Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
Há varios tipos de ciúmes:
-do companheiro (a) em relação a (ao) companheira (o);
-do (a) intelectual em relação a outro (a) pensante;
-do bibliófilo em relação a seus livros;
-do (a) vaidoso(a) em relação aos que lhe ofuscam, etc.
Inconformados com sua singela aparência, as pessoas buscam ornamentos de
toda sorte: mantos, chapéus, plumas, fardões...
O ciúme é cúmplice da vaidade.
Criam-se condecorações, pseudo títulos de nobreza e vários outros
artifícios adulatórios.
Há cerca de cinquenta anos, havia uma seção no Diário Oficial chamada
“Ineditoriais”.
Espertalhões fundavam uma associação de “altos estudos” que conferia a
emergentes endinheirados, títulos de nobreza e outras mercês.
Certa vez li uma carta de brazão passada a um simplório, mais ou menos
nos seguintes termos: “Num campo de azure, um cerdo passante, de sua própria
cor, sobre terreno gramado (verde, dito sinopla)”. Publicado no Diário Oficial,
o recipiendário enchia-se de orgulho, ainda que “aliviado” de boa quantidade de
moeda, por ter recebido tal docunento.
Proponho a abertura de concurso público para cargos de cirineus. Seu
mister será lembrar aos urubus, nhônos e batorés sua frágil condição.
Lembrem-se do ditado: “Contra a força não há argumento”.
Depois não chorem as pitangas, sem cocares, só de tangas.
Carlos
Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
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