Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio
Alves de Oliveira
Dentro das
estupidezes imagináveis , e inimagináveis, que poderiam surgir a partir da
aprovação da “Lei Anticrime”, representada
pela Lei Nº 13.964,de 24.12.2019,na redação final aprovada pelo Poder
Legislativo, não vetadas, como deveriam, pelo
Presidente da República, destaca-se a criação do tal “juiz de
garantias”.
Além da
insconstitucionalidade e enormes custos incidentes sobre a criação de novos
“empregos” de magistrados na primeira instância, agravando enormemente a já insuportável folha de pagamento dos
“agentes políticos”, oportunamente
apontados pela própria Associação dos Magistrados Federais do Brasil, a
referida lei, sancionada pelo Presidente Bolsonaro, contrariando entendimento
do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro,
consegue o “milagre” de anular
completamente a única grande vantagem dos julgamentos em primeira instância,
onde o juiz “vivencia” todos as etapas do processo, principalmente a fase
probatória, que lhe permitem proferir
uma sentença com mais exatidão,justiça,
e conhecimento de “causa”.
Impedir que
o próprio magistrado que conduziu o processo profira a sentença significa o
mesmo que “aleijar” a natureza da própria magistratura, deixando para um
juiz “alienígena” o controle do processo e a competência para julgá-lo.
Resumidamente falando, construíram uma outra instância, uma segunda, dentro da
primeira instância, agravando o problema de uma Justiça “falida” que não mais
condiz com as necessidades do povo brasileiro.
Só o fato
dessa lei ter agradado de modo especial aos parlamentares “petistas”, os mais corruptos de todos, já é
indicativo suficiente de que a partir dessa lei eles estarão se sentindo mais “protegidos”.
“Eles” já
mandavam nos tribunais superiores, e faltava-lhes somente dominar a primeira instância onde, com a nova lei, terão mais facilidade para
“escapar” da ação da Justiça já na primeira instância.
Essa
distorção que os parlamentares fizeram da função judicante, demonstrando não só
total ignorância sobre essa atividade especializada, mas também legislando
irresponsavelmente sobre a matéria, não encontraria melhor comparativo do que uma relação sexual em que o “macho” já
estivesse excitado, a “ponto de bala”,
com os preparativos preliminares da relação
sexual propriamente dita, e acabasse na “hora H” cedendo o seu lugar para outro
“macho”, alheio aos “preparativos” , “só” para “concluir” a relação.
À vista do
exposto, não há como deixar de se concluir
que nos dois “eventos” comparados acima, tanto a justiça, quanto a
lógica e o bom senso foram absolutamente desprezados.
3 comentários:
Na Nova Europa muçulmana afro-árabe, também chamada Eurábia, os crentes de Alá seguem os mandamentos da Xaria na administração da justiça.
Funciona!
Não há burocracia, não há demora, não há chincanas, não há advogados milionários, não há custos estratosféricos, não há a hiperinflação legislativa.
Na Nova Europa, Alá passa a ser o grande legislador. O Clemente, o Misericordioso impediu que a justiça fosse transformada em mercadoria de alto custo, só acessível àqueles no topo da pirâmide social. Na Eurábia, qualquer um à procura da justiça poderá encontrá-la ao adentrar uma mesquita.
Por que não seguirmos o bom exemplo da Eurábia e deixarmos aos homens de Deus a administração da justiça?
Que os pastores neopentecostais sejam os nossos juízes! Que os nossos templos do Deus de Abraão, Isaque e Jacó sejam também os novos templos de Têmis, por novos e melhores tempos.
Porque ninguém aguenta mais!
Deixe-me ver se entendi o raciocínio (não estou direcionando o articulista, e sim a vagabundagem em geral) da vagabundagem.
Se o projeto do Moro/Bolsonaro for bom, foi o congresso que fez; se for ruim, foi o Bolsonaro que não vetou.
Imagine um cínico como Edir Macedo julgando aborto como autorizado por Deus. Uma carnificina que traria maldição sobre o país.
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