Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Aileda de
Mattos Oliveira
A prática
da Política como a arte de exercer a autoridade de governo com a maestria de
estadista, e já tivemos muitos homens no Brasil de antanho que fizeram história
nessa área, é um exercício de inteligência, que eleva aqueles que o praticam e
visam, unicamente, a vencer, mediante argumentos convincentes, as barreiras do
engodo que seus oponentes erguem por não possuírem a mesma competência, ou os
mesmos meios convincentes de dissuasão.
Se a Política
é uma arte que exige um exercício de inteligência, é claro que não é possível
ser executada pelos incultos e, portanto, toscos homens públicos brasileiros da
atualidade, cuja cota a eles dotada de alguma forma de pensar, está restrita ao
engendramento do melhor método para o exercício mecânico de manuseamento de
cédulas.
Nesse caso,
a Política com ‘P’, maiúsculo, está fora de qualquer cogitação dentro deste
País, que vive uma fase, que parece interminável, de miserabilidade, no tocante
a ter, como políticos brasileiros, gerações sucessivas de indigentes morais, às
quais, paradoxalmente, está entregue a redação das leis, e aos que se julgam,
soberbamente, donos de suas interpretações.
Diante da
política rasteira, que domina todos os setores da vida pública, mantêm-se
eretos e imunes à vileza do ambiente certos homens que jamais se dobrarão às
facilidades e às mordomias da vida pública, regadas a peso do dinheiro
tributado ao contribuinte.
Abaixada a
poeira da notícia da demissão do General Carlos Alberto dos Santos Cruz da
função de Ministro-Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República,
venho louvar a envergadura deste General, cuja dignidade não pode ser entendida
por aqueles habituados a dançarem ao som do tilintar das moedas.
É exigir demais
que um bando de indivíduos, afogados em processos, como os do Congresso, venham
a entender que a moralidade é o guia do homem de bem, já que não desejam seguir
esse caminho e nem entendem o que isso significa. É esperar demais que um
dirigente, mal-orientado ou mal-aconselhado, tenha independência para seguir o
caminho desejado pelo povo que o elegeu e pôr, em execução, firmemente, as
promessas feitas a esse povo durante a sua minguada, mas muito eficaz campanha,
já que para cumpri-las, não pode e não deve ouvir as melodiosas vozes que, de
longe ou de perto, venham-lhe desviar do caminho planejado, porque o voto foi
dado a ele, Presidente, e não aos tenores de ocasião. Deve fazer como o
mitológico e astucioso Ulisses: amarre-se bem ao seus objetivos para não se
deixar levar pelo canto das sereias.
Desdenhar
dos alertas do probo e seriíssimo Ministro, oriundo da mesma caserna, porque
contrariou as ideias resultantes da lavagem cerebral que os já célebres Três
Pimpolhos recebem do Asceta de Virgínia, é querer enterrar os pés no lamaçal
deixado pelos governos anteriores.
Louvo
Santos Cruz, um senhor General, que mostrou, definitivamente, de maneira clara,
evidente, que militar só deve entrar no antro político brasileiro para
desinfecção desse asqueroso local e pôr para correr aqueles que lá tanto se
deliciam com a corrupção, já visível no seu vocabulário, nos seus gestos, nos
seus ares de pilantras.
Agora, o
nosso General Santos Cruz tem a certeza de que a guerra no Congo, onde comandou
as forças de Intervenção da ONU contra os grupos armados de rebeldes, foi um
incidente na sua vida, porque a guerra maior, suja, é a que viveu na política
brasileira, liderada pelos mais espertos estrategistas em arrebanhar propinas,
elementos nocivos que jamais um País poderia desejar quanto à traição, ao
escambo de favores, ao cinismo escancarado, à impunidade da imunidade que
envergonham toda a parcela do povo consciente da Nação. Além desses, ainda teve
que conviver com três discípulos do “filósofo”, cópias do seu preceptor, quanto
a tentar desmerecer um General do quilate de Santos Cruz. O Brasil, por culpa
de seus políticos, perdeu, de vez, a vergonha e o respeito.
Garanto que
Santos Cruz, o destemido General que comandou, na África, tropas
intervencionistas, tem absoluta convicção de que a luta maior que travou foi
com a hipocrisia e a traição do político brasileiro, o espécime mais mau
caráter existente no mundo.
Caríssimo,
General, receba a solidariedade e o reconhecimento do lado bom, trabalhador,
estudioso das coisas nacionais e patriótico, de nossa gente.
Meu
respeitoso abraço-continência.
Aileda de Mattos Oliveira é Dr.ª em
Língua Portuguesa. Acadêmica Fundadora da ABD. Membro do CEBRES e Acadêmica da
AHIMTB.
10 comentários:
O que já está a se revelar no Brasil ultrapassa de muito alto a loucura, se revela que este povo se envolveu no estado de degenerescência incomensurável. A nação toda caiu na irracionalidade como gentes afectadas pela grave patologia animal que só procura pela destruição.
A dita direita brasileira é o cúmulo da miséria intelectual, e a sua incompetência lhe enraivece e como animal raivoso ataca com cuspidas venenosas de víboras que são. Não tem juízo mas tem muita raiva. O que estas horríveis criaturas vão construir? NADA. Nada de bom se constrói a partir de bases malignas.
Que texto preciso, não tem mais o que comentar parabéns.lamentamos pelo Brasil.
Esta senhora é simpática à linha positivista das FFAA que acaba com o Brasil desde Floriano peixoto,fazenda de conta que não há nada no front.Gostaria muito que a Centelha Nativista,citada um dia por Jorge Serrão ,toma-se o controle das FFAA,para o bem do Brasil.E não pessoas simpáticas a essa figura que não viu metade da nossa história.Tenho vários desacordos com Olavo de Carvalho.mas com essa senhora são mais desacordos que concordâncias(e não estou nem de longe comparando os dois citados,pois não há o que comparar) .
Grande papel se reservou Santos Cruz, e o grande Exército Brasileiro durante 30 anos, servir de pinico de comunista, e no dia que acendem o poder, não estando satisfeitos não se colocam em seu devido lugar, o lugar de subordinação ao verdadeiro e único chefe das forcas armadas, o presidente do Brasil. A ordem dos fatores não se modificou, não o são os generais que mandam em presidentes, já sabia que nas entranhas do poder civil militar de Jair Bolsonaro, isso nao daria certo, pois para boa parte da caserna ele seria sempre capitão e (nós) os (generais) e os outros, são somente os outros.... Ufanismo e saudosismo é pouco nesse texto é o famoso puxa saco na cara dura....
Esta de parabéns, tudo que foi falado tem 100 por cento de verdade.
Acho que a mais deslavada canalhice e falta de moral e vergonha, vem da nossa esquerda comunista, que não consegue aceitar que a maioria dos Brasileiros não os querem no poder. Será que esse lixo esquerdista nunca vai reconhecer que errou e muito na administração do nosso País? A justiça já "provou" que dilapidaram nosso País mais eles se fazem de cegos e surdos, mantendo-se nós discursos populistas, de os outros é que são os mais. Xô lixo.
Desculpe não pode falar mal dos comunistas pq o STF fica zangado.
E o que construiu a dita esquerda?
Concordo, plenamente, com tudo que escreveu o senhor Sergio Soares
Acredito que o general tenha firmeza ética e moral, mas não tem percepção do papel que desempenhava na administração. Precisaria aprender a fazer parte de uma equipe como subordinado a uma autoridade civil.
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