datas, mas a orgia permanece como denominador comum.
Mas quem sou eu para denegrir a
festa, orgulho (que mixaria) do nosso país, que gera milhões em empregos e
turismo?
Com diz a marchinha: - “Quanto riso,
oh! Quanta alegria. Mais de mil palhaços no salão!”
Só mil, cara pálida? São milhões, basta ligar a televisão para
constatar.
Milhões, que por alguns dias
esquecerão Brumadinho, a reforma da previdência, que não vê o óbvio das
aposentadorias milionárias dos políticos
e servidores públicos, a fome na Venezuela, o roubo perpetrado pelo PT e
partidos coligados de esquerda, a tentativa de transformar nosso país em um
estado socialista bolivariano, apesar de o cara (Simon Bolívar) nunca ter
passado por estas bandas.
Em verdade, não sou contra a que o
povo se divirta, esqueça, ainda que seja por pouco tempo, das agruras às quais
foi submetido nos pelo menos últimos trinta anos: desemprego, injustiça,
insegurança de direitos.
Aí vem aquela rede de televisão, (a
de sempre) e dá destaque especial em seu noticiário do horário nobre, a uma
notícia absolutamente irrelevante e imbecil.
Um bloco carnavalesco de Belo
Horizonte, foi impedido de cantar suas músicas, que defendiam determinado
partido, e segundo seus representantes injuriados diante das câmeras, isso
representava claramente a volta da censura dos tempos da “ditadura”.
A polícia explicou que a atitude
visava apenas manter a ordem pública, pois pessoas que discordassem da mensagem
política contida nas letras das músicas, poderiam se sentir ofendidas e isso
poderia gerar algum tipo de tumulto.
Em vão.
Através da mesma emissora, pude
ver também, que mesmo em um momento onde a ordem natural das coisas é
subvertida de maneira perversa, como quando um neto morre antes do avô (seja
quem for esse avô), um grupelho de palhaços, militantes energúmenos aproveitam
o momento para transformar a cremação de um inocente em ato político, gritando
palavras de ordem enquanto o “consternado” vovô, cercado por
federais, deixava o local da cerimônia
sorrindo e abanando para seus seguidores.
Mesmo nas trincheiras da
primeira guerra mundial, a mais cruel delas, por ocasião do Natal, sempre houve
um cessar das hostilidades, soldados que horas antes se matavam, trocavam
presentes e cantavam canções de louvor ao Senhor em conjunto.
Apesar da aparentemente óbvia
incongruência, eu chamo isso de civilização.
Já o avô, em questão, no
velório desse sábado, haveria dito, segundo o mesmo canal de TV, que o garoto
sofria “bullyng” na escola por ser seu neto, mas que ele ainda iria provar sua
inocência.
Apesar do momento, eu chamo
isso de loucura, ou total dissociação da realidade.
Fazer o que? É Carnaval!
H. James Kutscka é Escritor e Publicitário.
Um comentário:
E Paulo Okamoto disse aos militantes, na entrada do velório, que nem todos poderiam participar da festa.
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